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quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Artigo: A reencarnação e o esquecimento

RICHARD SIMONETTI

richardsimonetti@uol.com.br



Um desconhecido cumprimentou-me na rua e foi logo dizendo:

– O senhor não me conhece, mas eu o conheço. Sei que é espírita. Gostaria de fazer-lhe algumas perguntas. Quando criança, apanhava de seu pai?

– Fui um menino comportado...

– Mas apanhou algumas vezes?

– Poucas...

– Seu pai chegou a castigá-lo sem que o senhor soubesse o motivo?

– Não! Meu pai não faria isso. Seria um absurdo!

Meu interlocutor sorriu, triunfante.

– É por isso que não acredito na reencarnação. Vocês espíritas dizem que sofremos para pagar dívidas de outras existências. Só que ninguém sabe o que fez. Apanhamos sem conhecer o motivo.

E se afastou rapidamente, sem dar-me tempo para lhe perguntar se preferiria apanhar sem merecer. É esta a idéia que fica quando eliminamos o princípio das vidas sucessivas.

Nasce uma criança cega. Sem conceber que traz comprometimentos do passado que justificam essa situação, será forçoso admitir que Deus foi injusto, impondo-lhe imerecido sofrimento.

Um amigo, tentando contornar a dificuldade de explicar o enigma das grandes dores sem a chave da reencarnação, explicava convicto: – Deus faz sofrer aqueles que ama, preparando-os para o Céu.

Incrível! Deus tem preferências! Quem mais sofre é porque Deus lhe tem mais amor! Quem pouco sofre, Deus pouco ama! E quem não sofre? Deus não lhe tem amor?!

As pessoas que não acreditam na reencarnação porque não recordam o passado assemelham-se aos materialistas que não acreditam em Deus porque não o veem. Um deles, sempre que alguém tentava convencê-lo, dizia solenemente: – Dou exatamente dois minutos para que Deus apareça à minha frente, provando sua existência!

Muito sério, observava o relógio. Após o tempo proposto, proclamava vitorioso: – Aí está! Deus não existe. Se existisse teria aceito meu desafio!

Um tolo que pretendia ser esperto. Se o fosse, realmente, saberia que é facílimo provar a existência de Deus, partindo do velho axioma: Não há efeito sem causa. Se o Universo é um efeito inteligente, tão perfeito que assombra os estudiosos, necessariamente tem uma causa inteligente, um criador, que as religiões denominam Deus.

Assim, literalmente, podemos enxergar Deus em sua obra: na beleza da flor, na majestade do oceano, no sorriso da criança, nos mundos que se equilibram no espaço...

A reencarnação não é um princípio dogmático. Há evidências científicas nas pesquisas de regressão de memória, sob hipnose, em que o indivíduo é levado a recordar o pretérito remoto, muito antes da vida intrauterina. Albert de Rochas, famoso pesquisador francês, conseguia que alguns de seus pacientes regredissem a cinco existências anteriores.

Há pessoas que recordam espontaneamente. No livro A Reencarnação no Brasil, o Dr. Hernani Guimarães Andrade, ilustre parapsicólogo brasileiro, reporta-se a vários exemplos ocorridos em nosso país, com impressionante riqueza de detalhes.

Importante destacar que até os sete anos, quando se completa o processo reencarnatório, é comum a criança apresentar vagas reminiscências do pretérito, ininteligíveis para os pais, que as tomam à conta de fantasias infantis.

E como, sem a Reencarnação, justificar as crianças prodígio?

Mozart, aos quatro anos executava sonatas; Beethoven, aos dez anos já era notável pianista; Liszt compôs sua primeira ópera aos quatorze anos; Miguel Ângelo foi dispensado pelo seu mestre escultor, aos oito anos, sob a alegação de que não havia mais nada a lhe ensinar; Pascal, aos treze anos se ombreava com os sábios de sua época.

Fica difícil explicar a habilidade, a técnica e, sobretudo, os conhecimentos desses gênios, sem aceitar que traziam imensa bagagem de vidas anteriores. Quanto ao esquecimento, leitor amigo, fica para a próxima semana.

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