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sábado, 17 de setembro de 2011

Intolerância do passado, resquícios no presente

Wellington Balbo

Na data de 09 de outubro de 1861 foi praticado lamentável ato de arbitrariedade, misturado a discriminação e desrespeito numa miscelânea das mais lamentáveis. A este ato denominou-se - O auto de fé de Barcelona, em que por ordem do Bispo daquela cidade foram queimados em praça pública 300 livros espíritas enviados por Allan Kardec ao livreiro Maurício Lachâtre.

Kardec ao receber a informação naturalmente indignou-se e as reclamações foram feitas ao cônsul francês em Barcelona, todavia, nada adiantou. Kardec, então, disse ao Sr. Lachâtre que se deixasse consumar o absurdo ato, mas submeteria a questão para apreciação de seu guia espiritual.

E assim feito, recebeu interessante resposta: uma perseguição tão ridícula e atrasada poderá fazer o Espiritismo progredir na Espanha.

Percebemos nesta pequena passagem que indubitavelmente Allan Kardec não encontrou facilidades para que as realidades imortais ultrapassassem a discriminação de mentalidades atrasadas.

Outra situação que tem alguma similaridade com o Auto de fé de Barcelona ocorreu em pequena cidade do interior francês quando um pregador resolveu abrir fogo contra a Doutrina Espírita em seus sermões. Entretanto, desconhecia o pregador que ninguém naquela cidade conhecia o Espiritismo. O que ele fez foi atiçar a curiosidade da população para o conhecimento da doutrina que nascia. Não tardou para que em 6 meses nascesse naquele pequeno município um grupo de estudos espíritas.

A respeito deste fato comentou Allan Kardec:

“Os Espíritos tinham razão quando nos diziam, há alguns anos, que nossos próprios adversários, sem o quererem, serviriam à nossa causa”.

Independentemente de qualquer marketing involuntário realizado por pessoas como o Bispo de Barcelona ou o pregador desinformado, vale destacar o quão é triste depararmo-nos com casos de discriminação e desrespeito. Ainda nos dias de hoje observamos situações deste naipe e constatamos que ainda não foi sepultado o preconceito, este filho dileto da ignorância. E a pergunta que fica é:

Como faremos para iluminar o mundo com o respeito às diversidades existentes?

A resposta não é difícil, mas requer, obviamente, prática permanente:

Educando-nos e observando nosso comportamento, se não estamos, por exemplo, sendo perseguidores daqueles que não comungam os mesmos ideais que nós. A qualquer resquício de intolerância que percebamos nos assaltar, tomemos como base a célebre frase de Voltaire como um norte a nos guiar: “Não concordo com uma palavra do que dizes, mas defenderei até o ultimo instante seu direito de dizê-la”.

Agindo assim certamente estaremos libertos dos cadeados da ignorância, que se atualmente não queima livros em praça pública ainda lamentavelmente permanece queimando reputações e desrespeitando opções e formas de encarar a vida.

Pensemos nisto!

Referências:

KARDEC, Allan. Obras Póstumas. 27 ed. Araras SP: IDE. 1993.

KARDEC, Allan. Viagem Espírita em 1862. 2 ed. Matão SP. O Clarim.

Na data de 09 de outubro de 1861 foi praticado lamentável ato de arbitrariedade, misturado a discriminação e desrespeito numa miscelânea das mais lamentáveis. A este ato denominou-se - O auto de fé de Barcelona, em que por ordem do Bispo daquela cidade foram queimados em praça pública 300 livros espíritas enviados por Allan Kardec ao livreiro Maurício Lachâtre.

Kardec ao receber a informação naturalmente indignou-se e as reclamações foram feitas ao cônsul francês em Barcelona, todavia, nada adiantou. Kardec, então, disse ao Sr. Lachâtre que se deixasse consumar o absurdo ato, mas submeteria a questão para apreciação de seu guia espiritual.

E assim feito, recebeu interessante resposta: uma perseguição tão ridícula e atrasada poderá fazer o Espiritismo progredir na Espanha.

Percebemos nesta pequena passagem que indubitavelmente Allan Kardec não encontrou facilidades para que as realidades imortais ultrapassassem a discriminação de mentalidades atrasadas.

Outra situação que tem alguma similaridade com o Auto de fé de Barcelona ocorreu em pequena cidade do interior francês quando um pregador resolveu abrir fogo contra a Doutrina Espírita em seus sermões. Entretanto, desconhecia o pregador que ninguém naquela cidade conhecia o Espiritismo. O que ele fez foi atiçar a curiosidade da população para o conhecimento da doutrina que nascia. Não tardou para que em 6 meses nascesse naquele pequeno município um grupo de estudos espíritas.

A respeito deste fato comentou Allan Kardec:

“Os Espíritos tinham razão quando nos diziam, há alguns anos, que nossos próprios adversários, sem o quererem, serviriam à nossa causa”.

Independentemente de qualquer marketing involuntário realizado por pessoas como o Bispo de Barcelona ou o pregador desinformado, vale destacar o quão é triste depararmo-nos com casos de discriminação e desrespeito. Ainda nos dias de hoje observamos situações deste naipe e constatamos que ainda não foi sepultado o preconceito, este filho dileto da ignorância. E a pergunta que fica é:

Como faremos para iluminar o mundo com o respeito às diversidades existentes?

A resposta não é difícil, mas requer, obviamente, prática permanente:

Educando-nos e observando nosso comportamento, se não estamos, por exemplo, sendo perseguidores daqueles que não comungam os mesmos ideais que nós. A qualquer resquício de intolerância que percebamos nos assaltar, tomemos como base a célebre frase de Voltaire como um norte a nos guiar: “Não concordo com uma palavra do que dizes, mas defenderei até o ultimo instante seu direito de dizê-la”.

Agindo assim certamente estaremos libertos dos cadeados da ignorância, que se atualmente não queima livros em praça pública ainda lamentavelmente permanece queimando reputações e desrespeitando opções e formas de encarar a vida.

Pensemos nisto!

Referências:

KARDEC, Allan. Obras Póstumas. 27 ed. Araras SP: IDE. 1993.

KARDEC, Allan. Viagem Espírita em 1862. 2 ed. Matão SP. O Clarim.

Auto de Fé de Barcelona. Imagem da Internet

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