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domingo, 13 de março de 2011

Focalizando o Trabalhador Espírita Jacob Melo

Jacob Melo

Entrevista para Ismael Gobbo ao Notícias do Movimento Espírita

Neste entrevista temos a oportunidade de conhecer alguns lances da vida e da obra do escritor e orador Jacob Melo. Espírita desde a infância tem seu trabalho centralizado no Lar Espírita Alvorada Nova, em Natal, no Rio Grande do Norte. É pesquisador, sobretudo do Magnetismo, tendo escrito importante obra sobre o Passe, editada pela FEB. Tem proferido palestras e seminários pelo Brasil e também no exterior.



Caro Jacob, poderia nos fazer sua auto apresentação?

Nasci em Teresina, capital do Piauí, em 1952. Meus pais, José Euclides de Melo e Maria Dagmar Falcão de Melo, ele piauiense e ela cearense, resolveram se transferir para Natal quando eu ainda estava por completar 6 meses de vida, de forma que me considero natalense. Sou o segundo filho de minhã mãe, tendo uma irmà mais velha, Margarida e três mais novas – Ismália, Nazareth e Célia – que eu, além de um irmão mais velho de todos, Hugo, filho do primeiro casamento de meu pai. Logo que chegou a Natal minha mãe foi à Federação Espírita do Estado do RN e ali se tornou espírita, tendo sido presidente e vice-presidente daquela Casa por mais de 22 anos e ainda continua ligada a mesma. Assim, posso me dizer espírita de berço, porque quando comecei a interagir com as pessoas já estava no Espiritismo.

Qual a sua formação acadêmica e profissional?

Sou formado em Engenharia Civil pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte e pós graduado em Psicanálise.

Como você conheceu o Espiritismo e desde quando o freqüenta?

Vindo de berço espírita, sempre frequentei Casas Espíritas e desde muito jovem já realizava atividades ditas de adultos, como dar aulas, aplicar passes e fazer palestras.

A qual casa espírita à qual está vinculado presentemente e os trabalhos que nela desenvolve?

Atualmente estou ligado ao Lar Espírita Alvorada Nova – LEAN. É uma instituição interessante, pois apesar de grande fisicamente, tem características muito peculiares às Casas menores. Dois são os focos principais do LEAN: abrigo total a idosos carentes e pesquisa e atendimento na área do Magnetismo (passes). Temos, sob regime de internato, uma média de 45 idosos internos, além de prestarmos apoio a outras famílias com seus idosos em seus lares.
No terreno do Magnetismo é no LEAN que tenho meu “laboratório” de pesquisas e aprofundamento na área, tendo como pontos principais 4 reuniões: às segundas, pela manhã, atendimento magnético exclusivo aos idosos do LEAN; às quartas, pela manhã, passes magnéticos à população que busca – nesse trabalho, o enfoque dado à terapia da depressão é sempre de muito peso; e uma vez a cada 15 dias, sempre aos domingos à noite, de forma privativa, uma reunião mediúnica de evocação, para tentar aprofundar os conhecimentos com o auxílio direto de orientadores espirituais; por fim, todas as terças à noite temos estudo sobre questões do Magnetismo e do Sonambulismo onde a maior parte dos trabalhadores do Magnetismo de nossa Casa participa.

Poderia nos fazer a descrição de sua trajetória pelo movimento espirita?

Apesar de jovem, aos 15 anos iniciei duas tarefas às quais me vinculo até hoje: aplicação de passes e palestras. Os passes vieram como uma consequência natural, já que sempre possuí muito potencial magnético e fazia uso disso de forma muito proveitosa nas atividades a que me ligava. E as palestra foi aquilo que chamo de uma feliz imposição de minha mãe, pois desejava que um de seus filhos fosse expositor espírita.
Na Federação de meu Estado ocupei praticamente todos os cargos e, em nome daquela Instituição, tive oportunidade de participar de importantes eventos nacionais, fosse desempenhando a função de assessor da FERN junto ao Conselho Federativo Nacional da FEB, assim como em muitas reuniões “zonais” ou mesmo em atividades chamadas de unificação em meu Estado e no Nordeste.
Participei e produzi programas de rádio, jornais espíritas e elaborei muitas apostilas.
Durante 8 anos, após ter fundado o Grupo Espírita Allan Kardec, em Natal, dirigi um grande evento anual que ficou muito conhecido em todo Nordeste, chamado FOREN – Fórum Espírita de Natal.
Por fim, concomitantemente, me dediquei a muito estudo, muita leitura e isso redundou em vários livros que escrevi.

Jacob, quais são os livros de sua autoria, por ordem de edição?

Vamos lá:
O Passe, seu estudo, suas técnicas e sua prática; Reflexões de Morenno; Viver ainda é a melhor saída; Manual do Passista; O lado positivo de tudo; Pense sobre isso e pense muito melhor; Cure-se e cure pelos passes; Aprendendo com a vida; Geórgio D’Andréa Morenno – ele sabia!; A cura da depressão pelo Magnetismo; Reavaliando verdades distorcidas; e Lições para toda a vida.

E os de maior procura?

O livro O Passe continua muito procurado, mas faz mais de 4 anos que a FEB deixou de publicá-lo. Atualmente estou fazendo uma rigorosa revisão e atualização do mesmo pretendendo republicá-lo ainda este ano. Depois dele existe uma espécie de empate triplo: o Cure-se e Cure pelos passes, o Manual do Passista e o A Cura da Depressão pelo Magnetismo são sempre os mais procurados.
Não posso deixar de ressaltar um pequeno livro que escrevi e que tem servido a dois valorosos propósitos: reposicionar o Magnetismo dentro do conceito espírita por excelência e fazer os leitores repensarem sobre o que de verdade escreveu Kardec e os Espíritos Superiores, comparando com o que se ouve ou se aprende na atual conjuntura espírira brasileira. Trata-se do livro Reavaliando Verdades Distorcidas.

Jacob, qual a diferença entre magnetismo e mediunidade de cura?

Na palavra do próprio Allan Kardec, o magnetismo aplicado é um verdadeiro tratamento, seguido, regular e metódico, onde os fluidos (energia) são seguramente do magnetizador enquanto que a mediunidade curadora difere muito disso, pois os médiuns de cura muitas vezes sequer ouviram falar sobre magnetismo.
Nesse livro que acabei de mencionar (Reavaliando Verdades Distorcidas) trato desse assunto com toda clareza, destacando a opinião não apenas de Kardec, mas a dos próprios espíritos da Codificação Espírita.
Numa visão minha digo que o magnetismo é a maior bênção (depois da vida) que Deus deu ao homem, mas que infelizmente ainda não lhe demos o mínimo valor, pelo que pagamos um preço altíssimo.

O médium de cura é um portador da faculdade mediúnica de efeitos físicos?

A cura, de certa forma, é em si mesma um efeito físico, pois que se faz confirmar na mudança, adaptação, correção ou total ajuste de elementos orgânicos. Por outro lado, quando o médium de cura opera suas ações nesse terreno, as energias (fluidos) aí envolvidas são, em grande parte, de origem humana, o que demarca a ação anímica do fenômeno. E se tivermos em conta que todo fenômeno anímico é um efeito físico, não temos como dar negativa à pergunta.

Você acredita que o Centro Espírita é local para exercício da mediunidade de cura?

Já é de muitos e por muitos dito e repetido que a Casa Espírita é uma escola, um lar e um hospital, tudo dependendo do fim que se lhe dá. Sendo a mediunidade um dos pontos básicos do Espiritismo é mais do que natural que seja na Casa Espírita que melhor se aplique sua essência: desenvolvimento, estudo e aplicação prática. Nesse sentido, a resposta é um sonoro sim. Contudo, não devemos confundir aplicação prática da mediunidade com liberdade para se fazer o que se quiser em nome dela.
Como magnetizador e estudioso do magnetismo, sou reconhecedor de que a prática magnética, em sua verdadeira acepção, pede providências que nem sempre os passes mais simples requerem. Ainda assim o bom-senso jamais deve ser sobrepujado a ponto de se fazer conceções por simples acomodação de entendimento. O tema magnetismo tem toda uma base científica e até mesmo filosófica, pedindo, por isso mesmo, estudo e conhecimento para se fazer o melhor, o mesmo acontecendo com a mediunidade. Portanto, mesmo que algumas práticas sejam úteis, ricas e interessantes em determinadas Casas ou doutrinas, nem sempre convém adaptá-las ou “importá-las” para nosso meio sem que criteriosos estudos e avaliações sejam feitos.

No trabalho de divulgação da doutrina espírita além da tribuna e dos livros de quais outros meios você se utiliza?

Sempre que viajo faço muitas entrevistas tanto em rádios, como em televisão e jornais. Além disso estou fazendo a filmagem de um seminário básico bastante amplo sobre passes e magnetismo, pois a procura por esses seminários é enorme e não tenho como dar conta de tantos convites. Também uso, ainda de forma menos ampla, a internet, veículo que este ano darei maior atenção.

Como vê a difusão da Doutrina Espírita na atualidade?

O momento se apresenta muito rico e oportuno. O que gera uma expectativa é saber se estamos sabendo aproveitar essa feliz oportunidade para levar a mensagem espírita de forma mais rica e coerente. Há uma busca muito grande pela essência espírita e não acredito que seja barateando a mensagem que atingiremos a maturidade.

Acredita que as casas espíritas estão preparadas para receber aqueles que a procuram por conta da divulgação?

Na sua maioria, infelizmente ainda não estamos no ponto ideal, mas uma coisa obrigará a outra, ou seja, uma maior procura nos levará a revermos o que vimos fazendo e isso poderá nos reposicionar.

O que fazer?

O estudo revalorizado seguramente será fundamental. A mim, particularmente, me espanta a substituição de leituras e estudos mais centrados em Kardec por apostilas. Fala-se em pureza doutrinária e foge-se da base; isso é estranho.
Outro ponto fundamental, principalmente em termos de Casas propriamente ditas, é que vençamos nossos melindres pessoais. Não há espaço no Espiritismo para sermos tão suscetíveis a tão pequeninas coisas...

Você acha que o movimento espírita caminha bem ou enxerga alguma coisa que precisa ser melhorada?

Ultimamente tenho batido muito num ponto: não sei onde estávamos que aceitamos a informação de que o principal da Doutrina Espírita está nos 5 livros da Codificação, quando para entendê-la e subsidiá-la com o que há de melhor jamais a Revista Espírita, de Allan Kardec, deveria ter ficado de fora das “indicações básicas” para quem queira ser ou conhecer de verdade o Espiritismo. Creio ser fundamental mudarmos a postura de que apenas o pentateuco seja suficiente para saber a base. E, repetindo o que disse há pouco, se agora tirarmos Kardec e ficarmos só com apostilas não sei onde iremos parar...

Tem podido atender aos convites para palestras e seminários?

Essa tem sido uma tarefa muito complicada. Quando dá, procuro fazer com que Casas de uma mesma região se conversem e façam programas juntos ou conjuntos. Mas, ainda assim e viajando muito mais do que desejaria – pois tenho família, inclusive com um casal de gêmeos que neste mês de março completa 4 anos – não consigo atender a todos. Atualmente a média de convites formais que recebo é de 3 convites semanais. E além, dos compromissos no Brasil, tem outros no exterior, os quais me tomam muito mais tempo ainda.

Quais os temas mais requisitados?

Seguramente sobre passes. Mas existem temas específicos do Evangelho, como perdão, Deus, Esperança e Oração, além de outros ligados ao suicídio e à depressão, que sempre são requisitados.

E a forma de contatá-lo?

Tanto pode ser de forma direta, via e-mail (jacobmelo@gmail.com) ou atraés de algumas pessoas que cuidam de agendamentos para regiões. No site www.jacobmelo.webs.com tem uma relação dessas pessoas e como entrar em contacto com elas.

Você canta em algumas palestras. São músicas suas?

Costumo cantar sim, pois isso deixa um clima de mais harmonia por onde passo. Mesmo Casas ditas conservadoras me tem permitido cantar e não vejo nem sinto arrependimento. E não é por conta de minha voz ou do meu violão – super amadores – mas sim pelo efeito positivo da arte, da música.
A maioria das músicas que canto é de minha autoria. No Nordeste são bem mais conhecidas, mas já tem muita gente no sul e no exterior que conhece e canta a maioria dessas músicas. No momento tenho 3 CDs, sendo um com o Grupo de Canto do GEAK, de Natal, e dois solos. Este ano pretendo fazer mais um CD de músicas.

Você tem mediunidade ostensiva?

Não; sinto-me envolvido em muitos momentos de minha vida, mas a mediunidade que mais emprego é a da pesquisa, do suor, do esforço por me manter sempre aprendendo e aplicando o que aprendo. Nisso os Bons Amigos Espirituais me ajudam sempre.

Algo mais que queira acrescentar?

Minha gratidão por esta oportunidade.
Sigo repetindo a todos que me ouvem que uma coisa muito importante para que levemos a mensagem o mais longe possível se baseia em seguirmos estudando e servindo, portanto a perseverança é a marca de quem queira vencer sempre.








Legenda Jacob Melo na formatura em Engenharia, de óculos no centro da foto; pequenino com o pai; Jacob, à esquerda e sua mãe com Nestor Masotti presidente da FEB em encontro no ano de 2006; No Seara Bendita, em São Paulo: Walter Marchesano, Jacob Melo e Manolo Quesada; Jacob tocando e cantando em evento; Jacob Melo, de camisa vermelha, sua mãe d. Dagmar, César Perri de terno escuro sentado, Raul Teixeira de blusa branca, no Primeiro Congresso Espírita de Massachusstes/USA; Jacob Melo no 2º. Foren, no ano de 1992, em Natal, RN; Em 2003 em Vila Real de Santo Antônio, Portugal, para o lançamento do seu livro Geórgio D’Andréa Morenno, Ele Sabia, ao lado do livreiro que o convidou para o evento; em evento no Canadá

OBS: AS FOTOS Desta entrevista só PODERÃO SER UTILIZADAS EM OUTRAS PUBLICAÇÕES MEDIANTE AUTORIZAÇÃO EXPRESSA DO entrevistadO.



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