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sábado, 7 de novembro de 2009

FOCALIZANDO O TRABALHADOR ESPÍRITA JANE MAIOLO

JANE MAIOLO


Entrevista com Jane Maiolo, residente na cidade de Jales, SP que nos fala de sua atuação junto ao Movimento Espírita da bela e progressista cidade da região araraquarense. Por: Ismael Gobbo igobi@uol.com.br



Poderia nos fazer sua apresentação?

Sou Jane Maiolo, professora, casada com Paulo Henrique Maiolo, residente na cidade de Jales desde os 3 anos de idade, quando cheguei de Potirendaba, SP, cidade onde nasci. Sou mãe da Caroline e Luiz Henrique Maiolo; formada em Letras pela Unijales, no ano de 2002 e, pós-graduada em Psicopedagogia pela FEF, no ano de 2006. Atuo no Ensino Fundamental nas séries iniciais.


Desde quando é Espírita e como conheceu a doutrina?

Comecei no Espiritismo no ano de 1993 através de convite formulado por meu irmão para conhecer uma reunião de mocidade. Desde então nunca mais sai da Doutrina. Engraçado que quando me foram apresentados os conceitos espíritas, estes se me apresentaram exatamente como eu já acreditava, de sorte que não houve crise nem questionamentos. Era como se já lidasse com a doutrina dos espíritos, mesmo não tendo nenhuma formação religiosa. A Doutrina Espírita se me descortinou naturalmente.


A que entidade espírita você está vinculada?

Ao Grupo Espírita Beneficente Maria Dolores, de Jales, entidade que ajudamos fundar há 10 anos. Nós, fundadores, já éramos trabalhadores de um grupo espírita chamado GUECE onde participávamos de todas as atividades ali realizadas. Posteriormente houve necessidade de transferirmos nosso trabalho para outro bairro, o São Judas Tadeu, que era um bairro bastante carente e sem nenhum centro espírita. Iniciamos com a atividade da sopa , depois introduzimos as palestras, a atividade de visita aos enfermos (Samaritanos) e, quando nos demos conta, já estávamos funcionando com todas as atividades de um centro espírita. Os fundadores continuam na sua grande maioria a fazer parte do Grupo e desempenhando extenso rol de trabalho.


Quais as atividades que desenvolve no movimento espírita?

Nestes 10 anos de GEB Maria Dolores tive abençoadas oportunidades de trabalho em diversos setores como nas reuniões mediúnicas, atuando na doutrinação ou esclarecimento dos desencarnados; na fluidoterapia e no monitoramento de cursos das obras básicas. Sou Secretaria Administrativa do Grupo desde sua fundação e junto com meu esposo atuo como coordenadora do Departamento de Promoções e Eventos da Casa, tanto os doutrinários como os sociais. Realizo palestras com temas evangélicos em Jales e região , escrevo artigos sobre espiritismo e educação e sou também Diretora de Divulgação Doutrinária da USE-Intermunicipal de Jales que conta com 17 casas filiadas.


E nesse trabalho que realiza programando as palestras tem encontrado dificuldades?

Ao agendar as palestras minha preocupação sempre foi com o conteúdo doutrinário que será exposto. Para atender essas necessidades graças a Deus contamos com muitos e bons oradores na nossa região.


Você tem enxergado problemas no nosso movimento espírita?

Vejo o nosso movimento espírita crescer dia a dia. A USE vem realizando um trabalho muito intenso com relação à vinda de oradores, programação de seminários, encontros, etc. Nossa preocupação está mesmo em qualificar nossas atividades e, para tanto, temos buscado agendar oradores coerentes, bem formados sob o ponto de vista doutrinário e comprometidos com a pureza do Espiritismo. Penso que é preciso fortalecer nossos ideais de unificação para que o mesmo pensamento possa guiar nossas ações, como tanto tem insistido nosso grande benfeitor Bezerra de Menezes, de forma que, embora a unificação não signifique agirmos exatamente uns iguais aos outros, mas, pelo menos, termos um sincronismo nas ações


E os problemas existem?

Noto ainda certa ingenuidade e despreparo de dirigentes de Casas Espíritas que tem facultado a tribuna espírita sem muito critério, apenas considerando a boa vontade, sem levar em conta que sem o indispensável conhecimento poderemos estar comprometendo as nossas atividades e até ensejando que ocorram deturpações doutrinárias indesejáveis. A tribuna Espírita é coisa séria e sempre o dirigente é o responsável pela seleção consciente e criteriosa de quem convida. Outro fato que me aborrece é o de saber e também sentir que há oradores vivendo às custas da Doutrina Espírita, ou seja, praticando o profissionalismo religioso. Digo isto como um alerta muito sério para que não compactuemos com essas práticas sob pena de nos comprometermos espiritualmente. Devemos, pois, estar atentos contra essas investidas lembrando da figura impar de Paulo de Tarso que, na condição de tecelão, trabalhou para se sustentar e difundir a Boa Nova de norte a sul da extensa área por onde transitou. Não nos esqueçamos de Chico Xavier e Divaldo Pereira Franco que trabalharam até o dia da aposentadoria. Sempre digo que nossos exemplos de ética e conduta dignas valerão muito mais que nossas palavras. Hoje não se precisa colocar uma mochila nas costas e sair pelo mundo para divulgar, basta que vivamos a Doutrina de maneira coerente com seus postulados. Lá no livro Conduta Espírita, de André Luiz, psicografado por Chico Xavier, encontramos que “A Fé nunca será produto para mercado humano”.


Em Jales vocês têm Clube do Livro Espírita?

No Grupo Maria Dolores temos o Clube de Arte , que é vinculado ao Lar Fabiano de Cristo do Rio de Janeiro.


Como fazem a seleção dos livros para a Livraria Espírita?

Nossa Casa conta com uma boa livraria; temos muitos títulos a serem vendidos, e, atualmente, estamos valorizando e divulgando as obras esquecidas de Chico Xavier como os romances ditados pelo espírito Emmanuel, a coleção completa de André Luiz, os livros de Irmão X, de Ivone Pereira, Manoel Philomeno de Miranda, dentre outros.


O Movimento de Unificação tem rendido frutos na região? Há intercâmbio entre as Casas Espíritas?

Hoje posso falar com alegria que temos um movimento de unificação que já está dando frutos. Percebemos ao longo deste ano que as lideranças espíritas ganharam força, todos estão buscando eventos para levar ate suas casas , os trabalhadores estão motivados e os oradores trazidos por nós também sentem uma acolhida sincera e fraternal. Geralmente há um rodízio de oradores trazidos de fora pela USE para que todas as casas sejam beneficiadas. Sentimos igualmente que nos eventos como palestras, encontros e seminários os companheiros de outras Casas comparecem e prestigiam os eventos independentemente de onde são realizados.


Algo mais que queira acrescentar?

Gostaria apenas de dizer aos dirigentes que busquem se preocupar mais com as causas espíritas, ter uma visão mais real dos fatos, perceber que temos uma oportunidade valiosa de trabalho que começa com a evangelização de nós mesmos, que sempre valerá à pena trabalhar por Jesus, divulgando e vivenciando a sua mensagem de esclarecimento e consolo.








FOTOS: JANE MAIOLO COM GRUPOS DE TRABALHADORES E AO LADO DE DIVALDO PEREIRA FRANCO EM RECENTE CONFERência NA CIDADE DE JALES.

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