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quinta-feira, 25 de março de 2010

O dirigente espírita, os voluntários e os pedintes

Wellington Balbo – Bauru – SP



O administrador de empresas de sucesso é aquele que conhece com propriedade a realidade e o mercado em que sua empresa está inserida. Ele – o administrador – necessita estar atento ás mudanças de todas as esferas, para que permaneça atualizado e possa então dar sua parcela de contribuição para o crescimento da organização que está sob sua responsabilidade.

A realidade do administrador pode ser aplicada à realidade do dirigente espírita, que é, pelo menos em tese, o administrador da Casa Espírita. Por isso é de suma importância que o dirigente espírita adquira alguns conhecimentos básicos na ciência da administração. Mas por que adquirir esses conhecimentos? Porque lidará com pessoas, com a administração propriamente dita, e, também, com valores tangíveis, tais como, o dinheiro e o patrimônio da Casa e valores intangíveis, como habilidade e aptidões dos trabalhadores que com ele estão freqüentando, e ou, administrando a Casa.

Nas visitas em palestras que realizamos nos Centros Espíritas procuramos conversar com os dirigentes sobre os trabalhadores da Casa. Como estão? Há motivação no desempenho da tarefa que se propuseram a realizar no centro espírita? Estão comprometidos?

E a resposta vem nem sempre animadora: “São poucos trabalhadores”. “Temos dificuldades com voluntários”.

Se a Casa que está sob sua direção, caro dirigente, não apresenta dificuldades com trabalhadores e há abundância de material humano, este artigo de nada servirá. Todavia, se enfrentas problemas com voluntários e há escassez de material humano, prossiga na leitura, porque diante do panorama que se apresenta cabe ao dirigente espírita fazer os seguintes questionamentos:

Por que são poucos os trabalhadores? Por que a mensagem espírita, que pede constante participação, não vem tocando o coração das pessoas? Será que falta divulgação? Maior clareza na comunicação? Será que eu, como dirigente espírita, conheço de fato o mercado, ou seja, a realidade em que estão mergulhados os freqüentadores da Casa que está sob minha coordenação?

Estes questionamentos requerem humildade, porquanto para confrontar a si mesmo e sua forma de administração o dirigente espírita terá de se desposar do orgulho. Um exercício que redundará, inclusive, em sua melhora moral. A grande questão é que o centro espírita, em muitas ocasiões, funciona como hospital a oferecer o lenitivo ao doente. Entretanto, esta deveria ser, em realidade, apenas a primeira etapa. No segundo momento o centro espírita deveria funcionar como abençoada escola, universidade da alma que educa os espíritos na busca do seu equilíbrio íntimo. Entretanto, está enraizada no ser humano a tendência de criar seres dependentes; ou seja, pessoas dependentes “eternamente” do passe, da cesta básica, do conselho...

Salientamos que toda ajuda à alma humana em dificuldade é importante e necessária, no entanto, o centro espírita em suas atividades deve primar pela educação que constrói criaturas amadurecidas, que podem caminhar com suas próprias pernas. Ao proporcionar meios para que as pessoas possam se auto governar o centro espírita formará um trabalhador, que deixará a condição de pedinte contumaz para tornar-se colaborador consciente e eficaz. Reforçando: o auxílio de todos os matizes prestado pela Casa Espírita é relevante, o que nada agrega é o falso auxílio que alimenta eternos pedintes, tornando o centro espírita apenas um hospital. Cabe, pois, ao dirigente espírita empreender esforços para que o centro espírita pule o degrau de hospital transformando-se em escola, habilitando o “recuperando” a servir de modo competente. Questionar sua administração e buscar sempre resultados positivos na questão que envolve a motivação dos trabalhadores é um quesito que não pode ser perdido de vista. A responsabilidade do dirigente espírita é grande, porquanto ele traz consigo o ideal espírita, que visa, fundamentalmente, a regeneração da humanidade.

Pensemos nisso.



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