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quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

NO AR NOVO BLOG PARA DIVULGAR A DOUTRINA ESPÍRITA OSVALDO CRUZ, SPNO AR NOVO BLOG PARA DIVULGAR A DOUTRINA ESPÍRITA OSVALDO CRUZ, SP

Criamos um Blog para divulgar a Doutrina e nossas mensagens: CAMINHEIROS DA LUZ

e já está disponivel, o livro RABONI.

link:

http://caminheirosdaluz.wordpress.com/livro-raboni/

O livro, de autoria de Maria Madalena Naufal e Sonia Aparecida Ferranti Tola, traz artigos e palestras, à luz da Doutrina Espírita, tendo como tema central o Mestre JESUS.

Abraços

Edson.

(Informação por email de Edson Luis Silva)

NOTA DE DESENCARNAÇÃO E HOMENAGEM A DR. JONAS BARBOSA

Amigos,

Para conhecimento, minha homenagem ao querido amigo, engenheiro Jonas da Costa Barbosa, ex-presidente da União Espírita Paraense, funcionário aposentado do Banco da Amazônia S/A, que desencarnou dia 13 do corrente, aos 81 anos de idade, vitimado por uma parada cardíaca.

salomão j. benchaya

porto alegre-rs




Meu Amigo, Dr. Jonas Barbosa


Salomão Jacob Benchaya(*)



Ao receber, em Porto Alegre, a notícia da súbita partida do meu querido amigo Jonas da Costa Barbosa, dia 13 de dezembro, através de um telefonema de minha esposa, eu me encontrava em reunião do Centro Cultural Espírita de Porto Alegre (CCEPA), de cuja direção participo, desde 1975. Inicialmente, aceitei a triste notícia com a tranquilidade que o longo contato com a Doutrina Espírita me ajudou a adquirir no trato com a morte. Afinal, o Dr. Jonas - todos assim o tratam e, curiosamente, é o meu único amigo a quem chamo de doutor - apenas se despediu de nós, encerrando uma vida inteira de inteira dedicação ao espiritismo e à nossa querida União Espírita Paraense, certamente no rumo de novas experiências e labores.
Algumas horas depois, todavia, uma doce emoção tomou conta de mim, ao rememorar minha caminhada junto a esse trabalhador que foi meu primeiro mestre e modelo de líder, com marcante e positiva influência na minha formação doutrinária. Lembrei-me de minha chegada, nos idos de 1963, às reuniões da Juventude da UEP, onde também conhecí e a quem me afeiçoei, seu irmão Mário da Costa Barbosa, já desencarnado. Em 1966, tive o privilégio de viajar na companhia do Dr. Jonas para participar da I Confraternização de Mocidades e Juventudes Espíritas do Brasil (I COMJEB) que se realizava na cidade de Marília-SP, e com ele visitei, na Capital, a sede da Federação Espírita do Estado de São Paulo e a Casa Transitória.
Na volta, entusiasmados com o que aprendêramos em São Paulo, logo instituíamos, na UEP, um serviço de recepção e atendimento, hoje conhecido como "Atendimento Fraterno" na grande maioria dos centros espíritas do Brasil. No ano seguinte, eu, com 19 anos, coordenava a Juventude Espírita da UEP e com uma equipe de jovens, conseguimos realizar a I Confraternização de Juventudes Espíritas do Pará. A presença do Dr. Jonas nas atividades da juventude era motivadora e agradável pela sua jovialidade. Acompanhei-o em eventos zonais do CFN-FEB.
Em 1968, ingressei no Banco da Amazônia, sendo lotado no Departamento de Patrimônio e Comunicação como funcionário da Seção de Controle do Patrimônio, então chefiada pelo Dr. Jonas. Mais tarde ele seria promovido a Chefe daquele Departamento. Assim, desfrutei, por vários anos, da convivência diária com o querido companheiro, com quem muito aprendi.
Com esse amigo, aprendi a cultivar o estudo cuidadoso da obra de Kardec. Suas palestras sempre abordavam, com fidedignidade, o genuíno pensamento kardequiano. Dr. Jonas era dotado de uma determinação que, algumas vezes, beirava à teimosia. Mas era essa força de vontade que possibilitaria a consolidação da UEP. Tanto no plano material – estruturação da livraria, da gráfica e da farmácia -, como no das atividades doutrinárias e da organização federativa com sua crescente interiorização, é inegável a extensão de sua influência. Não lhe faltaram o apoio de D. Aderlina, sua esposa, de D. Paulina, sua sogra, da Elza, tanto na UEP como nas lides domésticas, em todos os momentos de sua trajetória.
Em 1974, tive que me transferir para Porto Alegre. Percebi sua tristeza com esse fato. Por telefone, continuamos a manter afetuoso contato. Nas minhas raras visitas a Belém, podia constatar sua luta para o erguimento da nova sede uepeana.
Em Porto Alegre, alguns anos após eu haver assumido a presidência da federativa do Rio Grande do Sul, em meados da década de 80, protagonizei, junto com alguns companheiros do CCEPA e alguns companheiros da FERGS, uma crise no movimento espírita gaúcho ao questionar o aspecto religioso do espiritismo. Isso nos custou a saída da federação e a repulsa ou a comiseração de grande parte dos espíritas. Mas do Dr. Jonas, nunca recebi qualquer manifestação de desagrado por esse fato. Sei que ele não concordava com minhas idéias a respeito da natureza não religiosa do espiritismo, mas isso não maculou nossa amizade.
Mesmo após seu afastamento da presidência que exerceu por 53 anos, continuou a comparecer, diariamente, à UEP colaborando na sua administração.
Em 2005, abracei-o fisicamente pela última vez em sua sala de trabalho na União. Dr. Jonas partiu em plena luta. Seu corpo cansado foi abatido pela parada do coração.
Agora ele deve estar se refazendo junto aos amigos que, como ele, souberam honrar os seus compromissos reencarnatórios, para, com toda certeza, continuar servindo em novas missões.

(*) Economista, ex-diretor da UEP, vice-presidente do Centro Cultural Espírita de Porto Alegre (CCEPA), vice-presidente da Associação Brasileira de Delegados e Amigos da Confederação Espírita Pan-americana (CEPA Brasil)









Dados biográficos de Jonas da Costa Barbosa

http://www.paraespirita.com.br/portal/?q=node/257

Jonas da Costa Barbosa, natural de Cruzeiro do Sul – Acre, nasceu em 17 de setembro de 1928, filho de João Lemos Barbosa e Francisca da Costa Barbosa, ambos espíritas. Mudou-se para Belém, em 1940, onde concluiu os estudos primários. Fez o curso secundário no Colégio Estadual “Paes de Carvalho”. Formou-se em engenharia civil em 1952, quando se casou com Aderlina Lopes Barbosa, igualmente de formação espírita. Tiveram uma filha: Lívia. O casal adotou dois filhos – Jorge e Aderson – e ainda criou como filhos Elza, Maria das Graças, Maria das Neves e Gilmar.
Aos 16 anos começou a estudar o Espiritismo. Logo após o casamento, ingressou na União Espírita Paraense, passando, a partir de março de 1953, a integrar sua diretoria, ocupando, ao longo dos anos, os cargos de segundo secretário, secretário geral, presidente, vice-presidente e novamente presidente. Como presidente (1960 a 1971) permaneceu 12 anos seguidos, no mandato. Reeleito em 1978, continuou no cargo até abril de 2006. Após ter-se afastado da Diretoria da União, permaneceu trabalhando, assessorando a área doutrinária interna da Casa. Sua participação no desenvolvimento no Pará da cultura da preservação da pureza doutrinária é incontestável, além dos enormes esforços para a espansão e unificação do movimento espírita local. Participou dos simpósios espíritas na Região Norte, na Região Centro-Oeste e Territórios e, por último, no Nacional, realizado respectivamente, em Belém – 1964, Goiânia – 1965 e Rio de Janeiro – 1966; na confraternização das Mocidades e Juventudes Espíritas do Brasil, em Marília –SP no ano de 1966; das reuniões do CFN que criaram os Conselhos Zonais e as Comissões Regionais; do I Congresso Mundial de Espiritismo e do I Congresso Brasileiro de Espiritismo, ocorridos na mesma ordem em Brasília em 1995 e Goiânia em 1999. Integrou a comissão designada pelo CFN para avaliar as diretrizes do Pacto Áureo no ano de 2000. Fez parte da diretoria do “Lar de Maria” nos anos cinqüenta quando ocupou os cargos de administrador e tesoureiro. Esperantista, foi membro da “Pará Esperanto-Asocio” e participou, em 1954, do 14º Congresso Brasileiro de Esperanto. Foi funcionário do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) por 3 anos e, posteriormente, do Banco da Amazônia por 27 anos. Exerceu, durante vários anos, em caráter particular, sua profissão.

(Informações recebidas via email de ccepars@gmail.com)