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sexta-feira, 23 de julho de 2010

CREMAÇÃO

Richard Simonetti

1 – Multiplicam-se nas cidades fornos crematórios. É bom?
Acho ótimo, atendendo a três objetivos: melhor utilização de espaços dedicados aos cemitérios, que, não raro, ocupam áreas nobres, principalmente nas grandes cidades; exercício de profilaxia nas epidemias e extinção do culto aos cadáveres.

2 – Culto aos cadáveres?
Sim, as pessoas fazem do cemitério uma sala de visitas do Além, pretendendo visitar seus amados que se foram, sem reconhecer que ali estão apenas os despojos carnais. Sensíveis às nossas lembranças, os familiares desencarnados são atraídos ao cemitério quando lá os buscamos. Certamente lugar de mau gosto para marcar encontro com os finados. Melhor evocá-los em nosso lar, exercitando saudade, a sinalizar que os amamos, mas sem angústias ou questionamentos passíveis de perturbá-los.

3 – E se o Espírito estiver ligado ao corpo por ocasião da cremação? O que acontecerá?
Pensará estar no inferno, ante o fogaréu. Brincadeiras à parte, não será atingido pelo fogo, mas será desligado extemporaneamente, antes de superar as impressões mais fortes relacionadas com a vida física, o que poderá causar-lhe problemas.

4 – Quanto tempo se deverá esperar?
Segundo Emmanuel, em psicografia de Chico Xavier, três dias. Nesse tempo normalmente o Espírito estará desligado, por iniciativa de um mentor ou da própria Natureza. Com a decomposição do cadáver, desligam-se naturalmente os laços que prendem o Espírito ao corpo.

5 – Nas empresas que fazem a cremação há esse cuidado?
Visitei o crematório de Vila Alpina, em São Paulo, quando escrevia o livro Quem tem medo da Morte? A administração informou-me que se espera pelo tempo que a família desejar. Segundo ele, os espíritas, conforme a orientação de Emmanuel, pedem três dias.

6 – E o corpo, nesse ínterim?
Fica no crematório, sem problema. Naturalmente, há uma taxa diária, como se fosse um hotel, preços módicos. Não há refeições… É só deixar o defunto na geladeira.

7 – Nessa visita você obteve alguma informação sobre a cremação?
Várias. Uma, muito interessante, é a de que a temperatura no forno é altíssima. Tudo ali entra em combustão, até o cadáver. E quanto mais gorda a pessoa, maior o fogaréu, já que a gordura em altas temperaturas é inflamável. Oportuno, portanto, um regime alimentar para quem pretenda ser cremado, livrando-se de adiposidades comburentes, a fim de não se julgar no inferno. Peço ao leitor relevar o viés humorístico. Não é desrespeito. Guardo apenas o propósito de quebrar a atmosfera fúnebre que cerca os temas relacionados com a morte. Afinal, ela é apenas o retorno ao nosso lar, a pátria espiritual. Não há porque personificá-la na assustadora caveira a brandir sanguinária foice, cultivando temores e angústias diante dela.

8 - E quanto à cremação?
Não importa o que façam de nosso corpo, mas o que estamos fazendo de nossa alma. Seja de que jeito for, o corpo ao pó retornará, segundo a expressão bíblica. O importante é o empenho por invertermos o processo em relação à alma. Erguermo-nos acima da poeira das cogitações imediatistas, para as gloriosas realizações do Espírito imortal, sustentadas pelos valores do Bem e da Verdade.


ARTIGO PUBLICADO NA RIE JULHO/2010
WWW.OCLARIM.COM.BR

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