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sábado, 22 de outubro de 2011

Focalizando o Trabalhador Espírita (No. 110) Stevan Laroca Bertozzo

Stevan Laroca Bertozzo

Entrevista para Ismael Gobbo ao

Notícias do Movimento Espírita

Na entrevista deste sabado vamos ouvir mais um trabalhador espírita que deixou o solo brasileiro para divulgar a Doutrina Espírita em terras irlandesas. Casos como o de Stevan Laroca Bertozzo nos ajudam entender como a espiritualidade tem trabalhado para que a doutrina codificada por Allan Kardec ganhe o mundo todo. E o Brasil tem sido celeiro fecundo na preparação desses trabalhadores amigos que, chamados à luta, partem para a boa semeadura em todos os redutos de nossa Terra sob a inspiração de Jesus. A Doutrina Espírita nos tem possibilitado entender como funciona esse visivel processo de espiritualização do planeta, paulatino mas irretorquivel.

stevan pode nos fazer sua auto-apresentação?

Meu nome é Stevan Laroca Bertozzo, 34 anos, nascido em São Bernardo do Campo, SP, casado há 6 anos com Cristiane Mendes Bertozzo, 32 anos, nascida em São Paulo, SP. Sou filho de Vagner Bertozzo e de Silvia Lucia de Oliveira Laroca dos quais tenho dois irmãos Caio Mediolaro Bertozzo e Bruna Mediolaro Bertozzo. Tenho ainda o irmão Fillipe do segundo casamento de minha mãe. Por enquanto não temos filhos, mas estamos muito ansiosos para que eles cheguem e alterem nossa rotina.

Qual a sua formação acadêmica e profissional?

Sou formado em Administração de empresas pelo IMES e atualmente exerço a profissão de contador aqui em Dublin.

Como conheceu e desde quando freqüenta o Espiritismo?

Fui apresentado ao Espiritismo pelos meus pais desde pequeno. Freqüentava “de vez em quando” e confesso que gostava da doutrina, mas não era tão praticamente. Todavia nunca deixei de fazer meu Evangelho no Lar, mesmo quando estava morando no quartel em Minas Gerais. Lia os livros, enfim, mantinha-me ligado com a doutrina sempre. Frequentava em São Bernardo o Grupo GEEAM “Lirio Branco”, grupo este que vi nascer ainda pequeno, mas me lembro, na sala da residência de Tia Durva, nossa querida dirigente, depois para uma garagem alugada e finalmente a “nossa casa”.

E sua ida para a Irlanda?

Como muitos sempre tive vontade de partir para o exterior, buscar uma melhor oportunidade na carreira, aprender o inglês fluentemente, mas nunca tinha oportunidade. Certo dia conversando com a Cris chegamos a conclusão que se queríamos mudar teria que ser naquele momento porquanto depois seria muito tarde. Fizemos algumas pesquisas e sempre os EUA ficava como primeira opção. Mas não nos agradava a situação de ficar na ilegalidade, transmitindo aos nossos pais aquela incerteza de poderem ou não nos visitar algum dia. Queríamos fixar residência e devido a isso os Estados Unidos foram cortados da nossa pretensão. Eis que um dia dos milhares de “Curriculum” enviados chegou um retorno de Dublin, local este que queria muito conhecer, mas não tinha idéia de nele viver. A conversa com a empresa evoluiu, a crise econômica começou, mas nós falamos que “não iríamos desistir”. E, assim, no dia 13 de abril de 2009 desembarquei em Dublin e a Cris ficou no Brasil até que algo de concreto acontecesse. Chegando aqui parecia que estava voltando para casa, nada me era estranho, tivemos dificuldades e desafios a superar.

Como começou sua atuação espírita na Irlanda?

Pelas pesquisas na internet eu sabia que havia um grupo espírita. Antes de minha partida tinha enviado um email e quase três meses depois ainda não tinha obtido resposta. O Evangelho era sempre feito por nós. Mas eis que um dia a Maria Tostes me liga dizendo que era amiga da Michele McCarthy e queria realizar uma reunião espírita. No dia e horário combinado estavam eu e mais algumas pessoas para realização de um lindo Evangelho no Lar. Combinamos que iríamos manter a reunião e ver o que poderia acontecer. E assim o fizemos!

A que casa espirita está vinculado presentemente?

Hoje sou o coordernador da Sociedade Espirita da Irlanda (Spiritist Society of Ireland)

Fale-nos sobre a Sociedade Espírita de Dublin.

O Grupo Espirita da Irlanda teve incio em 2007 através de quatro pessoas: Michelli McCarthy, Tennesse Jackson, Gustavo e Juliana Lazzari. O grupo fez algumas reuniões, mas acabou perdendo força devido aos compromissos de cada um e a distancia em que moravam. Porém, como foi dito, em Julho de 2009 nossa amiga Maria Tostes resolveu reunir o grupo novamente, e, desde então, sempre aconteceram as reuniões. Fomos percebendo que o grupo estava se solidificando e então foi composta uma diretoria no intuito de preparar o grupo para se tornar mais coeso. E fui convidado a presidir. Foram realizadas muitas reuniões, divergências de opiniões ocorreram, mas contamos com um apoio extraordinário da BUSS, na pessoa de Elsa Rossi, que a todo momento estava nos orientando, apoiando e incentivando. Em 2010 nosso querido Divaldo veio para a Irlanda e “selou”esse nosso compromisso; nossas reuniões passaram a ser em inglês e, com isso, estrangeiros passaram a vir aos encontros e partimos para conquistar nossa sede, já que as reuniões eram feitas em sistema de rodízio na casa dos participantes. Palestras, workshops e cursos foram realizados para conquistarmos nossa sede e, em junho de 2011, após a vinda do Divaldo novamente, conseguimos alugar nossa sala com capacidade para 50 pessoas, uma sala individual para ministrarmos os passes, cozinha e banheiro. Hoje estamos a todo vapor, e, pelo volume de crianças que estão vindo às reuniões, acredito que logo iremos começar a abrir a “turminha de doutrina espirita”. Assim, enquanto os pais ouvem a palestra na sala principal, as crianças receberão toda a assistência e evangelização infantil no outro espaço.

Todas as nossas palestras são em inglês e quando necessário utilizamos o sistema de tradução quer seja português/inglês como inglês/português.

Existe alguma diferença na forma de apresentação da doutrina?

Sim, e como tem. Acredito que por sermos latino-americanos e termos tido todo um passado de colonização e submissão, a fé e a esperança se manifestam muito forte e acabaram sendo incorporadas na nossa maneira de ser. É notório e fácil de perceber isto quando conversamos com algum brasileiro e pedimos-lhe para ter fé, acreditar em Deus, ter confiança. Conseguimos direcionar a conversa sem problemas adotando esse foco religioso. E na nossa casa espírita estávamos insistindo na abordagem por esse prima o que fazia com que muitos estrangeiros vinham e iam embora. Um dia numa conversa com uma tarefeira francesa do nosso centro, esta nos chamou atenção lembrando que na Europa quase de uma maneira geral existe uma grande massa de ateus e profitentes de outras religiões que não assimilam e não aceitam o enfoque puramente religioso que estávamos adotando. A explicação para o fato seria de que acontecimentos desagradáveis do passado desses povos deixaram-lhes marcas profundas a ponto de os tornar materialistas e descrentes. Então fizemos um teste começando a divulgar a doutrina pelo prisma da ciência e da filosofia. Houve grande transformação e aconteceu de muitos visitantes de outras nacionalidades começarem a frequetar, permanecer e a trabalhar no nosso centro espirita.

Qual o grande desafio a enfrentar quanto ao povo irlandês?

Os irlandeses são pessoas maravilhosas, alegres e muito prestativas, porém o numero de ateus esta crescendo muito. Como salientei antes a descrença vem ganhando grande espaço, convivemos com alto índice de suicídios entre jovens e os vícios estão aumentando cada vez mais. Como pode ver, trabalho não falta. Estamos construindo nossos alicerces e quando esses nossos irmãos estiverem prontos, estaremos de braços abertos para acolhê-los.

Como se sente nessa participação no movimento espírita?

Posso definir da seguinte forma: eu achava que sabia o que era ser espírita e hoje vejo que tenho muito a conhecer e aprender. Graças às oportunidades que me foram concedidas, creio que temos de perseverar e continuar trilhando esta longa estrada que se descortina à frente.

Quantos grupos espíritas funcionam na Irlanda?

Pelo que tenho conhecimento somente o nosso.

Qual a proporção entre irlandeses e imigrantes no vosso grupo?

Atualmente com a conquista de um endereço fixo e reuniões regulares, temos uma proporção aproximada de 20% de irlandeses, 15% de outros países e 65% de brasileiros.

Esperam o surgimento de outros núcleos para manterem intercâmbio?

Sim, com certeza, torcemos para que isto aconteça.

Vocês tem recebido oradores de outros países?

Sim, temos recebido alguns oradores. Dentre eles podemos relacionar Divaldo Pereira Franco, Dr. Carlos Roberto, da AME-Associação Médico Espírita, Franziska Kranz, da Alemanha, Vanessa Anseloni, dos Estados Unidos e Dr. Andrei Moreira, do Brasil. Já estamos trabalhando com a perspectiva de que outros convidados venham nos visitar no primeiro semestre de 2012.

Quais as atividades em andamento e as programadas?

Às quartas-feiras temos os grupo de estudos mediúnicos; às sextas-feiras o grupo de estudos sistematizados do Evangelho e, aos domingos, palestra proferida por um membro do nosso grupo ou algum convidado. Ao final da palestra temos a transmissão de passes.

Aos domingos os trabalhos são divididos em reuniões que contemplam o português, o inglês e está aberta para outras línguas como polonês, francês e espanhol. Fazemos um rodízio onde quinzenalmente temos como fixa as reuniões em inglês e nos intervalos intercalamos com uma outra língua. Assim conseguimos atender as pessoas das variadas culturas.

Grande público na palestra de Divaldo Pereira Franco em 9 de maio de 2011

Os irmãos Bruna e Stevan Bertozzo

Stevan Bertozzo (D) com o irmão Fillipe

Silvia (mae), Cris, Stevan, Pai e Raquel (esposa do pai

Stevan Bertozzo

Stevan Bertozzo

Stevan Bertozzo com os irmãos Bruna e Caio

Stevan e Cristiane na Torre Eiffel em Paris

Stevan, o quarto a partir da esquerda, de pé, ao lado da oradora Vanessa Anseloni, brasileira residente nos EUA

O grupo no piquenique da páscoa

O grupo participando de piquenique na páscoa

Turma 1 do ESDE (Road Map) 05/03/2010

Stevan na abertura da conferência por Divaldo Pereira Franco

em 9 de maio de 2011


Os trabalhadores do SSI com Divaldo Pereira Franco em 9 de maio de 2011.

OBS: AS FOTOS Desta entrevista só PODERÃO SER UTILIZADAS EM OUTRAS PUBLICAÇÕES MEDIANTE AUTORIZAÇÃO EXPRESSA DO entrevistadO.

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