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terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

O tomador de passe

Wellington Balbo – Bauru - SP



Fizesse frio ou calor Batista todas as quartas feiras comparecia as reuniões no centro espírita de seu bairro. Era sempre com muita ansiedade que aguardava o momento solene do passe e não admitia ir ao centro e sair sem “tomá-lo”, mesmo que estivesse gozando de boa saúde física e psíquica. Aprendera há mais de 40 anos com o pai esse benefício e desde então utilizava o recurso semanalmente. Não perdia por nada a abençoada chance de receber as dádivas do além.

Porém, certa vez, por diversos empecilhos Batista partiu da Casa Espírita sem receber o passe. Chateado, não se conformava como pudera sair sem o abençoado recurso. Em casa sentiu-se mal, a roupa empapada de suor demonstrava que algo não ia bem. Pensou: “ Falta do passe!” Só pode ser. Preciso urgentemente de um passe! Chamou a esposa que, atenciosa veio rapidamente em seu socorro. Pediu a ela que providenciasse sua volta ao centro. A esposa, preocupada resolveu não contrariá-lo, afinal conhecia bem Batista e sua teimosia. No entanto, antes que pudessem adentrar o centro espírita Batista desmaiou. A consorte, preocupada com sua saúde achou mais prudente levá-lo ao médico. Após os exames a boa notícia:

Nada grave, apenas queda de pressão e passageiro mal estar. Entretanto, Batista afirmava resoluto que sua saúde descambara por não ter “tomado o passe no centro”.



Indiscutível os maravilhosos efeitos do passe na recuperação psíquica e física das pessoas. É algo insofismável. Jesus curou inúmeros obsedados utilizando sua magnífica técnica do passe, tão bem representada por seu amor ao semelhante. Allan Kardec pesquisou e escreveu muito sobre o assunto, chegando a afirmar na Revista Espírita de Setembro de 1865: "Como a todos é dado apelar aos bons Espíritos, orar e querer o bem, muitas vezes basta impor as mãos sobre a dor para a acalmar; é o que pode fazer qualquer um, se trouxer a fé, o fervor, a vontade e a confiança em Deus". Diversos autores de grande gabarito, tais como Herculano Pires, André Luiz e Emmanuel também se manifestaram a respeito dessa inquestionável força magnética.

Considere, entretanto, que o passe é um remédio e ninguém faz uso de remédios sem necessidade. Quem age a semelhança de Batista pode condicionar-se estabelecendo uma relação de dependência exposta da seguinte maneira: Se vou ao centro espírita devo naturalmente tomar o passe. Não é bem assim. Se estou bem não existe razão para receber o benefício.

O mais importante, algo de que não podemos abrir mão é a força transformadora da filosofia espírita tão bem explicada nas obras da codificação. E a filosofia espírita conheceremos participando de cursos, estudos sobre as obras básicas e complementares, seminários e, também, prestando atenção nas palestras oferecidas pelas Casas Espíritas. Esse o tratamento eficaz e perene, capaz de modificar as posturas equivocadas que são, certamente, as fontes geradoras da inquietação e angustia humana.

Utilizemos o recurso do passe espírita quando precisarmos solucionar as dores do corpo e da alma, todavia será a aplicação da filosofia espírita em nosso roteiro de vida que nos permitirá viver com dignidade, gozando de boa saúde física e psíquica.

Pensemos nisso.

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