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sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Experiência no exterior

Artigo publicado no jornal

Folha da Região, edição do

dia 21 de setembro de 2001

página A2

Regina Zanella

“A maior caridade que se pode fazer pelo Espiritismo é a sua divulgação”, já dizia Emmanuel, por intermédio de Chico Xavier. E como duvidar?

Allan Kardec acreditava igualmente na força da divulgação espírita, até nos lugares mais recônditos, conforme está documentado no livro Obras Póstumas.

Há muitos anos, os núcleos espíritas romperam as barreiras brasileiras e hoje se encontram espalhados por dezenas de países, nos cinco continentes do nosso globo. Em cada país, segundo a própria cultura e disponibilidade dos trabalhadores, a divulgação espírita foi tomando forma, constituindo um movimento ativo.

A contribuição que os oradores brasileiros puderam dar foi determinante para uma maior consolidação e até mesmo credibilidade. Em Milano, Itália , onde estou há quatorze anos, o movimento está em construção.

Um núcleo espírita, até bem pouco tempo atrás, era algo completamente novo e curioso. Por que as reuniões públicas eram semanais, no mesmo horário, e tratavam somente de Espiritismo?

Na concepção italiana, um centro espiritualista deveria fornecer informações de diferentes fontes e ser organizado em formato de cursos, seminários, com duração pré-determinada. Os oradores deveriam ser conhecidos, pelo fato de terem escrito algum livro ou tido experiência incomum, ou ainda possuir capacidade extrassensorial, coisas do tipo. A religião ou credo pessoal não deveria ter destaque; cada um traria a própria experiência.

Portanto, a proposta espírita causava uma impressão diferente. Seria uma nova seita? Espiritismo seria somente a denominação de uma sessão mediúnica? Muitos compareciam às reuniões cheios de curiosidade e, ao mesmo tempo, com um pé atrás. Alguns participavam quase como se estivessem cometendo um pecado. Ninguém do próprio núcleo familiar ou profissional deveria saber. O que iriam pensar? Era uma sensação de aventura, pela novidade, e também de temor, pois se ninguém sabia aonde iriam quem os socorreria em caso de perigo? Vale recordar que, mesmo no Brasil, a Doutrina já foi considerada crime, e os espíritas eram perseguidos.

Por mais que tentássemos tranquilizar, alguns se sentiam tensos. O primeiro sinal é que não aceitavam a água fluidificada e recusavam o passe. No começo, era estranho até fazer a prece inicial. Todavia, no final de cada reunião, os novatos mostravam-se interessados e faziam uma série de perguntas. Portanto, ao término da palestra não havia “silêncio”. Incitados pela novidade, os italianos queriam esclarecer dúvidas, conhecer as outras pessoas, socializar, enfim. E assim nos adaptamos a eles, e eles a nós.

Às palestras proferidas pelos confrades provenientes do Brasil compareciam interessados. E, embora disséssemos que o Espiritismo não é patrimônio brasileiro, eles não conseguiam ver de outra maneira. Tudo começou a mudar quando ficou mais clara a mensagem de que este é um modelo a ser seguido por qualquer pessoa, em qualquer lugar ou ambiente, como uma mensagem universal.

E uma coisa é certa: é inquestionável e valiosíssima a contribuição de oradores brasileiros, profundos conhecedores e bons divulgadores, ao trabalho de todos nós que residimos no exterior. Recebemos visitas de valiosos companheiros , aos quais devemos muito. O que há alguns anos parecia longe de alcançar, hoje podemos dizer que é uma feliz realidade. O Brasil é, sem dúvida, um manancial de bênçãos que abastece espiritualmente tantas nações.

Vibremos para que continue assim, neste maravilhoso intercâmbio de incentivo e sustentação, a fim de que os companheiros que estejam residindo em outras pátrias possam encontrar força e abnegação para sequência do trabalho.

É sempre bom recordar que a semeadura é nossa, mas a obra é do Cristo.

Leia mais sobre Regina Zanella e seu trabalho na Itália acessando:

http://ismaelgobbo.blogspot.com/2010/08/focalizando-o-trabalhador-espirita_15.html

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