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quarta-feira, 5 de maio de 2010

O DESAFIO DO CENTRO ESPÍRITA

RICHARD SIMONETTI



1 – O centenário do nascimento de Chico Xavier levou a Doutrina Espírita para a mídia, com intensidade inimaginável. Nunca se falou tanto de Espiritismo nos órgãos de comunicação. Como você vê essa exposição em termos de economia para o movimento?

Sem dúvida, algo muito positivo. Sem irreverência, diria que mesmo depois de “morto” Chico continua fazendo pelo movimento espírita mais do que todos os espíritas juntos. O problema é “capitalizar” esse benefício.



2 – O que seria essa “capitalização”?

Fazer repercutir essa exposição na mídia em dinamização do Espiritismo no Brasil, a partir de pessoas que se interessem pelos seus princípios e se integrem no Centro Espírita, a célula básica.



3 – Qual a dificuldade maior nesse sentido?

As limitações das casas espíritas. Um data show, um boletim informativo, uma biblioteca, uma livraria, um clube do livro espírita, palestras bem fundamentadas, serviço de atendimento fraterno e passes magnéticos, cursos de Espiritismo, reuniões mediúnicas com observância dos princípios doutrinários, tudo isso é básico para acolher as pessoas que hoje nos procuram.



4 – Considerando que a maior parte dos Centros Espíritas é de pequeno porte, com poucos colaboradores, não seria exigir demais de seus dirigentes?

Não estamos confundindo efeito com causa? Não será o Centro pequeno por falta de iniciativa dos dirigentes?



5 – A que atribuir essa falta de iniciativa?

Um sacerdote católico estuda no mínimo quinze anos no seminário para ordenar-se; algo semelhante com os pastores protestantes das igrejas tradicionais. Aprendem a falar em público, a administrar a igreja, a motivar os fiéis… No movimento espírita, alguém entusiasma-se com práticas mediúnicas, funda um Centro Espírita, constrói uma sede, não raro com seus próprios recursos, e torna-se presidente vitalício, sem nenhum preparo para o cargo, sem conhecimento doutrinário, sem noções de administração de uma casa espírita. Resultado: estagnação.



6 – Uma escola para dirigentes não desembocaria no profissionalismo religioso, contrário aos princípios doutrinários?

A ideia não é uma escola para dirigentes, mas que os dirigentes frequentem a escola, isto é, que estejam sempre atentos à necessidade do estudo, do aprimoramento de sua atuação, da frequência aos cursos hoje ministrados pelos órgãos de unificação, empenhados em oferecer aos dirigentes a orientação necessária para que realizem um bom trabalho.



7 – O que pode ser feito?

Em primeiro lugar, superar a pretensão da autossuficiência. Geralmente dirigentes assim sentem-se meio “donos da verdade”, recusando-se a admitir suas próprias limitações. Tendem a centralizar tudo em suas mãos, nada fazem e nada deixam fazer, “ancorando” o “barco”. O dirigente deve ser um “leme”, estabelecendo as diretrizes gerais, conforme a orientação doutrinária, e deixando os companheiros navegarem ao influxo de suas iniciativas.



8 – E como transformar o âncora em leme?

Está sendo lançado pela CEAC-Editora, de Bauru, meu livro Por uma vida melhor, onde, a par de algumas reflexões sobre os caminhos que nos levam a uma existência saudável e feliz, e, sem pretender “falar de cátedra”, ofereço aos confrades algumas sugestões para que o Centro Espírita cumpra suas funções de divulgação doutrinária e ajuda aos necessitados de todos os matizes.



(Recebido em email de Richard Simonetti)

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