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sexta-feira, 27 de novembro de 2009

QUEM NÃO GOSTA DE SAMBA…


Richard Simonetti

richardsimonetti@uol.com.br


Chico Xavier passava por uma crise de labirintite que muito o afligia. Em oração, viu o doutor Bezerra de Menezes, o generoso benfeitor espiritual. Logo apelou:

– Dr. Bezerra, rogo-lhe que me auxilie. Estou passando mal. Não lhe peço como gente, mas na condição de besta. Façamos de conta que eu estou fazendo parte de uma carroça de trabalho para mim preciosa, que é a mediunidade. Preciso voltar para a minha carroça, doutor. Tenha dó desta besta! Como pessoa eu não mereço, mas como besta, quero trabalhar!

E ele, sorrindo:

– Você, besta, Chico? E eu, quem sou?

– O senhor é o veterinário de Deus!

Chico contou este episódio num programa de televisão, quando lhe perguntaram se os Espíritos também apreciam momentos de humor. Destacou que sim, porquanto o Dr. Bezerra recebeu com gostosa gargalhada sua observação.

Considerando-se o humor como um estado de espírito, obviamente iremos encontrar, assim como no plano físico, gente bem ou mal-humorada do outro lado.

Diríamos mesmo que um dos detalhes a levar em consideração, quando se pretenda identificar entidades que se manifestam em reuniões mediúnicas, diz respeito ao seu humor.

Espíritos irritados, agressivos, impositivos, solenes, circunspetos, lembram o refrão do samba famoso, de Dorival Caymmi: Quem não gosta de samba, bom sujeito não é. É ruim da cabeça ou doente do pé.

Quem não curte o bom humor, Espírito bom não é. Tem perturbação na cachola e coração sem fé.

Missionários em trânsito pela Terra enfrentam os dissabores da existência, lutas e desafios, sem jamais pretenderem que carregam o peso do Mundo nas costas.

Chico era um admirador de Teresa D’Avila (1515-1582), notável servidora do Cristo, que se destacava pela coragem de enfrentar as atribulações sem entregar-se a sentimentos de tristeza e desânimo. Jamais perdia o bom humor, nem deixava de procurar os sofredores de todos os matizes, levando-lhes a palavra amiga, a ajuda, o conforto. Certa feita, numa dessas jornadas, atravessava um rio quando caiu um temporal violento, tornando caudalosas suas águas. Foi salva por Jesus. Emocionada, ouviu o Mestre dizer-lhe: – Vês, Teresa? É submetendo-os a perigos e sofrimentos da jornada, que testo a fidelidade de meus amigos queridos.

E Teresa, bem-humorada: – Ah! Senhor! Talvez seja por isso que tenhas tão poucos amigos.

Revelação surpreendente: o próprio Allan Kardec – quem diria! –, que muitos imaginam sisudo, não era nada disso.

Essa idéia equivocada tem sua origem nas fotos que conhecemos do Codificador. Em todas aparece de fisionomia circunspeta, o que passa a falsa idéia de que era desprovido de bom humor. É que nos primórdios da fotografia, no século XIX, aparecer sorrindo em retratos não pegava bem.

Por outro lado, os rudimentares flashes de magnésio para clarear o ambiente produziam uma explosão sempre assustadora para os fotografados, inibindo a descontração.

Diz Henri Sausse (1851-1928), contemporâneo e biógrafo de Kardec: Erraria quem acreditasse que, em virtude dos seus trabalhos, Allan Kardec devia ser uma personagem fria e austera. Nada disso! Era um homem expansivo, sempre disposto a distrair e alegrar os amigos que freqüentemente convidava para refeições em sua residência. Gostava de rir, um belo riso, franco e comunicativo, e possuía um talento todo particular em fazer os outros partilharem do seu bom humor.

Espíritos que se destacam nos campo do Bem e da Verdade, bem à nossa frente no exercício de viver, demonstram claramente que tristeza não paga dívidas. Os sofrimentos maiores que enfrentamos não decorrem das atribulações da existência, mas do fato de não sabermos encará-los com bom ânimo e, mais que isso, com bom humor.

Afinal, a vida é um espelho em que nos miramos.

Se sorrirmos para ela, não deixará de sorrir para nós.

Se lhe fizermos cara feia, certamente não vai gostar.



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