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quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Sobre a Morte

Richard Simonetti

richardsimonetti@uol.com.br

1 – Datas comemorativas como Finados, de homenagem aos que partiram, evocam a problemática da morte. Não seria melhor exaltar a vida?

Considerando que todos vamos morrer um dia e que a morte é como um ladrão, não sabemos quando virá, oportuno que cogitemos do assunto e nos preparemos, a fim de não sermos colhidos de surpresa.

2 – Por que ela sempre inspira temor?

Um amigo costuma brincar, dizendo que as pessoas tem a consciência pesada. Há um fundo de verdade em sua irreverência. Consciente ou inconscientemente, sentimos que responderemos por nossos comprometimentos com deslizes que “enfeitam”, ou mais exatamente enfeiam a alma humana. Mas o problema é também de ignorância. Tendemos a temer o desconhecido.

3 – Há pessoas virtuosas, comportamento ilibado, esclarecidas, que, não obstante, guardam insuperáveis temores…

Não lhes terá sido fácil nem agradável a experiência do morrer, em pretéritas encarnações. Trazem o trauma do morte, algo semelhante à pessoa que tem medo de ser enterrada viva, porque em existência anterior acordou de um transe letárgico na sepultura ou ficou presa ao cadáver durante algum tempo.

4 – Como superar esse problema?

Cogitando do assunto, admitindo a ideia de que todos retornaremos ao Além, mais cedo ou mais tarde. Monges trapistas, na Idade Média, enfatizavam esse aspecto. Quebravam o voto de silêncio apenas para se cumprimentarem. Quando se cruzavam nos corredores do claustro proclamavam: memento mori. Tradução: Lembra-te de que vais morrer.

5 – Não há certo exagero nesse comportamento?

Sem dúvida, principalmente em relação ao voto de silêncio e o claustro. O homem é um ser eminentemente gregário. Seu próprio desenvolvimento cultural, intelectual, moral e espiritual, depende da convivência social, da comunicação, da palavra. Mas todos deveríamos ter sempre presente o memento mori, a certeza de que estamos em trânsito pela Terra.

6 – Viver em função da morte não atrapalha a vida?

E muito, mas a ideia não é essa. Devemos viver em função da vida, cuidando muito bem de nosso corpo, a fim de aproveitarmos integralmente o tempo que nos foi concedido para um retorno feliz à pátria espiritual.

7 – Há quem retorne antes do tempo?

Mais razoável perguntar se há quem retorne na hora certa. Passamos a vida a brigar com o nosso corpo. Submetemo-lo a pressões terríveis, de fora para dentro, com sentimentos negativos, como o rancor, o ressentimento, a mágoa, o ódio, o pessimismo, a revolta, o desânimo, a inconformação… E de fora para dentro, com os vícios, a intemperança, a glutonaria, o sedentarismo… Resultado: retornamos antes da hora, expulsos do corpo, como uma casa mal cuidada que desmorona, obrigando o morador a deixá-la.

8 – Como evitar isso?

Cultivando aquela “vida abundante” que Jesus promete, aquela vida que vibra em nossas veias, quando nosso cérebro povoa-se de nobres ideais e o nosso coração pulsa ao ritmo incessante de serviço em favor do semelhante. Quando as pessoas souberem como o magnetismo do Bem renova as células, cura as enfermidades, sustenta a saúde e alegra a existência, estarão dispostas a pagar qualquer preço pela bênção de servir.

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