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domingo, 13 de abril de 2014

Artigo especial. Evangelho Segundo o Espiritismo: Um Grande Tesouro em Nossas Vidas


Aparecido Augusto de Carvalho
Ilha Solteira, SP

No livro A Caminho da Luz, psicografado por Chico Xavier, o espírito Emmanuel nos fornece uma dimensão da grandiosidade do Mestre Jesus, nos ensinando que, segundo as tradições do mundo espiritual, há uma comunidade de espíritos puros que dirigem a vida de todas as comunidades planetárias. Jesus faz parte desta comunidade, que se reuniu nas imediações de nosso planeta, apenas duas vezes: a primeira quando a Terra se desprendeu do Sol (segundo a Ciência, há 4 bilhões e 567 milhões de anos) e a segunda quando se deliberou sobre a encarnação do mestre com o propósito de nos trazer a Boa Nova de seus ensinamentos.
Portanto, Jesus já era espírito puro há mais de 4 bilhões de anos! Que enorme a distância entre Ele e nós, em termos do conhecimento das leis divinas que regem o universo!
E o Mestre encarnou entre nós. Ensinou-nos a sermos brandos e pacíficos, a fazermos aos outros o que queremos que eles nos façam, a sermos humildes, caridosos como o bom samaritano, ensinou a Nicodemos e a toda a humanidade sobre a reencarnação. Ensinou-nos a buscar em primeiro lugar o reino de Deus e a sua justiça, que tudo nos será dado por acréscimo.
O Mestre nos legou o Cristianismo, uma doutrina de amor, de humildade, de fraternidade, de mansidão, de misericórdia. No entanto, por interesses vários de pessoas e de grupos, os ensinamentos cristãos foram sendo modificados, introduziu-se os dogmas, os cultos exteriores, o conceito das penas eternas.
 Jesus, porém, na sua antevisão de espírito puro, conhecendo profundamente a humanidade, sabia que sua mensagem seria adulterada. Por isto, prometeu o Consolador: “Se me amais, guardai os meus mandamentos; e eu rogarei a meu Pai e ele vos enviará outro Consolador, a fim de que fique eternamente convosco: – O Espírito de Verdade, que o mundo não pode receber, porque o não vê e absolutamente o não conhece. Mas, quanto a vós, conhecê- lo-eis, porque ficará convosco e estará em vós. – Porém, o Consolador, que é o Santo Espírito, que meu Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará recordar tudo o que vos tenho dito.” (JOÃO, 14:15 a 17 e 26.)   
Em 18 de abril de 1857, com a publicação de O Livro dos Espíritos, por Allan Kardec, ocasião em que a ciência e a filosofia haviam alcançado grande desenvolvimento em nosso planeta, surge o Espiritismo, o Consolador prometido, para relembrar os ensinamentos do Mestre na sua pureza e ampliá-los. Na questão 625 deste livro, Kardec pergunta aos Espíritos superiores:
“Qual o tipo mais perfeito que Deus tem oferecido ao homem, para lhe servir de guia e modelo?”
E os Espíritos respondem:
“Jesus.”
Kardec acrescenta: “Para o homem, Jesus constitui o tipo da perfeição moral a que a Humanidade pode aspirar na Terra. Deus no-lo oferece como o mais perfeito modelo e a doutrina que ensinou é a expressão mais pura da lei do Senhor, porque, sendo ele o mais puro de quantos têm aparecido na Terra, o Espírito Divino o animava.”
Em agosto de 1863, Kardec trabalhava em uma nova obra intitulada inicialmente Imitação do Evangelho. Por sugestões reiteradas do editor, Sr. Didier, e de algumas outras pessoas, o mestre lionês, alterou o nome do livro para O Evangelho Segundo o Espiritismo. No dia 09 de agosto, através do médium Se. D’A..., Kardec perguntou ao Espírito Superior que o assistia o que ele pensava da nova obra na qual, naquele momento, estava trabalhando. O Espírito respondeu:
Esse livro de doutrina terá considerável influência, pois que explana questões capitais, e não só o mundo religioso encontrará nele as máximas que lhe são necessárias, como também a vida prática das nações haurirá dele instruções excelentes. Fizeste bem enfrentando as questões de alta moral prática, do ponto de vista dos interesses gerais, dos interesses sociais e dos interesses religiosos. A dúvida tem que ser destruída; a terra e suas populações civilizadas estão prontas;...” (Obras Póstumas, Segunda parte, Imitação do Evangelho).
Kardec perguntou ainda ao Espírito Superior sobre a opinião do clero em relação ao livro em elaboração. E o Espírito respondeu:
“O clero gritará - heresia, porque verá que atacas decisivamente as penas eternas e outros pontos sobre os quais ele baseia a sua influência e o seu crédito. Gritará tanto mais, quanto se sentirá muito mais ferido do que com a publicação de O Livro dos Espíritos, cujos dados principais, a rigor, poderia aceitar. Agora, porém, tu entraste por um novo caminho, no qual não poderá ele acompanhar-te. O anátema secreto se tornará oficial e os espíritas serão repelidos, como o foram os judeus e os pagãos, pela Igreja Romana.
Em compensação, os espíritas verão aumentar-se-lhes o número, em virtude dessa espécie de perseguição, sobretudo com o qualificarem, os padres, de demoníaca uma doutrina cuja moralidade esplenderá como um raio de Sol pela publicação mesma do teu novo livro e dos que se seguirão.
Aproxima-se a hora em que te será necessário apresentar o Espiritismo qual ele é, mostrando a todos onde se encontra a verdadeira doutrina ensinada pelo Cristo. Aproxima-se a hora em que, à face do céu e da Terra, terás de proclamar que o Espiritismo é a única tradição verdadeiramente cristã e a única instituição verdadeiramente divina e humana.”
As respostas dos Espíritos superiores tornam evidente a importância e a relevância do livro em que Kardec estava trabalhando.
 Naqueles dias, a maneira pela qual os membros das religiões cristãs tradicionais divulgavam e praticavam os ensinamentos de Jesus levou um número enorme de pessoas ao estado de incredulidade. Algumas partes do Novo Testamento não são facilmente compreensíveis, parecendo, até mesmo, irracionais. Por isso, no prefácio de O Evangelho Segundo o Espiritismo, o Espírito de Verdade afirma “...são chegados os tempos em que todas as coisas hão de ser restabelecidas no seu verdadeiro sentido, para dissipar as trevas, confundir os orgulhosos e glorificar os justos.”
O Evangelho Segundo o Espiritismo, publicado em abril de 1864, magistralmente escrito por Kardec, sob a inspiração contínua dos Espíritos Superiores, traz a luz do esclarecimento para todas as partes do Evangelho do Mestre. Comunicações de Espíritos elevados, como o apóstolo Paulo, Erasto, Santo Agostinho, Fenelon, Emmanuel, Lacordaire e vários outros enriquecem a obra que veio para “iluminar o caminho e abrir os olhos aos cegos”. (Prefácio de O Evangelho Segundo o Espiritismo).
Por este motivo, O Evangelho Segundo o Espiritismo, provavelmente, é o livro mais lido pelos espíritas, o mais recomendado para leitura nas casas espíritas, o mais utilizado pelos expositores espíritas como referência para suas palestras. É um grande tesouro em nossas vidas, porque nos possibilita compreender os ensinamentos de Jesus em sua plenitude.
Lembremos, para concluir, um ensinamento do Mestre:
“Aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as pratica, será comparado a um homem prudente que construiu sobre a rocha a sua casa. Quando a chuva caiu, os rios transbordaram, sopraram os ventos sobre a casa, ela não ruiu, por estar edificada na rocha. – Mas, aquele que ouve estas minhas palavras e não as pratica, se assemelha a um homem insensato que construiu sua casa na areia. Quando a chuva caiu, os rios transbordaram, os ventos sopraram e a vieram açoitar, ela foi derribada; grande foi a sua ruína.” (MATEUS, 7:24 a 27; S. LUCAS, 6:46 a 49).
Diante deste ensinamento, fica uma questão de magna importância em nossas vidas, para cada um de nós refletir: posso ser comparado ao homem prudente que edificou a sua casa sobre a rocha?
Livro A Caminho da  Luz, psicografado por Chico Xavier e ditado pelo espírito Emmanuel 
Busto de Allan Kardec em  seu florido túmulo no Cemitério Père Lachaise, em Paris, França. Foto Ismael Gobbo

O Evangelho Segundo o Espiritismo
Lançado em abril de 1864
Ficheiro:Portrait of Dominique Lacordaire.jpg
Henri Dominique Lacordaire (02-05-1802 / 21-11-1861)
O Espírito Lacordaire ditou mensagens inseridas em  O Evangelho Segundo o Espiritismo

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