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segunda-feira, 23 de novembro de 2009

CONHEÇA UM POUCO DA VIDA E DA OBRA DO EXEMPLO VIVO NANCY PUHLMANN DI GIROLAMO



É Preciso Viver


Ismael Gobbo


Nancy Puhlmann Di Girolamo nasceu em 21 de março de 1924, em São Paulo, filha de Oscar Puhlmann, de origem alemã, luterana, e de Maria Augusta Ferreira Puhlmann, brasileira, católica. Foi casada com Roberto Di Girolamo, nascido em Milão, na Itália, com quem teve três filhos. Enfermeira com especialização em Enfermagem Neuropediátrica, socióloga com mestrado em Antropologia Cultural e jornalista formada pela Escola de Jornalismo Cásper Líbero, é ainda conselheira de Reabilitação, especialista em Estimulação Precoce, tendo desenvolvido o Método DIPCE – Desenvolvimento Integral das Potencialidades da Criança Excepcional, aplicado na associação espírita filantrópica Instituição Beneficente Nosso Lar, da qual é membro do conselho orientador, além de dirigir equipes interdisciplinares no tratamento biopsicosocioespiritual de bebês, crianças e jovens com deficiência. À Folha Espírita ela conta um pouco do seu trabalho, que motivou seu novo lançamento: É Preciso Viver.


Folha Espírita – O que a levou ao Movimento Espírita?

Nancy Puhlmann – Um fenômeno de efeitos físicos ocorrido em casa levou a família a procurar explicação através do Espiritismo. Meu pai passou a frequentar as reuniões de Metapsíquica realizadas na Federação Espírita de São Paulo, dirigidas pelo professor Carlos Schalders; minha mãe envolveu-se nas ações sociais da mesma federação; e eu, então com nove anos, os acompanhei nos estudos da Doutrina Espírita, participando de grupos de evangelização para crianças. Na adolescência, participei da formação do Grêmio da Juventude Espírita Lameira de Andrade, criado por Ernani Policeno, juntamente com Ary Lex, Homero Pinto Vallada e Eurípides de Castro. Nesse tempo fomos inúmeras vezes visitar Francisco Cândido Xavier em Pedro Leopoldo e depois em Uberaba. Eu escrevia versos e textos expandindo o entusiasmo que o Espiritismo me causava, começando a ser convidada para palestras em centros espíritas de vários bairros e cidades. Em 8 de agosto de 1946, minha mãe e Nair Ambra Ferreira fundaram a Instituição Beneficente Nosso Lar, iniciando o pavilhão destinado à assistência e educação de crianças órfãs e abandonadas. Eu as acompanhei. Em 1966 foi colocado na porta da instituição um bebê recém-nascido, portador de grave lesão cerebral, rejeitado pela família. Havia um cartão dizendo: “Mãe desesperada conta com vocês”. O menino viveu dois meses antes de desencarnar. Nosso Lar sentiu-se convidado a iniciar um trabalho a favor de crianças com paralisias cerebrais e, ao mesmo tempo, iniciar estudos e projetos para evitar rejeições, utilizando as teses espíritas sobre a importância das reencarnações difíceis na Terra, como processos evolutivos. Como enfermeira especializada em Enfermagem Neuropediátrica, busquei conhecimentos sobre lesões cerebrais, vindo a realizar cursos sobre o então ousadíssimo título de Reorganização Neurológica, na cidade de Filadélfia, Estado da Pensilvânia (EUA), que me forneceu bases para criar o Método DIPCE, adaptado para a realidade brasileira.



FE – A que se destinou o método?

Nancy – DIPCE, em princípio, destinou-se a uma assistência terapêutica, oferecida gratuitamente a crianças portadoras de lesões cerebrais. Aconteceu que, em 1967, tive minha segunda filha, nascida com Síndrome de Down. Então acrescentamos os Downs nesse programa. E, anos depois, aos 17 anos, meu filho mais velho ficou tetraplégico após acidente esportivo, motivando a inclusão de deficiências motoras dentro de uma ampliação do Método DIPCE. Tanto Florence como Fabiano, meus filhos com deficiência, estão plenamente reabilitados e incluídos na vida social, estando ambos envolvidos nos programas de defesa dos direitos, profissionalizados e social e moralmente ajustados e felizes.



FE – Quais livros escreveu?

Nancy – De minha autoria O Castelo das Aves Feridas, As Aves Feridas na Terra Voam (ambos com 10 edições esgotadas e 50 mil livros vendidos) e Theóphilos, o Menino e o Presidente (terceira edição). Sou co-autora nos livros Olhai as Aves do Céu, A Mulher na Dimensão Espírita, Entre Dois Mundos e Visão Espírita para o Terceiro Milênio.



FE – Do que trata É Preciso Viver, seu último lançamento?

Nancy – Evidentemente, o título contém uma afirmativa, um imperativo. Saber viver, é preciso, lembrando Fernando Pessoa. Também, evidentemente, cantamos junto com Roberto Carlos que a vida requer sabedoria para ser vivida. Mas não sou eu quem nesse livro está afirmando. São as Aves Feridas, os bebês, crianças e adultos que nasceram ou se tornaram, no caminho da vida, pessoas portadoras de limitações na plenitude expansional, comum ao ser humano. Sob esse título estão contidos textos dos livros O Castelo das Aves Feridas e As Aves Feridas na Terra Voam, revisados e atualizados, sob a justificativa de que ainda persistem marginalizações, estigmas e preconceitos ligados aos espíritos que escolheram ou aceitaram reencarnar em situações atípicas por causas variáveis, desde resgates penosos até missões em nome do amor. Nesse livro são as Aves Feridas que falam. Não é livro psicografado, pois nós apenas transcrevemos o que nos pareceu termos visto e ouvido, assumindo os riscos de eventuais erros ou felizes acertos que ele possa conter. Os direitos autorais foram cedidos à Editora Mundo Maior.


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