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domingo, 14 de novembro de 2010

"Entrevista espírita" a Stephen Hawking



E você, o que acha mais lógico e racional?



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“Achar que o mundo não tem um criador é o mesmo que afirmar que um dicionário é o resultado de uma explosão numa tipografia.” Benjamin Franklin



Em Setembro de 2010 assistimos a mais uma discussão opondo ciência e religião. Como sempre sem qualquer sentido. Para este caso em que as posições se extremaram, muito contribuíram os mídia. Como órgãos de (des)comunicação, provocando polêmicas entre religiosos invigilantes/fanáticos e cépticos materialistas/extremistas.

Em causa o novo livro de Stephen Hawking “O Grande Desígnio”, lançado uma semana antes da visita do Papa Bento XVI ao Reino Unido. Em declarações pré-venda - numa estratégia a que José Saramago recorria habilmente - o cientista britânico garante que não foi Deus que criou o Universo, contrariando todas as suas teses anteriores. Vários líderes religiosos criticaram o astrofísico britânico.

Stephen Hawking afirma que o Big Bang - a grande explosão que originou o mundo - terá sido uma consequência inevitável das leis da física, o que contradiz a teoria que tinha defendido no passado, no livro “Uma Breve História do Tempo” Em 1998 Hawking sugeria que não existia qualquer incompatibilidade entre a existência de um Deus criador e a compreensão científica do Universo, chegando mesmo a afirmar que se a comunidade científica chegasse a descobrir a teoria completa, tal “seria o triunfo definitivo da razão humana” já que, nesse altura, “seria possível conhecer a mente de Deus”.

Porém, na sua recente obra Hawking critica a idéia de um criador e sugere que "Deus não tem mais lugar nas teorias sobre criação do universo, devido a uma série de avanços no campo da física". Afirma ainda que "por haver uma lei como a gravidade, o universo pode e cria-se a ele mesmo do nada. A criação espontânea é a razão pela qual algo existe ao invés de não existir nada, é a razão pela qual o universo existe, pela qual nós existimos", dizendo que o Big Bang foi simplesmente uma consequência da lei da gravidade.

O famoso astrofísico afirma agora que a ciência moderna não deixa lugar à existência de um Deus criador do Universo. Ele considera que a prova que sustenta o seu argumento é o fato de ter sido observado, em 1992, um planeta que girava em torno de uma estrela distinta do Sol. Hawking alega que essa observação comprova a possibilidade de existirem outros planetas e universos. O que significa, em seu entender, que se a intenção de Deus seria criar o Homem, então os restantes universos seriam redundantes. Esta descoberta seria como um marco contra a crença de Isaac Newton de que o universo não poderia ter surgido do caos.

Após as críticas de vários quadrantes religiosos, Hawking reacendeu a polêmica, numa entrevista à CNN. Questionado sobre qual pensa ser a razão da reação causada pelo seu livro The Grand Design, no qual defende que, “dada a existência da gravidade, o universo pode criar-se a si mesmo do nada”, o físico respondeu que “a ciência está cada vez mais a responder a questões que eram um território da religião”, disse, acrescentando que as explicações científicas são suficientes e que a “teologia é desnecessária”.

Com a luz do Espiritismo, gostaríamos de entrevistar Stephen Hawking para que nos pudesse esclarecer alguns pontos da sua nova teoria. Só os teimosos não mudam, mas analisando as declarações subjacentes ao seu novo livro há várias incoerências. Há quem interprete esta mudança como estando a falar de deus numa outra perspectiva e que esse deus estaria em torno do homem, o que pode originar falhas de comunicação.

Prof. Stephen:

- Sabe porque Voltaire dizia com bases sustentáveis “não acredito no deus que os homens fizeram, mas sim no Deus que fez os homens”?

- Alguma vez ouviu falar de Allan Kardec e o princípio espírita da pluralidade dos mundos habitados, que é uma convicção de qualquer pessoa humilde e de bom senso, e evidenciada pelas comunicações dos Espíritos Superiores? A propósito de Deus, bastava ter lido as 1ªs perguntas do Livro dos Espíritos de 1857.

- A prova que sustenta o seu argumento é o fato de ter sido observado, em 1992, um planeta que girava em torno de uma estrela distinta do Sol. Deixou de acreditar no Criador que defendia em 1998 no seu livro “Uma Breve História do Tempo” e depois em "Deus criou os Inteiros"?

- Não acha demasiado redutor esse deus em que acreditava? E se Deus não criou o universo, que fez ele? Ainda acredita que Deus e Jesus são a mesma entidade?

Um deus antropomórfico, que os homens imaginaram que os fez à sua imagem. É que é o mesmo que Voltaire sensatamente não acreditava! E nós também não cremos nesse criador. Quanto orgulho dos homens em considerarmo-nos os objetivos máximos da criação. E achar que outros planetas existem para nossa contemplação. Realmente há muitos dogmas na religião e na ciência oficial, das quais a humanidade ter-se-á que libertar com urgência.

- Não acha um retrocesso reincidir na hipótese insustentável que as leis da Natureza se criaram por geração espontânea? A doutrina espírita esclarece-nos que podemos encontrar a prova da existência de Deus “num axioma que aplicais às vossas ciências. Não há efeito sem causa.” Como é que concebe haver efeitos inteligentes (leis naturais) sem uma causa inteligente (primária divina)?

Desculpe as minhas limitações na interpretação das suas idéias mas não consigo acompanhar o seu raciocínio, o que é natural vindo dum “gênio” (sem ironias). Aguardamos as “suas respostas” Dr. Stephen, através do seu novo livro que esperemos seja mais elucidativo que as suas declarações. Fique em Paz e com a saúde física possível. Parabéns pelo seu exemplo e testemunho de perseverança mental.

Esta mudança de opinião revela o agnosticismo de Hawking, que naturalmente respeitamos. E o afastamento da linha de pensamento de Albert Einstein. Ficamos com este genial físico alemão quando diz: “Não há oposição entre a ciência e a religião. Apenas há cientistas atrasados, que professam idéias de 1880…”; “ A religião sem a ciência é cega, mas a ciência sem a religião é coxa; “ O acaso é o veículo que Deus usa para passar incógnito”; “o materialismo vai acabar por falta de matéria.”, entre várias citações sobre o tema.

Allan Kardec em 1857 já estava muito à frente do seu tempo tal como está e estará. O cientista francês desencarnou 10 anos antes da reencarnação de Einstein.

E o caro leitor, em que é que acredita? O que acha mais lógico e racional?

Pode consultar as 9 primeiras perguntas de “o Livro dos Espíritos” e terá as respostas para as suas dúvidas.

Destacamos a Questão nº8 - Que se deve pensar da opinião dos que atribuem a formação primária a uma combinação fortuita da matéria, ou, por outra, ao acaso?

R: “Outro absurdo! Que homem de bom senso pode considerar o acaso um ser inteligente? E, demais, que é o acaso? Nada.” (resposta dos Espíritos Superiores)

A harmonia existente no mecanismo do Universo patenteia combinações e desígnios determinados e, por isso mesmo, revela um poder inteligente. Atribuir a formação primária ao acaso é insensatez, pois que o acaso é cego e não pode produzir os efeitos que a inteligência produz. Um acaso inteligente já não seria acaso. (comentário de Kardec)

Um dos serviços públicos relevantes que o Espiritismo presta à Humanidade é estabelecer a ponte entre Ciência e Religião, como Filosofia científica esclarecedora e religiosa consoladora que é. Devemos dar o nosso contributo para essa moderação pacífica.



“Fé inabalável é aquela que encara a razão de frente em todas as épocas da humanidade” Allan Kardec



Nuno Emanuel

CEPC – Roteiro de Luz - 2º semestre de 2010



Nuno Emanuel (Lisboa, Portugal)

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