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sábado, 15 de outubro de 2011

Carta à Superinteressante

Carta à revista Superinteressante, sobre reportagem na edição de outubro de 2011, com o título “Ciência Espírita”.

Bauru, 14 de outubro de 2011

Senhor Sérgio Gwercman, cordiais saudações.

A Superinteressante aborda na edição de outubro um assunto recorrente em suas páginas: o Espiritismo.

Suspeito que essa insistência não esteja vinculada à busca da verdade, mas simplesmente porque reportagens envolvendo a doutrina codificada por Allan Kardec dão ibope, aumentam as vendas.

Desta feita não se deixou por menos: uma chamada de capa, letras garrafais: Ciência Espírita, encimando a promessa de abordagem retumbante: Eles são cientistas. E eles acreditam em espíritos e reencarnação. Agora, estão usando o Laboratório para provar que tudo isso não é apenas questão de fé. E dizem que estão conseguindo.

Quem não se interessará por uma reportagem dessa natureza, que fala de cientistas empenhados em provar a imortalidade da alma?

O problema é o paradigma materialista que orienta a revista, o que leva seus redatores a imaginarem que os cientistas, por mais competentes e cuidadosos, quando optem pela existência do espírito imortal são inspirados por ingênua fé.

Enxergariam na Ciência apenas um meio de ressaltar suas crenças, não um instrumento para testar sua autenticidade. E estariam sempre dispostos a torcer os fatos em favor dessa intenção.

Na verdade ocorre o contrário. O que vemos nos negadores contumazes é o empenho por ajustar os fenômenos em observação às suas teorias reducionistas.

Se os pesquisadores demonstram que há uma consciência imortal, que sobrevive ao corpo, na EQM, experiência de quase morte, vem a explicação esdrúxula: quando o eletroencefalograma detecta atividade zero no cérebro, isto é, o paciente está morto, haveria uma região encefálica não detectável, que continuaria a funcionar, dando origem à ilusão de um espírito que se afasta do corpo.

Um belo chute, sem nenhuma comprovação científica. Seria como imaginar que algo do coração continua a funcionar, quando ocorre a parada cardíaca, e que o indivíduo continua vivo embora o eletrocardiograma teime em afirmar que está morto.

Na abordagem das reminiscências espontâneas, lembranças de vidas anteriores, o repórter, além de cometer sonoro cacófato, insinua que há mistificação nos relatos: os informantes tendem a “esquecer” as afirmações da criança que não coincidem com a vida da pessoa que acreditam que ela foi. Por outro, colocam na boca dela informações que só foram obtidas depois, quando as duas famílias já estavam em contato.

E lá se vão, pelo suposto ralo da falsidade, as pesquisas de cientistas famosos como Hamemdra Barnerjee, Ian Stevenson e Hernani Guimarães Andrade, além dos citados na reportagem, que examinaram exaustivamente, durante decênios, centenas de casos, com extremo e impertinente rigor científico, concluindo pela realidade da reencarnação.

O repórter argumenta que com tantas evidências contra, é difícil não acreditar que os pesquisadores de reencarnações, EQM e afins se movam mais pela fé do que pela curiosidade científica. Não sabe ou prefere ignorar que muitos cientistas eram materialistas quando começaram suas pesquisas. Tinham por objetivo desmistificar as ideias espiritualistas, às quais acabaram por render-se.

A recíproca é verdadeira: com tantas evidências sobre a realidade desses fenômenos, não estará movendo-se o repórter por convicções materialistas tão arraigadas que o impedem de enxergar o óbvio?

De qualquer forma, senhor diretor de redação, creio que nós espíritas devemos ser gratos à Superinteressante, porquanto se o assunto Espiritismo ajuda a vender a revista, a curiosidade que a revista desperta ajuda a disseminar o Espiritismo junto a leitores não comprometidos com o paradigma materialista.

Richard Simonetti

Escritor e expositor espírita

Barnerjee e a esposa visitam o IBPP*, recebidos por Suzuko Hashizume e

Hernani Guimarães Andrade. Arquivo do IBPP.

Hernani Guimarães Andrade e Ian Stevenson

Entrevistando D. Carmem Marinho (Paciente de Reencarnação) Arquivo IBPP

*IBPP- Instituto Brasileiro de Pesquisas Psicobiofísicas


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