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quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Divergências Doutrinárias

Richard Simonetti

1 – Há na atualidade grande quantidade de médiuns que recebem informações sobre a vida espiritual. São, não raro, surpreendentes e assustadoras. Como lidar com essa situação?

A Terra é morada da opinião. O mesmo ocorre com o mundo espiritual, nas esferas próximas à Terra. Espíritos falam da vida além-túmulo conforme sua visão, sua maneira de ser, suas fantasias.

2 – Não têm todos os Espíritos acesso à realidade espiritual?

Em planos mais altos, no infinito, sim. Nas vizinhanças do planeta, os Espíritos guardam uma visão compatível com sua cultura e discernimento. Imaginemos uma pirâmide. Perto da base, há espaço para a diversidade. No topo atinge-se a unidade.

3 – Isso explica por que vemos Espíritos que continuam ligados a movimentos religiosos e idéias que caracterizaram sua atividade, quando encarnados?

Exatamente. Sempre imaginamos que todos os Espíritos convertem-se automaticamente aos princípios espíritas, ao desencarnar. Não é o que vemos no processo mediúnico, com católicos que continuam católicos, evangélicos que continuam evangélicos, muçulmanos que continuam muçulmanos, vinculados às suas igrejas.

4 – E quanto ao Espiritismo? Não confirmam, “in loco”, os desencarnados, princípios como a Reencarnação, a Lei de Causa e Efeito, a Mediunidade?

Depende de seu estágio de entendimento e dos condicionamentos a que se submeteram na Terra. Na Inglaterra, por exemplo, temos grupos que cultivam o intercâmbio com o Além e não aceitam a reencarnação, o mesmo acontecendo com os Espíritos que ali se manifestam.

5 – É surpreendente!

Lembro a história hindu sobre cegos seis cegos examinando um elefante. Cada qual teve uma ideia segundo a parte apalpada. O que tocou na tromba imaginou ser uma serpente; o que tocou nas orelhas concebeu imensas ventarolas; o que tocou no corpo pensou numa montanha a se mover… Cada Espírito vê a dimensão espiritual conforme seu “tato”, quando não tenha evolução suficiente, olhos de ver, como diria Jesus, para encarar a realidade.

6 – O médium podem exercer influência nesse processo?

Sem dúvida. Se, por exemplo, o médium não aceita a reencarnação, um Espírito que queira explicar como se processa o retorno à carne terá grande dificuldade, esbarrando nas suas concepções. Esse problema só seria resolvido com um médium psicografo mecânico, Neste tipo de mediunidade a interferência do médium é praticamente nula.

7 – E quanto à possibilidade de mistificação? Pode um médium fazer “revelações” a partir de um Espírito mistificador?

Acontece com frequência. Por isso o Espírito Erasto, um dos mentores da Codificação Espírita, adverte, em O Livro dos Médiuns, que é preferível negar dez verdades a aceitar uma só mentira. Há, ainda, algo mais grave: o próprio médium mistificar para adquirir notoriedade com “revelações.”

8 – Considerando os “cegos a descrever o elefante”, como podemos apreciar a informações que chegam da espiritualidade, buscando separar a realidade da fantasia?

Em princípio, cotejando-as com a Codificação. Não obstante o caráter progressista da Doutrina, desdobramentos não podem colidir com elementares princípios doutrinários. Paralelamente, observando a universalidade dos ensinos, como propõe o próprio Codificador. Se vários mentores espirituais, manifestando-se por intermédio de médiuns respeitáveis, que não têm contato entre si, informam que há muitas cidades no plano espiritual, tipo Nosso Lar, é bem provável que estejam reportando-se a uma realidade.
Atendendo a esse mesmo princípio, informações solitárias sobre a vida espiritual pedem prudência em sua apreciação e aceitação.

Imagem de divulgação do filme Nosso Lar

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