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quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

NATAL


Richard Simonetti

richardsimonetti@uol.com.br



Por um processo ainda não bem compreendido, as experiências humanas gravam-se na Consciência, prodigioso arquivo, acumulando impressões que poderão esmaecer, em face das limitações do veículo físico, mas que, tendo seu ponto de fixação real na Alma, jamais se apagarão.

A soma desses registros forma a biografia do Espírito, patrimônio inalienável, cujo inicio se perde no passado distante, e que lhe será confiado à medida que superar suas próprias limitações.

Na história dos Espíritos encarnados e desencarnados que compõem a Humanidade, há uma característica comum: a presença de Jesus.

Em algum momento no passado ouvimos falar do Mestre e, nos círculos de aprendizado situados no Plano Espiritual, fomos informados sobre a sua condição de Ministro do Eterno junto às coletividades que evoluem na Terra. Sua figura augusta permanece indelevelmente gravada em nosso íntimo e, ainda que não o reconheçamos, Ele é a grande inspiração de nossas vidas.

Pólo magnético de nossas almas, Jesus representa a meta que devemos alcançar, atraindo-nos mansamente para Deus.

Por isso, embora desvirtuado pela comercialização, jamais o Natal perderá o seu significado transcendente, e apenas os que trazem o coração endurecido, comprometidos com os enganos do Mundo, não ouvem na acústica da alma o replicar festivo dos Sinos de Belém, em notas de elevada espiritualidade, inefável alegria e confortadora esperança.

Falam de uma mensagem divina, cantada com a poesia do sublime, a harmonia da Perfeição e o alcance da Verdade, mas, sobretudo, com a atração irresistível do exemplo.

Carta viva de Deus, Jesus transmitiu nas ações de todos os momentos a Grande Mensagem, e em sua vida, mais que em seus ensinamentos, ela está presente, a atender a necessidades do corpo e do Espírito, a multiplicar pães e bênçãos, a ressuscitar mortos e consolar aflitos.

E quando os poderes infernais, mancomunados com a ignorância humana, tentaram envolvê-lo nas trevas, brilhou ainda mais a sua luz, em clarão inextinguível que iluminaria todos os caminhos do porvir.

Reconhece o traidor no próprio círculo íntimo de amizade e edificação e não o repudia; prevê a deserção dos componentes do colégio apostólico e, ainda assim, distribui-lhes pão e vinho, exortando-os ao Bem; observa, na angústia do Calvário, a indiferença e a covardia daqueles a quem beneficiara, mas segue adiante, sem críticas ou queixas; pregado na cruz infamante, em extrema humilhação, contempla a multidão leviana e fria, e, sem cogitar de represálias celestes, pede ao Pai perdão para todos…

Diante dos discípulos perplexos e envergonhados, na ressurreição gloriosa, ignora o passado, pensando no futuro, e, após desejar-lhes paz, convoca-os ao serviço do Bem.

Músico divino, o meigo Rabi da Galileia gravou na pauta da própria vida a sinfonia do Amor, lei suprema de Deus!

Somente o amor é suficientemente poderoso para vencer a morte e suficientemente terno para acalmar a aflição.

Somente o amor perdoa sem condições, persevera sem dúvidas, luta sem cansaços, socorre sem exigências.

Somente o amor dignifica verdadeiramente a criatura humana, transformando a dor em renovação e o sacrifício em glória.

Somente o amor em plenitude pôde fazer de Jesus, mais que simples taumaturgo, o Santo os Santos; mais que simples mestre, o condutor de almas; mais que simples embaixador o Filho de Deus.

A você, leitor amigo, que me oferece o estímulo de sua atenção, um Feliz Natal, pleno de bênçãos e alegrias, com o ensejo de uma reflexão sobre o mensageiro divino que iniciou seu apostolado na Terra nas palhas da manjedoura para nos ensinar que o caminho de nossa redenção começa pela humildade, atendendo à inefável exortação dos anjos: Glória a Deus nas Alturas, paz na Terra aos homens de boa vontade.

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