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sexta-feira, 4 de março de 2011

Acabou o Natal

Ricardo Orestes Forni

ARTIGO PUBLICADO EM O CLARIM

MARÇO DE 2011

O Natal evoca o Rei Divino descendo à Terra para amar, como uma lição viva e inconfundível de como se devem conduzir os amados que conseguem amá-Lo.” – Joanna de Ângelis.

Acabou o Natal. Todo ano ele acaba. Nos restos de alimento excessivo que ganham a lata do lixo, com as garrafas de bebida vazias, o Natal, todo ano, acaba. Nas sobras de alimento que contêm o sofrimento de milhares de animais que também temem a morte, da mesma forma como a grande parte dos homens, o Natal termina. Desses mesmos animais a quem se refere Emmanuel, ensinando que devemos receber como obrigação sagrada o dever de ampará-los na escala progressiva de suas posições variadas no planeta. Recomenda-nos o Nobre Mentor que devemos estender a eles a nossa concepção de solidariedade e o nosso coração, para compreendermos mais profundamente os grandes segredos da evolução, entendendo os maravilhosos e doces mistérios da vida (Emmanuel: dissertação mediúnicas, FEB, 1938, pág. 93).
Todo ano, também, com o Natal, a partir do dia 26 de dezembro, acaba o sentimento de solidariedade para com o próximo. Não se vê mais campanha nenhuma de arrecadação de alimentos, de brinquedos ou tudo o mais que traduza o Natal, na concepção dos homens. A partir do dia seguinte aos 25 de dezembro, a dor do outro não alcança mais sintonia com a nossa sensibilidade. Quando as músicas natalinas se emudecem, quando o comércio deixa de abrir as portas em horários especiais, quando os pratos de porcelana fina retornam para o esconderijo do armário, quando os talheres de aço inoxidável ou pratarias outras jazem esquecidos em estojos de luxo, o Natal acaba. É como se já tivéssemos cumprido a nossa obrigação diária como bons escoteiros, pelo restante do ano. Natal? Só no dia vinte e cinco do próximo dezembro. Que tal os Espíritos a quem recorremos, constantemente, só nos ampararem em cada dia vinte e cinco do dezembro, de cada ano, como se fossem um bom Papai Noel? Findo esse dia, os Espíritos lavariam as mãos da necessidade de socorrer-nos.
Evidentemente que falamos sobre o Natal dos homens. O Natal de Jesus é muito diferente, como ensina Joanna de Ângelis. O Natal de Jesus, do Rei Divino, é um convite aos que conseguem amá-Lo, verdadeiramente, para que vivam as Suas lições. Se ainda não ficou claro, recordemos um pequeno parágrafo de Joanna de Ângelis: Refaze, mentalmente, o caminho da esperança cristã, rememora quantas lágrimas estancaste, quantos companheiros soergueste da queda moral lastimável, quantos corações vitalizaste com a fé clara e pura, quantas vezes silenciaste se ultrajado, se perseguido, se instado ao revide, quanto desculpaste reatando liames de afeto com o ofensor, quanto confiaste embora aparentemente perdido, quanto pudeste perseverar nos propósitos sadios, apesar das tentações de toda ordem!... Tens elegido a serenidade como companheira nas horas difíceis, o amor como sustentáculo das tuas aspirações, a caridade como normativa fraternal e a fé como lâmpada sempre acesa no curso das tuas horas?! Esses, os que ensaiam amá-Lo, experimentam gáudio pelo Seu nascimento, mas não convertem alegria em estroinice nem a gratidão afetuosa em repasto exagerado, motivando desequilíbrios e abusos de variada contextura. (Lampadário Espírita, FEB, 3ª edição, páginas 139 e 140)
Repitamos: os que ensaiam amá-Lo não convertem a alegria em estroinice nem a gratidão afetuosa em repasto exagerado, motivando desequilíbrios e abusos de variada contextura. Teriam as carnes exóticas dos animais e as bebidas alcoólicas alguma coisa a ver com tais colocações? No Natal de Jesus, não existe referência à troca de presentes, à roupa nova, ao calçado da moda. No Natal de Jesus, só existe um aniversariante que é Ele. O Papai Noel dos lares ricos ou remediados não existe. Jesus acompanha nossos filhos para sempre, mas Papai Noel se desfaz, quando a realidade da existência nos conduz às portas estreitas e difíceis de serem ultrapassadas.
Como comemorar então, o Natal do Cristo? Novamente é Joanna quem ensina: “Aquieta o turbilhão que te atordoa, e, enquanto se espraiam no ar as sutis vibrações do Natal de Jesus, escuta a voz dos anjos e alça-te dos sítios sombrios onde te demoras para as culminâncias do amor clarificador de rotas em homenagem ao Governador da Terra, quando da sua visita, no passado, para que, agora novamente Ele te possa visitar, sendo o conviva invisível e presente na formosa festa de paz em que se converterão tuas horas de agora em diante.
O Natal é mensagem perene que desceu do Céu para a Terra e que agora, em ti, se levanta da Terra na direção do Céu.”
Enquanto o outro Natal, o dos homens, que retornará no dia 25 de dezembro de 2011 te espera, executa o Natal do dia-a-dia de Jesus para que possamos transformar o outro, o do dia vinte e cinco de dezembro do ano em curso, em um dia comum em nossas vidas, voltadas para a vivência do amor perene do Natal de sempre, o Natal de Jesus...

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