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quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Médicos espíritas posicionam-se contra descriminalização da maconha

Giovana Campos

PUBLICADO NA FOLHA ESPIRITA,

SÃO PAULO, AGOSTO, 2011


O médico David Fergusson, da Universidade de Otago, na Nova Zelândia, esteve no Brasil em 2005, quando deu uma entrevista à revista Veja, para a qual afirmou que 9% dos usuários de Cannabis sativa (maconha) tornam-se dependentes severos e que ela induz a mudanças no cérebro, responsáveis pelo aumento da propensão à dependência química e à busca de drogas mais pesadas. Essa posição é ratificada por vários profissionais de Saúde Mental, tanto brasileiros como internacionais.

Os médicos psiquiatras Ronaldo Ramos Laranjeira e Ana Cecília Petta Roselli Marques, ambos da Unifesp, afirmam que pelo menos há dez anos o Brasil vive “duas ondas” perigosas: a do aumento do consumo de todas as drogas, com abuso, principalmente, dos jovens adultos, e um forte debate para um abrandamento ainda maior das leis em relação à maconha. Esses dois fatores, segundo eles, podem agravar a situação, preceder o abrandamento para consumo de outras drogas e confundir ainda mais a população.

A maconha, assim como todas as drogas psicotrópicas, altera a capacidade de discernimento, tendo maior impacto nos jovens que ainda não possuem essa função mental em sua plenitude. As drogas legais, como nicotina e álcool, já causam danos suficientes à população mundial e, conforme ambos, “não há a necessidade de mais uma substância para aumentar esses números”.

Diante desse quadro, a Associação Médico-Espírita do Brasil, sempre atuante nas campanhas que surgem no País, também se pronunciou a respeito dessa temática em reunião realizada em Belo Horizonte (MG), por ocasião do VIII Congresso Médico-Espírita do Brasil, ocorrido em junho, posicionando-se contrária à legalização e à comercialização da maconha, ponderando aspectos físicos, mentais e espirituais, conforme texto abaixo:

Adendo à Carta de Princípios da AME-Brasil

Considerando que o homem é um ser integral composto de corpo, perispírito, mente e espírito e que seu desenvolvimento individual consiste na aquisição de graus de consciência cada vez mais amplos e elevados, fundamentada na liberdade de pensamento;

Considerando que o exercício do livre pensar torna o ser humano plenamente responsável por seus atos, perante Deus e os irmãos em humanidade;

Considerando que a Cannabis sativa (maconha) promove a alteração patológica da consciência, inibindo o livre exercício do pensar e do agir, razão de ser do espírito;

Considerando os efeitos deletérios das substâncias psicoativas nos corpos espirituais, bem como no psiquismo, induzindo frequentemente a crises psicóticas;

Considerando que o uso não terapêutico de substâncias psicoativas decorre frequentemente de fugas dos conflitos íntimos e das provas educativas do espírito;

Considerando que esse uso impede o processo educativo, agrava as circunstâncias anteriores ao uso e produzem novos agravos pessoais, familiares e sociais, perpetuando o ciclo da adição;

Considerando que o uso de drogas psicoativas potencializa processos obsessivos complexos com ampla repercussão e difícil tratamento;

Considerando os dados dos boletins epidemiológicos nacionais e internacionais nos quais o uso de substâncias psicoativas lícitas, prescritas ou de livre acesso, como o tabaco e o álcool, constitui-se num dos maiores problemas de saúde pública, segundo o Ministério da Saúde e a Organização Mundial de Saúde;

Considerando que a legalização da maconha colocá-la-ia no patamar das drogas lícitas, induzindo a um grave erro pedagógico, principalmente em relação às faixas etárias mais vulneráveis, tais como crianças e adolescentes, dando uma falsa segurança de uso desprovido de risco;

Nós, os médicos espíritas, reunidos na cidade de Belo Horizonte (MG), no VIII Congresso da Associação Médico-Espírita do Brasil, Mednesp 2011, posicionamo-nos frontalmente contra a descriminalização do uso da maconha no Brasil, bem como contra a sua legalização e comercialização com finalidade não terapêutica.

Movimento faz alerta na internet

O movimento para alertar sobre os malefícios causados pelo consumo de drogas está crescendo na internet, veículo amplamente utilizado pelas camadas mais jovens da população. O alerta é encabeçado pela Amor Exigente, uma entidade que representa mil famílias de usuários de drogas em recuperação em São Paulo, e enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) documento em que descreve o sentimento dos pais e dos jovens em recuperação sobre a decisão do STF de liberar a marcha da maconha no Brasil: “A família brasileira está de luto!”

O site da Rádio Jovem Pan contém o blog da Jovem Pan Pela Vida, Contra as Drogas, e, por meio de mensagens postadas diariamente, mostra a realidade daqueles que tentam sair do vício das drogas ou afastar-se de companhias viciadas, sempre com depoimentos reais e também o acompanhamento de profissionais de diversas áreas empenhados nesse ideal. Confira em http://www.jovempan.com.br/campanha


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