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sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Episódio do livro “Paulo e Estevão” ditado pelo espírito Emmanuel pela psicografia de Chico Xavier

Ficheiro:Livro-paulo-e-estevao.jpg

http://www.feblivraria.com.br/Livros/Romance/Paulo-e-estevao.html?acao=DT&dep=1190&secao=4367&prod_id=59793&orig=gooxml

POR GRATIDÃO SÉRGIO PAULO LIBERTA

JEZIEL (ESTEVÃO) NO PORTO DE JOPE,

EM ISRAEL.

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— Pois fase constar nos teus apontamentos que o escravo Jeziel, atacado de mal

desconhecido, contraído em Cefalônia, foi sepultado no mar, antes que a peste contagiasse

os tripulantes e passageiros. Para que o rapaz não se comprometa, instruí-lo-ei a respeito,

dando-lhe umas tantas ordens terminantes. Além disso, noto-o bastante enfraquecido para

resistir com êxito às crises culminantes da moléstia ainda em começo. Quem poderá garantir

que ele resistirá? Quem sabe morrerá ao abandono, no segundo minuto de liberdade?

O comandante e o feitor trocaram um olhar inteligente, de implícito acordo mútuo.

Depois de longa pausa, Sérvio concordou, dando-se por vencido:

— Está bem, seja.

O moço patrício estendeu a mão aos dois e murmurou:

— Por este obséquio ao meu dever de consciência, poderão sempre dispor em mim de um

amigo.

Daí a instantes, Sérgio acercou-se do jovem, semi-adormecido junto do seu camarote e já

tomado da febre em começo de explosão, dirigindo-lhe a palavra com delicadeza e bondade:

— Jeziel, desejarias voltar à liberdade?

— Oh! senhor, exclamou o jovem reanimando o organismo com um raio de esperança.

— Quero compensar a dedicação que me dispensaste nos longos dias da minha

enfermidade.

— Sou vosso escravo, senhor. Nada me deveis.

Ambos falavam o grego e, refletindo subitamente na situação de futuro, o patrício interrogou:

— Sabes o idioma comum da Palestina?

— Sou filho de israelitas, que me ensinaram a língua materna nos mais verdes anos.

— Então, não te será difícil recomeçar a vida nessa província.

E medindo as palavras, como se temesse alguma surpresa contrária aos seus projetos,

acentuou:

— Jeziel, não ignoras que te encontras enfermo, talvez tão gravemente quanto eu, há alguns

dias. O comandante, atento à possibilidade de um contágio geral, dada a presença de

numerosos homens a bordo, pretendia lançar-te ao mar; contudo, amanhã de tarde

chegaremos a Jope e hei de valer-me dessa circunstância para devolver-te à vida livre. Não

desconheces, todavia, que, assim procedendo, estou a infringir certas determinações

importantes que regem os interesses de meus compatriotas, e é justo pedir-te sigilo do meu

feito.

— Sim, senhor — respondeu o rapaz extremamente abatido, tentando com dificuldade

coordenar as idéias.

— Sei que dentro em pouco a enfermidade assumirá graves proporções, prosseguiu o

benfeitor. Dar-te-ei a liberdade, mas só o teu Deus poderá conceder-te a vida. Entretanto,

caso te restabeleças, deverás ser um novo homem, com um nome diferente. Não desejo ser

inculpado de traidor dos meus próprios amigos e devo contar com a tua cooperação.

— Obedecer-vos-ei em tudo, senhor.

Sérgio lançou-lhe um olhar generoso e terminou:

— Tomarei todas as providências. Dar-te-ei algum dinheiro para atenderes as primeiras

necessidades e vestirás uma de minhas velhas túnicas; mas, tão logo seja possível, vai-te de

Jope para o interior da província. O porto está sempre cheio de marinheiros romanos,

curiosos e maleficentes.

O enfermo fez um gesto de agradecimento, enquanto Sérgio se retirava para atender ao

chamado de alguns amigos.

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(Texto da Internet)

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