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segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Edgard Cayce, O Clarividente

Anuário Espírita/1973

Colaboração: Rô Vinholi

Ainda que pouco conhecido no Brasil, Edgard Cayce foi um dos grandes médiuns da história do Espiritismo e, nos Estados Unidos, tão famoso quanto o próprio Andrew Jackson Davies. Nasceu no dia 18 de março de 1877, em Hopkinsville, EUA.

Cayce desencarnou no dia 5 de janeiro de 1945, em Virginia Beach, levando uma das mais estranhas e espetaculares faculdades psíquicas de que se tem notícia e que ele próprio nunca pôde explicar, faculdade que espantou o seu possuidor no decorrer de toda a sua vida. Cayce era dotado de um extraordinário poder de vidência que lhe permitia, sem jamais errar, estabelecer diagnósticos médicos e indicar o tratamento ou medicamento específico que convinha sempre com perfeita exatidão. Para isso tinha que entrar em um estado de sonambulismo hipnótico profundo, sem o que não era possível o exercício da faculdade.

Nascido de uma família da zona rural, Cayce iniciou sua vida como trabalhador agrícola em casa de um tio. Mais tarde se fez empregado de uma livraria na cidadezinha de Hopkinsville, depois enfim, foi proprietário de um pequeno laboratório fotográfico, ramo em que pretendia fixar-se. Mas o destino ia atirá-lo em uma extraordinária aventura e, malgrado seu desejo, forçá-lo a se transformar em uma espécie de taumaturgo-médico, coisa que se recusava ser.

Tudo, porém, começou quando o pequeno Edgard, com 11 anos foi vítima de um acidente durante uma partida de base-ball. Recebera um golpe violento na base da coluna vertebral. A pancada fora tão rude que o médico da região, que não abandonava sua cabeceira, não conseguira tirá-lo do estado de coma. Ora, de repente, para estupefação geral, a voz do garoto se elevou clara e tranqüila do leito, embora ele parecesse dormir profundamente e disse:

- Apressai-vos, o cérebro corre risco de ser atingido!

Depois de alguma agitação e ao acaso, decidiram-se aplicar a preparação indicada. Nessa mesma noite, como por milagre, a febre caía. No dia seguinte o garoto estava de pé, tão bem disposto como se nada lhe houvesse acontecido. Ele desconhecia a maioria das plantas que indicara e não tinha a menor idéia do que se passara.

Assim começou uma das histórias mais estranhas de que se tem conhecimento no campo da mediunidade de cura. Todavia, de princípio, Cayce negou-se a fazer uso de seu dom. Sentia-se ignorante e queixava-se de não ser uma pessoa comum, como as outras.

Uma série de circunstâncias e sob pressão de uma amiga de infância, sua futura esposa, Gertrudes, foi persuadido de que não tinha o direito de reservar seu maravilhoso poder para si mesmo, mas que deveria pô-lo a serviço de quantos tivessem dele necessidade.

Foi quando um amigo de Edgard, Al Layne, se apresentou enfermo. Agravando-se a situação, Cayce concorda em submeter-se ao sono pelo qual tentará verificar a causa do sofrimento do companheiro. E assim o faz, particularizando os medicamentos que deverá empregar para a cura.

Desperto, mas, aterrorizado, grita:

- Eu não conheço a metade das palavras que estão anotadas aqui. Não tome estas drogas, poderia ser perigoso. Eu nada conheço de medicamento, tudo isto é um absurdo!

Tranca-se em seu ateliê, recusando-se a ver Al. Uma semana se passa e este se apresenta, forçando um encontro com o amigo. Está transformado: nunca se sentiu tão bem em toda a sua vida. Os medicamentos prescritos durante o sonambulismo tinham realizado maravilhas. E a história corre a região. Toda a vila comenta o acontecido, as solicitações de consulta se acumulam. Cayce resiste.

- Não é porque eu fale dormindo que vou me meter a tratar de doentes!

Mas a pressão em torno dele cresce. Por fim cede, mas com a condição expressa de não ver os doentes, temeroso de que, vendo-os seu espírito pudesse ser influenciado. Exige também que os médicos assistam às sessões e impõe que não seja aceito um único ceitil pelo trabalho de socorro.

Seus diagnósticos são de tal precisão, as prescrições tão perfeitamente adaptadas aos casos, que os médicos, em breve, se convenceram de que ele era um companheiro camuflado.

Cayce limita-se a duas sessões por dia, não porque os estados sonambúlicos o fatiguem, pois que se sente bem repousado, mas porque necessita cuidar de seu pequeno estúdio fotográfico. Observam que ele não faz, apesar de tudo quanto sucede, o menor esforço por adquirir conhecimentos médicos. Mostra-se inteiramente desinteressado dos livros e revistas especializados que lhe chegam às mãos. Continua sendo o mesmo homem rústico, com um simples diploma primário. Também não se acomoda ao seu dom. Aqui surge um pequeno detalhe curioso. A cada vez que se vai negar, torna-se afônico.

A um dos magnatas das estradas de ferro americana, James Andrews, que vem consultá-lo, posto em estado sonambúlico, prescreve uma série de medicamentos, entre eles um trazendo o nome de Água de Orvale. Esse remédio não é encontrado na América. Andrews resolve colocar anúncios em jornais e revistas médicas, disposto a descobrir o que seja essa água desconhecida.

Ora, o aparente sempre benfeitor fez com que uma das publicações caísse nas mãos de um jovem médico francês, parisiense, cujo pai era o inventor dessa fórmula altamente complexa e que tinha deixado de ser explorada havia 50 anos.

Em uma sessão, pouco antes, Cayce conseguia ditar a fórmula que foi reconhecida conforme à do autor, como se verificou em seguida. Diante de tais fatos o Dr. John Blaksburn, Presidente do Sindicato Médico, se apaixonou pelo caso Cayce.

Organizou uma comissão de membros, os quais passaram a assistir as sessões, mostrando-se cada vez mais estupefatos. Disso resulta que o Sindicato Geral Americano reconheceu as faculdades de Cayce e, após muitas reuniões, fato único na história da medicina no mundo, autorizou-o a dar consultas mediúnicas.

Por esse tempo Cayce tinha se casado e possuía um filhinho de oito anos que, brincando com fósforos fez explodir um estoque de magnésium. Seus olhos são cruelmente atingidos, os especialistas concluem por uma progressiva cegueira e propõe a ablação de um dos globos oculares. Profundamente angustiado Cayce se entrega ao sono sonambúlico. Em transe vai energeticamente contra a medida e propõe um tratamento de quinze dias com compressas de ácido tânico. Os especialistas protestam, chamam à prescrição uma loucura, mas Cayce, se bem que presa de terríveis angústias, não ousa resistir ao espírito que o anima e que sempre verificou estar certo. Quinze dias de expectativas dolorosas se seguem e em seguida o jovem Cayce se cura.

Um dia, ao curso de uma sessão, ele prescreve um medicamento ao qual denomina Coridon, indicando o laboratório que o fabrica, em Chicago. Telefonam ao estabelecimento e a direção espantada pergunta:

- Como sabeis que possuímos esse medicamento? Não falamos dele a ninguém, ele não está ainda à venda! Sua fórmula acaba de ser concluída e ainda agora demos a ela esse nome de Coridon!

O mais extraordinário, entretanto, ocorreu quando, ao curso de outra sessão, profundamente adormecido, Cayce ditou quatro receitas muito precisas, sem que ninguém atinasse para quem se dirigiam.

Quarenta e oito horas mais tarde, porém, quatro doentes se apresentam e se percebe então que as receitas eram a eles destinadas.

Atingido por um mal incurável, que não deixava ninguém perceber, Cayce desencarnou no dia e à hora exatos que predissera, isto é, 5 de janeiro de 1945, às 17 horas.

Interrogado em estado de sono comum, ou de sonambulismo, o que é diferente, quanto ao processo de sua faculdade, respondera um dia que se punha em contacto com um ou vários cérebros cujos conhecimentos se aplicavam aos diagnósticos e aos tratamentos, na medida em que se apresentavam.

Muitas são as obras publicadas acerca de Cayce e suas faculdades.

A Dra. Gina Cerminara, em sua obra "Many Mansions", título que se refere à passagem evangélica "Há muitas moradas na casa de meu pai", trata, mais exclusivamente daquilo se denomina "leituras de vidas", uma das faculdades de Cayce.

Cayce era dotado de um extraordinário poder de vidência que lhe permitia, sem jamais errar, estabelecer diagnósticos médicos e indicar o tratamento ou medicamento específico que convinha sempre com perfeita exatidão. Para isso tinha que entrar em um estado de sonambulismo hipnótico profundo, sem o que não era possível o exercício da faculdade.

Nascido de uma família da zona rural, Cayce iniciou sua vida como trabalhador agrícola em casa de um tio. Mais tarde se fez empregado de uma livraria na cidadezinha de Hopkinsville, depois enfim, foi proprietário de um pequeno laboratório fotográfico, ramo em que pretendia fixar-se. Mas o destino ia atirá-lo em uma extraordinária aventura e, malgrado seu desejo, forçá-lo a se transformar em uma espécie de taumaturgo-médico, coisa que se recusava ser.

Tudo, porém, começou quando o pequeno Edgard, com 11 anos foi vítima de um acidente durante uma partida de base-ball. Recebera um golpe violento na base da coluna vertebral. A pancada fora tão rude que o médico da região, que não abandonava sua cabeceira, não conseguira tirá-lo do estado de coma. Ora, de repente, para estupefação geral, a voz do garoto se elevou clara e tranqüila do leito, embora ele parecesse dormir profundamente e disse:

- Apressai-vos, o cérebro corre risco de ser atingido!

Depois de alguma agitação e ao acaso, decidiram-se aplicar a preparação indicada. Nessa mesma noite, como por milagre, a febre caía. No dia seguinte o garoto estava de pé, tão bem disposto como se nada lhe houvesse acontecido. Ele desconhecia a maioria das plantas que indicara e não tinha a menor idéia do que se passara.

Assim começou uma das histórias mais estranhas de que se tem conhecimento no campo da mediunidade de cura. Todavia, de princípio, Cayce negou-se a fazer uso de seu dom. Sentia-se ignorante e queixava-se de não ser uma pessoa comum, como as outras.

Uma série de circunstâncias e sob pressão de uma amiga de infância, sua futura esposa, Gertrudes, foi persuadido de que não tinha o direito de reservar seu maravilhoso poder para si mesmo, mas que deveria pô-lo a serviço de quantos tivessem dele necessidade.

Foi quando um amigo de Edgard, Al Layne, se apresentou enfermo. Agravando-se a situação, Cayce concorda em submeter-se ao sono pelo qual tentará verificar a causa do sofrimento do companheiro. E assim o faz, particularizando os medicamentos que deverá empregar para a cura.

Desperto, mas, aterrorizado, grita:

- Eu não conheço a metade das palavras que estão anotadas aqui. Não tome estas drogas, poderia ser perigoso. Eu nada conheço de medicamento, tudo isto é um absurdo!

Tranca-se em seu ateliê, recusando-se a ver Al. Uma semana se passa e este se apresenta, forçando um encontro com o amigo. Está transformado: nunca se sentiu tão bem em toda a sua vida. Os medicamentos prescritos durante o sonambulismo tinham realizado maravilhas. E a história corre a região. Toda a vila comenta o acontecido, as solicitações de consulta se acumulam. Cayce resiste.

- Não é porque eu fale dormindo que vou me meter a tratar de doentes!

Mas a pressão em torno dele cresce. Por fim cede, mas com a condição expressa de não ver os doentes, temeroso de que, vendo-os seu espírito pudesse ser influenciado. Exige também que os médicos assistam às sessões e impõe que não seja aceito um único ceitil pelo trabalho de socorro.

Seus diagnósticos são de tal precisão, as prescrições tão perfeitamente adaptadas aos casos, que os médicos, em breve, se convenceram de que ele era um companheiro camuflado.

Cayce limita-se a duas sessões por dia, não porque os estados sonambúlicos o fatiguem, pois que se sente bem repousado, mas porque necessita cuidar de seu pequeno estúdio fotográfico. Observam que ele não faz, apesar de tudo quanto sucede, o menor esforço por adquirir conhecimentos médicos. Mostra-se inteiramente desinteressado dos livros e revistas especializados que lhe chegam às mãos. Continua sendo o mesmo homem rústico, com um simples diploma primário. Também não se acomoda ao seu dom. Aqui surge um pequeno detalhe curioso. A cada vez que se vai negar, torna-se afônico.

A um dos magnatas das estradas de ferro americana, James Andrews, que vem consultá-lo, posto em estado sonambúlico, prescreve uma série de medicamentos, entre eles um trazendo o nome de Água de Orvale. Esse remédio não é encontrado na América. Andrews resolve colocar anúncios em jornais e revistas médicas, disposto a descobrir o que seja essa água desconhecida.

Ora, o aparente sempre benfeitor fez com que uma das publicações caísse nas mãos de um jovem médico francês, parisiense, cujo pai era o inventor dessa fórmula altamente complexa e que tinha deixado de ser explorada havia 50 anos.

Em uma sessão, pouco antes, Cayce conseguia ditar a fórmula que foi reconhecida conforme à do autor, como se verificou em seguida. Diante de tais fatos o Dr. John Blaksburn, Presidente do Sindicato Médico, se apaixonou pelo caso Cayce.

Organizou uma comissão de membros, os quais passaram a assistir as sessões, mostrando-se cada vez mais estupefatos. Disso resulta que o Sindicato Geral Americano reconheceu as faculdades de Cayce e, após muitas reuniões, fato único na história da medicina no mundo, autorizou-o a dar consultas mediúnicas.

Por esse tempo Cayce tinha se casado e possuía um filhinho de oito anos que, brincando com fósforos fez explodir um estoque de magnésium. Seus olhos são cruelmente atingidos, os especialistas concluem por uma progressiva cegueira e propõe a ablação de um dos globos oculares. Profundamente angustiado Cayce se entrega ao sono sonambúlico. Em transe vai energeticamente contra a medida e propõe um tratamento de quinze dias com compressas de ácido tânico. Os especialistas protestam, chamam à prescrição uma loucura, mas Cayce, se bem que presa de terríveis angústias, não ousa resistir ao espírito que o anima e que sempre verificou estar certo. Quinze dias de expectativas dolorosas se seguem e em seguida o jovem Cayce se cura.

Um dia, ao curso de uma sessão, ele prescreve um medicamento ao qual denomina Coridon, indicando o laboratório que o fabrica, em Chicago. Telefonam ao estabelecimento e a direção espantada pergunta:

- Como sabeis que possuímos esse medicamento? Não falamos dele a ninguém, ele não está ainda à venda! Sua fórmula acaba de ser concluída e ainda agora demos a ela esse nome de Coridon!

O mais extraordinário, entretanto, ocorreu quando, ao curso de outra sessão, profundamente adormecido, Cayce ditou quatro receitas muito precisas, sem que ninguém atinasse para quem se dirigiam.

Quarenta e oito horas mais tarde, porém, quatro doentes se apresentam e se percebe então que as receitas eram a eles destinadas.

Atingido por um mal incurável, que não deixava ninguém perceber, Cayce desencarnou no dia e à hora exatos que predissera, isto é, 5 de janeiro de 1945, às 17 horas.

Interrogado em estado de sono comum, ou de sonambulismo, o que é diferente, quanto ao processo de sua faculdade, respondera um dia que se punha em contacto com um ou vários cérebros cujos conhecimentos se aplicavam aos diagnósticos e aos tratamentos, na medida em que se apresentavam.

Muitas são as obras publicadas acerca de Cayce e suas faculdades.

A Dra. Gina Cerminara, em sua obra "Many Mansions", título que se refere à passagem evangélica "Há muitas moradas na casa de meu pai", trata, mais exclusivamente daquilo se denomina "leituras de vidas", uma das faculdades de Cayce.

(Texto recebido de Maria Nilcéia, Ibitinga, SP, distribuído pelo Gaivota da Paz)

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