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quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

RÁPIDA PASSAGEM

Conta-se que no século passado, um turista americano foi à cidade do Cairo, no Egito. Seu objetivo era visitar um famoso rabino.

O turista ficou surpreso ao ver que o rabino morava num quarto simples, cheio de livros. As únicas peças de mobília eram uma mesa e um banco.

Onde estão os seus móveis? Perguntou o turista.

E o rabino bem depressa perguntou também:

Onde estão os seus?

Os meus? Disse o turista. Mas eu estou aqui de passagem.

Eu também. Falou o rabino.

* * *

A vida na Terra é somente uma passagem. No entanto, vivemos como se fôssemos ficar aqui eternamente.

A grande preocupação é amontoar coisas. São casas na cidade, na praia, no campo, no Exterior.

Vários carros de cores, marcas e potências diferentes, para ocasiões diversas. Inúmeras roupas, dezenas de calçados, prédios, terrenos, joias. Quanto mais se possui, mais se deseja.

Justo que o homem anseie pela casa confortável, vestimenta adequada à estação, boa alimentação.

Tudo isso faz parte da vida material. São coisas necessárias para nos manter e podermos gozar de relativa segurança.

Entretanto, por que ajuntar tantas coisas, utilizando um tempo enorme em trabalho constante, sem nos preocuparmos com a vida do Espírito?

De um modo geral, afirmamos que não temos tempo para orar, para ler e estudar a respeito do mundo espiritual, do porquê nascemos e vivemos.

Nossa preocupação é exclusivamente no campo profissional, para ter sucesso, ganhar sempre mais.

Essa maneira de pensar é tão forte em nós que, ao auxiliarmos nossos filhos a se decidirem por essa ou aquela profissão, costumeiramente sugerimos que eles escolham a mais rendosa. Aquela profissão que, num tempo muito curto, trará excelente retorno.

Preocupamo-nos com as notas da escola, com seu desempenho nos esportes, nas artes.

Tudo muito correto! Mas, e quanto ao Espírito? Quando teremos tempo para lhes falar de Deus, da alma, de Jesus, da lei de amor?

Quando nós mesmos teremos tempo para frequentar um templo religioso? Para ajuntar tesouros espirituais, trabalhando as virtudes em nós?

Lembremos que a vida no corpo é uma passagem apenas.

Vivamos bem mas, de forma sábia, também cultivemos as coisas do Espírito, preparando a nossa vida para além da tumba.

* * *

A vida espiritual é a verdadeira vida. A vida terrena é breve e tem por objetivo o progresso do Espírito.

Estamos na Terra exatamente como alguém que chegasse de um lugar distante, parasse em uma determinada estação, ali permanecesse por um tempo e, depois, tomasse a condução de volta ao ponto de origem.

Assim são as nossas idas e vindas da Pátria espiritual para a Terra e daqui para lá.

Por esse motivo asseverou Jesus na parábola do homem que encheu os seus celeiros e se preparou para aproveitar tudo, ao máximo: Louco. Ainda esta noite a morte virá te buscar a alma.

Redação do Momento Espírita, com base em conto do

livro Histórias da alma, histórias do coração, de Christina

Feldmann e Jack Kornfield, ed. Pioneira.

Disponível no livro Momento Espírita, v. 2, ed. Fep.

Em 28.12.2011.

Uma vista da cidade de Luxor, Egito, com o templo famoso e o Rio Nilo ao fundo.

Foto Ismael Gobbo

NOTICIAS DO MOVIMENTO ESPIRITA 29-12-2011

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RESOLUÇÕES


Richard Simonetti

richardsimonetti@uol.com.br


1 – “Ano Novo, vida nova”, prega o velho aforismo. É possível, realmente, fazer da passagem do ano um divisor de águas, buscando um novo comportamento, uma nova visão da existência, uma vida nova?

Quando elegemos determinada data para o esforço de renovação, estamos debitando ao futuro algo que deve acontecer no presente. Se não queremos cair na vacuidade, é importante usar um aforismo bem mais consistente: Não deixe para amanhã o que pode fazer hoje.

2 – Digamos que o fumante se conscientize de que o cigarro lhe faz mal e se proponha a marcar data para largar de fumar. Passa algumas semanas preparando-se. Isso não lhe dará a firmeza necessária?

Se estivesse realmente consciente de que o cigarro lhe faz mal, pararia imediatamente, sem debitar ao futuro a iniciativa. Quando temos a ideia, mas não a consciência, chocho é o desejo de mudar . Por isso Mark Twain (1835-1910), grande escritor americano dizia, jocoso: Largar de fumar é a coisa mais fácil do mundo. Eu mesmo já larguei mais de cem vezes.

3 – Não obstante, não seria importante uma reflexão,, avaliando o ano que se finda e cogitando do que pretendemos fazer no novo ano? Isso não favoreceria nossa adequação aos desígnios divinos?

Todo empenho nesse sentido é válido, mas seria melhor que fizesse parte de um contexto, envolvendo o esforço permanente de renovação, como um corredor que avalia quanto já correu, enquanto segue em frente, buscando a meta a ser alcançada.

4 – Segundo Santo Agostinho, há um momento em que a alma humana atinge a percepção dos valores espirituais, o que lhe inspira a disposição legítima para a renovação. Chama esse acontecimento de “iluminação”. Ele próprio o experimentou. Poderíamos situar essa iluminação como uma graça divina?

Com semelhante ideia estaríamos admitindo que Deus tem seus preferidos, seus eleitos, o que não é compatível com a justiça. A iluminação, aquele momento decisivo, em que o Espírito tem a percepção dos caminhos que lhe compete seguir, em favor da própria renovação, é fruto de nosso amadurecimento como Espíritos imortais, no desdobramento das existências.

5 – Como situaríamos Francisco de Assis, nesse contexto?

Ele já era um Espírito iluminado quando reencarnou com a gloriosa missão de motivar o movimento cristão para um retorno à primitiva pureza. Consta que teria sido um dos discípulos de Jesus, provavelmente João Evangelista.

6 – A iluminação decorre do processo de amadurecimento do Espírito ou é algo que pode ser atingido mais rapidamente com o nosso esforço?

Não somos vegetais à espera do tempo para crescer, florescer e frutificar. Somos seres pensantes, cuja maturidade está subordinada a esse esforço. Espíritos há que permanecem séculos dominados por vícios e imperfeições. Outros caminham mais rapidamente. O fumante inveterado não é pior nem mais atrasado que aquele que deixou o vício. Apenas não se dispõe ao mesmo esforço. Depende de cada um.

7 – Como fazer para nos libertarmos de nossas limitações, do acomodamento, de forma a nos iluminarmos mais depressa?

Jesus dizia (João, 8:32): Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará. No atual estágio evolutivo nos é impossível uma visão da verdade em plenitude. Mas podemos assimilar parcela dela. Nesse particular o Espiritismo é imbatível, oferecendo-nos uma ampla visão das realidades espirituais, de onde viemos, para onde vamos. Sobretudo, a Doutrina nos conscientiza de que é preciso caminhar, a fim de não sermos atropelados pela dinâmica da Evolução, que impõe corretivos dolorosos aos que pretendem estagiar na inércia.

8 – Qual a resolução mais importante em relação à progressão anual no calendário, no chamado Ano Novo?

Creio que essa resolução deve ser tomada desde já, o propósito de fazer do ano em que estamos, um ano aceitável do Senhor, segundo a expressão de Jesus (Lucas, 4:19), o glorioso tempo em que estejamos empenhados em aceitar em plenitude a orientação do Mestre em favor de nossa iluminação para a conquista da paz, o tempero da felicidade.


Ficheiro:Tour eiffel feu artifice.jpg

Celebração do Ano Novo. Torre Eiffel, Paris

Imagem: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Tour_eiffel_feu_artifice.jpg


NOTICIAS DO MOVIMENTO ESPIRITA 28-12-2011

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