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sábado, 10 de maio de 2014

DIA DAS MÃES. Diálogo entre mães

O filho de Mary veio passar em casa a semana de férias da Universidade. Sentia-se cansado e estava pálido. Perdera a vitalidade.
Preocupada, ela o levou ao médico, que diagnosticou uma forma rara de câncer. Incurável.
Quando Mary ouviu o diagnóstico, o filho já voltara para a faculdade. Ela subiu os degraus da entrada de sua casa, abriu a porta com violência e uivou com todas as suas forças.
Gritando de revolta, correu de quarto em quarto abrindo as janelas com ímpeto e dando socos no ar. O marido tentou acalmá-la, sem resultado.
Assustado, ele telefonou para um terapeuta que vinham consultando juntos e correu com o telefone até o quarto onde Mary gritava diante da janela aberta.
Mary, o terapeuta está ao telefone.
Ao ouvir isso, ela tornou a gritar: O terapeuta? Fale você com o terapeuta. Eu vou falar com Deus.
Ela precisou de toda a sua raiva, força de vontade e energia para atravessar os quatorze meses que se seguiram.
Tudo foi tentado. Em vão. O câncer avançou com fúria, transformando o filho numa sombra de si mesmo, até que, finalmente, ele morreu nos braços da mãe.
Tinha apenas vinte anos. Todo aquele amor materno não fora capaz de lhe impedir a morte. Mary sentiu que sua vida se fora com o filho. Passou vários meses entorpecida. Inconsolável.
Cerca de dois anos mais tarde, Mary foi com seu irmão a um templo religioso. Sem conseguir orar, ela se sentou. De repente, a dor que estava congelada em seu coração encontrou palavras e ela perguntou em voz alta:
Como a senhora conseguiu, Maria? Como conseguiu renunciar a seu filho? Como conseguiu encontrar uma maneira de continuar vivendo depois que ele morreu? Onde descobriu alguma esperança de conforto?
Com lágrimas descendo pelo rosto, ela disse para a mãe de Jesus tudo que lhe ia na alma. Contou como seu filho era jovem, como ele se esquecia de comer, como não sabia lavar direito as próprias roupas.
Ele precisava de uma mãe, disse, em lágrimas. Ele ainda precisa de uma mãe. Não posso compreender, mas o entrego aos Seus cuidados.
Virou-se de costas e saiu do local. Dois dias depois, enquanto dirigia para o trabalho, ela se surpreendeu cantarolando.
Com o passar do tempo, devagarinho, foi conseguindo aliviar seu coração.
A mãe de Jesus ouvira sua prece de dor e a atendera. Com a certeza de que seu filho estava sob os cuidados de Maria, seu coração se acalmou e ela recobrou a tranquilidade.
*   *   *
Por mais terrível se te apresente a situação, segue adiante.
Nunca estás sozinho.
Vão-se umas pessoas. Outras chegam. Não te amargures com as que partem. Não te entusiasmes com as que chegam.
As criaturas passam como veículos vivos: têm um destino e não as podes deter.
Por isso, não desejes reter ao teu lado quem já cumpriu sua missão. Permite-lhe a libertação.
E se a dor da saudade te parecer intensa, lembra-te de orar e entrega o que partiu ao Pai de todos nós, que é Deus.
E nunca te permitas sentir revolta ou solidão. Porque, mesmo que não percebas, Deus permanece sempre contigo.

Redação do Momento Espírita, com base no cap. Mary, do livro
As bênçãos do meu avô, de Rachel Naomi Remen, ed. Sextante
e no cap. 13, do livro 
Filho de Deus, pelo Espírito Joanna de Ângelis,
psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL.
Em 7.5.2014.

(Texto copiado do site Feparana)

Pietà de Michelangelo. Basílica de S. Pedro no Vaticano, Itália. Foto Ismael Gobbo

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