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domingo, 26 de setembro de 2010

Focalizando o Trabalhador Espírita Nilza Teresa Rotter Pelá


Nilza Teresa Rotter Pelá



Entrevista para Ismael Gobbo ao

Notícias do Movimento Espírita



A entrevistada Nilza Teresa Rotter Pelá, reside na cidade de Ribeirão Preto, no estado de São Paulo. Nasceu em Araçatuba, SP, cidade onde concluiu curso colegial. Em 1959 mudou-se para Ribeirão Preto, onde reside até hoje, para cursar enfermagem, curso que concluiu em 1963. Fez carreira universitária na USP onde se doutorou e se aposentou como professora titular. Casada, tem dois filhos e um neto. Espírita desde a infância milita no movimento espírita como oradora, articulista e orientadora.





Nilza faça-nos, por favor, sua apresentação.

Nasci em Araçatuba, SP, em 30 de outubro de 1941, filha de Augusto Rotter e Carolina Corinto Rotter. Na década de 40 e durante a década de 50 tínhamos um Bar e Sorveteria Rotter localizado na Rua Oswaldo Cruz; o sorvete feito pela minha mãe era famoso por ser artesanal. Minha mãe era conhecida como D. Lila. Tenho duas irmãs que ainda residem em Araçatuba, Dalva Rotter e Neuza Rotter Montibeller. Atualmente resido em Ribeirão Preto. Sou casada desde 1968 com Adriano Roberto Pelá, tenho dois filhos: Carolina Maria Rotter Pelá, psicóloga e Adriano Roberto Rotter Pelá, arquiteto. Há dois anos Deus nos presenteou com um netinho. Conclui o científico em Araçatuba no ano de 1959 e vim para Ribeirão Preto para cursar enfermagem tendo graduado em 1963.




Qual sua formação acadêmica e profissional?

Sou enfermeira com especialização em Enfermagem Obstétrica e me dediquei à docência na Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto-USP onde fiz carreira universitária. Doutorei-me em 1973, fiz concurso de livre docente em 1980 e 1985 submeti-me as provas para obter o título de professor titular,e aposentei-me em 1995. Após a aposentadoria trabalhei na docência em uma escola privada por 6 anos, onde implantei o programa de Iniciação Científica.



Tem algum livro escrito?

Sim na minha área acadêmica: Pesquisa e Pesquisadores em Enfermagem -volumes I,II,III; Glete de Alcântara – Vida e Obra; Apresentação Escrita de Trabalhos Científicos. Cogito de escrever um livro analisando O Evangelho Segundo o Espiritismo e a sua constituição.



Desde quando e como se tornou espírita?

Minha família sempre teve laços de amizade com dona Emília Santos que frequentemente ia até nossa casa e nos transmitia passes. Dona Emília tinha um grupo de crianças que reunia uma vez por semana para ensinar doutrina espírita e assim foi meu primeiro contato com a Doutrina. Freqüentava a mesma escola que a Sônia e a Ivone filhas de dona Irma e Sr Francisco Martins e freqüentava a casa desse casal bem como minha mãe nos levava com freqüência para receber passes transmitidos por dona Irma. Nesse tempo foi fundado o Varas da Videira e eu passei a freqüentar a Evangelização. Envolvida nesse clima de Doutrina Espírita recusei-me a fazer primeira comunhão, argumentado que era espírita . Daí fui para a Mocidade Espírita e partilhei com as Dall’Oca as lidas e estudos da mocidade do Varas da Videira e do Bezerra de Menezes.



Poderia nos traçar sua trajetória pelo movimento espírita?

Sempre participei de atividades ligadas às casas espíritas que freqüentava e também participava da campanha da Fraternidade tanto em Araçatuba como em Ribeirão Preto. Tomei parte em Encontros de Mocidades Espíritas em Araçatuba e região. Quando cheguei em Ribeirão Preto comecei minhas atividades de palestras e na década de 80 fui convidada a participar do grupo de oradores da USE Ribeirão onde permaneço até hoje. Na década de 90 ,sob coordenação da Adalgiza Balieiro, ministrei aulas em vários cursos de Pedagogia Espírita. Em 1995 estive no Japão participando de um Congresso de minha área de atividade profissional e conheci o então único(hoje há várias casa espíritas em diferentes localidades) Centro Espírita de Tóquio sob presidência de Sônia Sumi uma brasileira que lá mora. Foi emocionante ver o esforço da família e de alguns companheiros para manter a instituição.



Como foi sua infância e mocidade em Araçatuba?

Alegre e feliz. Nossa diversão era o cinema de domingo, as brincadeiras de rua que eram possíveis naquele tempo. Alguns domingos íamos a piscina do Safiotti. Outros passávamos à tarde de domingo em uma fazenda administrada por um tio. Encarávamos os estudos com muita responsabilidade e dedicação.

A freqüência ao centro e o estudo doutrinário eram partes importantes.Certa feita o grupo da mocidade foi, em um domingo, ajudar a descarregar um caminhão de tijolos que havia sido doado para a construção do Lar de crianças, em meio a muita alegria e brincadeiras até que o pó de mico do que era feito o tijolo começou a agir. Passamos a semana inteira nos lembrando do tijolo, entretanto isso não nos desanimou.



Quais os lances e pessoas que mais lhe trazem recordações?

O casal dona Irmã e Sr Francisco Martins Filho, dona Emília, Sálvio Costa, as Dall’Oca, Rolandinho, dona Bebé, Doralice Gomes Feitosa, Aurélio Junqueira Bastos.

Uma das coisas que mais tenho gravada em minha memória é a dedicação que o Sr Francisco e o Sálvio tinham ao estudo da doutrina. Lembro-me com saudades os estudos de domingo de manhã no Varas da Videira e do início da construção Lar de crianças.

Uma das coisas que mais marcou minha infância foi presenciar dona Benedita Fernandes levar as crianças e os doentes mentais de seu asilo para passear na cidade. Algumas vezes minha família agraciava as crianças com uma casquinha de sorvete, pois tínhamos uma sorveteria na Rua Osvaldo Cruz.



A que Casa Espírita está vinculada presentemente?

Amor e Caridade Jesus e Maria em Ribeirão Preto



Quais suas últimas atuações no movimento espírita e as que estão em andamento?

Atualmente faço parte do Grupo de expositores da USE RP que mensalmente visitam 48 casas espíritas de Ribeirão Preto e região proferindo palestra tema do mês. Para preparo destas palestras nos reunimos uma vez por mês. Escrevo para a coluna educação do Jornal “Verdade e Luz” e já colaborei com o jornal “O Dirigente Espírita”. Colaboro com alguns sites de casas espíritas. Mensalmente faço palestras a convite de casas espíritas de Ribeirão e região fora do programa de USE . Desenvolvia um trabalho junto a gestantes e mães que tive que interromper por problemas de saúde na minha família.

Atualmente também faço parte de “Associação Caminhos para o Espiritismo” que já realizou dois encontros e três fóruns envolvendo as cidades de Ribeirão Preto, Araraquara e Matão. Pertenço a um Grupo de Pesquisadores Espíritas que mantém um grupo de discussão pela internet.



Algo mais que queira acrescentar?

Olhando o passado me considero uma privilegiada por uma vida tão rica e pela convivência com pessoas tão maravilhosas com quem muito aprendi. Tenho uma preocupação com a literatura espírita que se encontra disponível, pois considero que temos tido muita quantidade que nem sempre traduz qualidade. Particularmente prefiro os clássicos que vieram depois de Kardec com destaque para Léon Denis e Gabriel Delanne. Penso que o estudo das obras de Kardec tem sido negligenciado entre os que estão entrando agora na doutrina. Conheço muitas pessoas, inclusive em minha casa espírita, que lêem avidamente os lançamentos e não conhecem O Céu e o Inferno , A Gênese e Obras Póstumas. Tenho uma grande aspiração, mais sei que vai demorar muito, um dia escrever como Emmanuel e Joana de Angelis pois penso que a divulgação da Doutrina merece ser feita com elegância e adequacidade características de muitos autores espirituais, mas que no meu ponto de vista Emmanuel e Joana de Ângelis são imbatíveis. Um lema que procuro seguir a risca: escrever sim, mas escrever bem e doutrinariamente tendo como faróis Cristo e Kardec.











Legendas: Nilza na equipe de Handball em Araçatuba- é a primeira agachada à
esquerda; casamento onde o orador Sálvio Costa foi convidado para proferir
uma prece; Nilza com o marido Adriano (Vô) em festa de confraternização de
fim de ano no Jesus e Maria; Carolina, filha de Nilza, acolitando o sobrinho
Adriano, netinho de Nilza; Adriano, filho de Nilza; Nilza, no centro, com
Sônia Sumi e o marido desta, no Japão; palestra na comemoração dos 60 anos
da Aliança Espírita Varas da Videira, em Araçatuba; d. Benedita Fernandes
(1883- 1947) com suas crianças visitando a antiga AEVV no dia 27-6-1943.

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