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segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Focalizando o Trabalhador Espírita Leda Flaborea


Leda Flaborea



Entrevista para Ismael Gobbo ao Notícias do Movimento Espírita



A entrevistada Leda Flaborea nasceu em Marília, SP e reside na capital de São Paulo. É uma pedagoga formada pela USP que teve sua vida profissional toda direcionada para a educação. No meio espírita é dedicada à tribuna, trabalha em cursos de formação de trabalhadores espíritas e escreve artigos para jornais, revistas e internet.





Leda, por favor, apresente-se aos nossos leitores.

Meu nome é Leda Maria Flaborea, nascida há 67 anos em Marília, interior do Estado de São Paulo, mas vinda para a capital do Estado aos 12 anos de idade. Adotei São Paulo como minha cidade, seduzida que fui, já naquela época, pela sua grandeza, e nela estudei, casei-me, divorciei-me, tive uma filha, trabalhei e trabalho feliz.



Qual sua formação acadêmica e profissional?

Sou pedagoga pela USP e trabalhei, profissionalmente, como educadora, na formação de professores, diretores e, sobretudo, de jovens, que hoje, adultos, transformaram-se em grandes amigos. Nessa função estou aposentada e presentemente dedico-me ao setor editorial.



Desde quando e como se tornou espírita?

Meus pais eram espíritas – estamos falando da primeira metade do século 20 – sem os conhecimentos que, hoje, são tão necessários para se entender o que acontece na nossa atual existência, às vezes tão conturbada. A vinda para São Paulo interrompeu essa trajetória, por razões que não importam agora, e ficamos, eles e nós (três filhas), à deriva no aspecto religioso. Mas, o chamamento veio, e através da minha filha, e por causa dela, busquei ajuda. Ela ficou bem e eu não saí mais. Tenho plena convicção de que “eles” queriam a mim – obviamente tinha tarefas a serem cumpridas – e como não despertava... Brincadeira à parte, a verdade é que André Luiz está certo quando afirma que quando o trabalhador está pronto, a tarefa aparece. E aqui estou até hoje, agradecendo ao Pai, diariamente, pelas infinitas oportunidades que me são oferecidas.



Poderia nos falar da sua trajetória pelo movimento espírita?

Também eu, como todos que chegam a uma Casa Espírita, passei por uma assistência espiritual – porta de entrada para qualquer atividade séria e responsável, desde que se queira – e assim que me equilibrei, comecei a trabalhar. Inicialmente, distribuindo senhas aos assistidos, depois o encaminhamento aos cursos da escola doutrinária, enquanto fazia palestras nas reuniões públicas. Claro que, mesmo fazendo os cursos, estudava muito para melhor me preparar para a tarefa por mim executada. Na sequência, fiz o Curso de Expositor na Federação Espírita do Estado de São Paulo, e durante o curso trabalhava na área de ensino de outras casas espíritas, dando aula e fazendo palestras. Não foi fácil, mas era preciso.

Hoje, continuo na área de Ensino do Núcleo Espírita Redenção (São Paulo/Perdizes) e, também, da FEESP, mais precisamente no Curso de Expositor. Continuo dando palestras em vários Centros e sou articulista de vários periódicos espíritas (imprensa escrita e sites), inclusive no exterior.

Penso que o fato de ser divorciada e ter apenas uma filha deixaram-me tempo para fazer tudo isso. Evidentemente que cada um dará do tempo que tiver, lembrando-se sempre que a família deverá ser seu mais importante compromisso, em qualquer situação e em qualquer momento.



E na oratória e produção de artigos?

A formação do expositor espírita requer preparo demorado e cuidadoso, com sacrifícios e renúncias que nem sempre estamos dispostos a fazer. Daí o número grande de desistências nessa tarefa. Por isso, quem se propõe a ser divulgador da Doutrina dos Espíritos precisa, verdadeiramente, ter certeza de que é isso que deseja. O fato é que se houver o dom, tudo ficará mais fácil, menos trabalhoso, o que não significa menos estudo e dedicação contínuos, isto é, sempre.

O estudo contínuo e nobremente conduzido é fundamental para não cairmos na tentação dos “achismos”, pois o expositor espírita fala em nome da Doutrina e não sob o seu ponto de vista. Se assim procede ou julga que esteja certo, agindo dessa forma, está, certamente, em tarefa errada, prestando um desserviço ao Espiritismo, mais confundido que esclarecendo quem o ouve ou lê. E responderá por isso no momento certo. O livro “Os Mensageiros” de André Luiz, psicografado por Francisco Cândido Xavier e editado pela Federação Espírita Brasileira, está repleto dessas falências e dos comprometimentos gerados pela visão distorcida dos trabalhadores espíritas.

Em relação aos artigos, são eles frutos de inspiração e pesquisas ou os dois ao mesmo tempo. O certo é que nenhum artigo sai da minha mão sem que tenha sido alvo de várias revisões, feitas por mim e por companheiros que me auxiliam com muito amor nessa tarefa. Por que isso? Em relação à língua, porque o leitor merece ler um texto bem escrito e, doutrinário, porque precisa ter informações corretas e consoantes com a Doutrina dos Espíritos. Vale lembrar que a doutrina é deles e não nossa. Somos, no máximo, instrumentos para sua divulgação.



Acha que o movimento espírita vai bem?

Em alguns aspectos, sim. Por exemplo, o separatismo entre as diversas instituições, parece estar superado. É comum vermos dirigentes dos diversos segmentos espíritas trabalhando unidos em um único objetivo: a expansão e o fortalecimento da Doutrina Espírita em nosso país e fora dele. Isso me dá um novo alento. E não podemos nos esquecer do movimento em torno do nosso amado Chico e de sua obra, que tem agitado o país ultimamente. Mesmo depois da sua partida, ele continua atuante entre nós. Graças a Deus.

Por outro lado, no meu entender, vai mal ainda, porque, sem preparo adequado, os dirigentes dos Centros Espíritas permanecem transformando-os em locais, somente, de assistência espiritual, sem se aterem à necessidade da implantação das escolas doutrinárias, do ensino sistematizado nos seu aspecto tríplice, dando condições ao assistido de não mais precisar, tão somente, do passe, das desobsessões e de outros tantos atendimentos que nada têm a ver com a prática espírita, para viverem com equilíbrio.



Algo mais que queira acrescentar?

Somente dizer da minha profunda gratidão pelas oportunidades de poder servir a essa doutrina consoladora e esclarecedora, que nos dá um norte, para que mais rapidamente cumpramos aquilo que nos propusemos a realizar, enquanto na erraticidade. Deus abençoe a todos com a paz e a luz que emanam do Infinito Amor que tem por todos nós.











Legenda Fotos

Leda no seu primeiro ano de vida

Menina brincando com boneca

Leda, de vestimenta azul, ladeada pela filha e cercada pelos sobrinhos

Sendo entrevistada no programa Consciência Espírita por Afonso Moreira Jr


Leda, da roupa verde, com outros oradores na FEESP

Leda, a terceira sentada da direita para a esquerda, no terceiro ano do Grupo Escolar



OBS: AS FOTOS Desta entrevista só PODERÃO SER UTILIZADAS EM OUTRAS PUBLICAÇÕES MEDIANTE AUTORIZAÇÃO EXPRESSA DO entrevistadO.




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