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domingo, 25 de setembro de 2011

Focalizando o Trabalhador Espírita (No. 106) Adeilson Salles

Adeilson Salles

Entrevista para Ismael Gobbo ao

Notícias do Movimento Espírita

O nosso entrevistado deste sabado é o orador e escritor espírita Adeilson Salles, um praiano do Guarujá que presentemente reside na cidade de Bauru. Adeilson aposentou-se como técnico de manutenção na Usiminas mas nunca parou. Está a todo vapor militando no movimento espírita brasileiro como orador, escritor e em atividades diversas no Centro Espírita “Amor e Caridade” em Bauru. Casado e pai de dois filhos Adeilson tem na neta Isabella a fonte inspiradora de sua vasta obra literária infantil que tanto tem ajudado crianças, pais, evangelizadores e público em geral. Além dos livros infantis Adeilson é autor de vários outros livros mediúnicos e não mediunicos.

Adeilson, pode nos fazer sua autoapresentaçao?

Meu nome completo é Adeilson Silva Salles sou natural do Guarujá, litoral paulista, metalúrgico aposentado da Usiminas como técnico de manutenção, tenho dois filhos já adultos, Vitor e Janaina.

Uma neta chamada Isabella que é a minha musa inspiradora para os livros infantis, e agora juvenis.

Casado em segundas núpcias com Valdeci Teixeira da Costa, costumo dizer que ela é uma mentora encarnada. Meu pai já desencarnado chama-se Roque Silva Salles e minha mãe com 88 anos, Maria de Lourdes Salles. Éramos oito irmãos, quatro homens e quatro mulheres, hoje estamos seis, pois dois desencarnaram.

Qual a sua formação acadêmica e profissional?

Minha formação é o segundo grau técnico em eletrotécnica completo, e o curso de filosofia interrompido por causa das viagens de divulgação espírita.

Como conheceu e desde quando segue o Espiritismo?

Conheci o Espiritismo há cerca de 25 anos atrás, levado a casa espírita por uma irmã, pois experimentava transtornos emocionais devido a mediunidade deseducada.

A que casa espírita está vinculado presentemente e os trabalhos que nela realiza?

Trabalho no CEAC – Centro Espírita Amor e Caridade de Bauru, onde resido atualmente.

No CEAC atuo como passista, orador, assumi recentemente atividades administrativas na Editora CEAC, assessorando todos os departamentos, colaboro também na Comissão Editorial avaliando textos e na elaboração dos projetos futuros da editora.

Teremos muitas novidades em breve.

Poderia nos fazer uma síntese de sua atuação no movimento espirita durante esses

Anos?

Comecei na Casa Espírita Maria Modesto Cravo em Guarujá e lancei meu primeiro livro pela Casa Editora O Clarim.

Atualmente tenho 35 livros editados, entre literatura adulta, infantil e juvenil , livros mediúnicos e agora também, livros paradidáticos.

Na bienal do Rio de Janeiro lançamos pela Editora Novo Ser os meus primeiros livros paradidáticos.

O convite para os livros paradidáticos chegaram pelo êxito obtido na literatura infanto-juvenil, em especial nos 11 títulos que tenho lançados pela FEB – Federação Espírita Brasileira.

Em 2010 fui convidado pela Presidenta da FERGS – Federação Espírita do Rio Grande do Sul, Sra. Beth Barbieri a me tornar autor infantil daquela federação, o que ocorreu em março último com o lançamento do livro infantil “Juca o cavalo marinho”.

Em julho passado recebi convite do Sr. Francisco Ferraz, presidente da Federação Espírita do Paraná, para me tornar autor daquela prestigiosa federação, o que será realidade em novembro próximo, pois vamos lançar por aquela federação dois livros infantis, as biografias de Allan Kardec e Lins de Vasconcelos para crianças.

Há cerca de três meses fui convidado pelo co-produtor do filme “As mães de Chico Xavier” a participar do projeto “As aventuras de Chico Xavier”, trata-se de desenhos animados para televisão onde Chico Xavier conta histórias para o público infantil.

Escrevi a primeira história e a mesma já foi roteirizada para TV, sendo que a ANCINE já aprovou o projeto e a captação dos recursos para produção já começou.

Para 2012 teremos a apresentação desse projeto na televisão brasileira.

Venho participando de diversas bienais do livro por todo Brasil, pois a FEB vem investindo muito nesse tipo de literatura.

Alguns dos títulos lançados pela FEB foram traduzidos para o inglês e já podem ser encontrados em formato e-book.

Como orador os convites para palestras e seminários acentuam-se a cada dia, procuro trabalhar os temas abordados pela Doutrina Espírita sempre pela ótica educativa proposta pelo Espiritismo.

Quais os livros de sua autoria mediúnicos?

Meu primeiro livro inspirado pelos imortais foi o romance “Aprendendo a amar”, pela editora O Clarim de Matão e foi orientado pelo benfeitor Antonio Gonçalves

O segundo livro também romance chama-se: “Até que a morte nos reúna”, pelo espírito Antonio Gonçalves – Editora CEAC – Bauru

O terceiro livro também romance: “Uma nova chance para amar”, pelo amigo Antonio Gonçalves – Editora CEAC – Bauru

O quarto livro, outro romance: “A filha do pecado”, pelo espírito Antonio Gonçalves – Editora CEAC – Bauru

Pela Editora Solidum o romance: “O Missionário” – pelo espírito Antonio Gonçalves

Também pela Solidum os livros infantis “O menino curioso e Manhã, a menina que enxergava pelos olhos do coração” (com textos em braile)

Pela Editora CEAC de Bauru – “Almas em Progresso” – contos doutrinários pelo espírito Jacob

Pela Editora CEAC de Bauru – “Cartas a Família” – contos com painéis da vida familiar e suas consequências.

E os não mediúnicos?

Os livros não mediúnicos são os seguintes.

Pela Editora Solidum

Livro de bolso, mensagens auto ajuda – XXI Segundos, livros infantis

Infantis: Menino Curioso e Manhã, a menina que enxergava com os olhos do coração e Assembléia dos Gatos.

Pela FEB

Livros Infantis:

Bellinha e a lagarta Bernadete, O segredo da onça pintada, Um por todos e todos por um, O espelho do sentimento, O maior brejo do mundo, Menino Chico, Volta as aulas, Um mundo sem livros e Beijinho Beija-Flor.

Livros Juvenis:

Fugindo para viver e Meu primeiro amor.

Pela Editora Boa Nova

Livros Infantis: O reino do vai e volta, Quando o vídeo game mandava no Naldinho, Nicolau o menino que pintava sonhos, A cobra que usava chinelo e Menino Azul

Livro para o público adulto: Joias da Alma – contos para as mães que devolveram suas joias pra Deus.

Livros Juvenis: A.N.J.O.S. E A.N.J.O.S. em Romeu e Julieta

FERGS – Federação Espírita do Rio Grande do Sul

Livro Infantil: Juca o cavalo marinho

Editora Novo Ser:

Livros Infantis Paradidáticos: Joãozinho e o pé de livro, Pedala Saci e Batmurilinho

Como tem sido suas participações em eventos como os da bienal do livro?

Tenho participado de praticamente todas as bienais do livro pelo Brasil.

E os convites não param de chegar para outros eventos literários.

Nas bienais do livro venho recebendo diretamente dos leitores a resposta e o reconhecimento pelo nosso trabalho.

No principio foi muito difícil, mas agora a alegria e o contato com as crianças tem sido altamente emocionante.

Os livros lançados pela FEB são encontrados em todo país, em todas as grandes livrarias e shoppings centers.

Vale a pena ressaltar que alguns títulos lançados pela FEB já estão traduzidos para o inglês e o espanhol e podem ser encontrados em formato eletrônico, o livro digital.

Fale-nos de suas faculdades mediúnicas.

Na seara mediúnica o trabalho é totalmente inspirado pelos benfeitores, mas recebo orientação através de sonhos e muitos projetos foram iniciados pela orientação durante o sono.

O trabalho na literatura infanto-juvenil está nessa faixa de orientação.

Para minha surpresa agora com a idade de 52 anos o intercambio tem se acentuado sobremaneira.

Creio que o exercício ao longo dos anos foi apurando a sensibilidade e o momento está sendo muito fértil por mercê dos espíritos amigos.

Meu trabalho mediúnico tem se concentrado mais no aspecto literário.

Sempre teve vocação e facilidade para escrever? Como começou?

Me recordo que com a idade de 7 anos de idade já escrevia poemas de cunho evangélico, surpreendendo meus pais.

Mas essa facilidade foi abandonada com o passar dos anos, pois meus pais, pessoas muito simples, nunca me incentivaram a qualquer prática literária.

Com o tempo perdi o interesse que eclodiu com a prática mediúnica na idade adulta.

E a preferência por livros infantis?

Os livros infantis nasceram por orientação em sonhos, mas principalmente pelo nascimento da minha neta.

Com a chegada dela acentuou-se a preocupação em passar a mensagem espírita adequada a criança.

Tornei-me um leitor voraz de livros infantis e passei a estudar esse tipo de literatura.

No presente momento, além de seguir me dedicando a literatura infantil, estou me dedicando também ao lançamento de livros para jovens.

Sem dúvida alguma, um segmento esquecido e um mercado que ainda precisa ser sedimentado.

Mas as alegrias tem sido inúmeras nessa faina.

A área da evangelização infantil caminha bem na casa espírita?

Penso que ainda há muito que se fazer nesse campo.

É preciso uma maior conscientização dos dirigentes espíritas quanto a evangelização.

Alguns espíritos amigos tem me informado que a evangelização infantil é a reunião de desobsessão mais eficiente em uma casa espírita, pois no cuidado com as crianças, está o tratamento nas causas dos processos obsessivos.

O assunto é vasto e demandaria muitas colocações, mas precisamos valorizar e intensificar o trabalho de evangelização nas nobres instituições espíritas.

No que pode melhorar?

Podemos melhorar o trabalho valorizando o evangelizador e oferecendo condições adequadas para o desenvolvimento do trabalho.

Muitos tem boa vontade, mas pouca capacitação para desenvolver a tarefa.

Com a própria falta de preparo, muitas pessoas desistem e abandonam a tarefa, o que é lamentável.

Outros mais desejam criar métodos próprios e tem dificuldade de aliar o conteúdo com a prática pedagógica.

Penso que os órgãos de unificação e direção do movimento espírita também precisam de diretrizes novas.

Para educar a criança e o jovem é preciso conversar com eles, ouvi-los na prática do ensino.

Métodos catequistas tendem a ser repelidos.

O jovem e a criança não devem ser catequisados, mas educados.

Educação pressupõe dialogo e respeito.

Na sua opinião o movimento espirita caminha bem?

Como movimento espiritualmente democrático em sua prática, o meio espírita não está livre de modismos e pessoas que desejam ser maiores do que ele.

Muitos querem ocupar papel de destaque, desejando ser a referencia principal.

Quando indagavam a Chico Xavier se ele tinha alguma novidade em termos doutrinários ele sempre respondia:

— A novidade é o evangelho!

Felizmente os modismos passam e Allan Kardec fica.

Mas o conceitos espíritas vão sendo melhor compreendidos com o passar dos anos e entendemos que o momento é de educar.

Não adianta ficar de olhos voltados para o além, sem que amemos os espíritos encarnados ao nosso lado.

Existe uma valorização acentuada na literatura espírita sobre magias, trevas e outros que tais em detrimento da essência da mensagem.

É o joio no meio do trigo, muitos se deixam levar, pois não querem estudar e preferem ser conduzidos e impressionados pelo mal que se propaga por livros da moda.

Pautar nossa conduta em Kardec, atendendo ao bom senso por ele exarado em suas obras é porfiar por caminhos seguros.

Os benfeitores que me assistem sempre me orientam a trabalhar pela libertação pela educação, pois fora dela não há solução.

A caridade da educação é meritória, pois transforma o ser para o mundo e não o mundo para o ser.

As suas palavras finais aos nossos leitores

Entendo que devemos valorizar cada vez mais a proposta educativa que o Espiritismo oferece a humanidade. Fora da educação não há solução para os tempos atuais.

É fundamental trazer a visão reencarnacionista para os nossos relacionamentos de uma maneira geral.

Falar sobre reencarnação é tema fascinante, ler romances que abordam essa temática é muito agradável, todavia a mensagem espírita pode estar mais próxima da nossa realidade.

Principalmente nos momentos tormentosos dos nossos relacionamentos mais ásperos.

Precisamos investir em nossas crianças e jovens, dar-lhes a oportunidade de laborar em nossas instituições.

Necessitamos adequar nosso discurso ao entendimento dos futuros dirigentes e trabalhadores espíritas que são os jovens de hoje.

Enquanto houver a prática da catequese, sem respeito as potencialidades das crianças e jovens em nosso meio, o circulo de atividades infanto-juvenis será muito limitado.

Meus cumprimentos a todos aqueles que já perceberam que o Espiritismo não veio a Terra para mera aplicação de passes, mas sim para auxiliar o homem a assumir sua responsabilidade perante a vida.

Não existe mais espaço para a tutela espiritual de quem quer que seja, o tempo é de trabalho e educação.

Minha gratidão!

Adeilson Salles e sua mãe dona Maria de Lourdes

Adeilson e a esposa Valdeci com André Trigueiro (d)

Janaina e Isabella, filha e neta de Adeilson Salles

Adeilson Salles, no centro, tendo a sua direita os filhos Vitor e Janaina

Gladys Pedersen, Nestor Masotti e Adeilson Salles

Adeilson Salles autografando para freiras na Bienal em 2008

Adeilson autografando em Itapira, SP

Adeilson autografando em Itapira, SP

Adeilson Salles em Porto Alegre

Isabella, neta de Adeilson Salles e torcedora dos Santos F.C

Adeilson no 1º. Encontro Cairbar Schutel em Matão, SP

Adeilson ao lado de Orson no Encontro Amigos de Chico Xavier em Guaxupé, 2011.

Adeilson Salles na Bienal do Rio 2011

Adeilson na Bienal do Livro. Rio de janeiro, 2011

Visite o site do Adeilson

http://www.adeilsonsalles.com.br/

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