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domingo, 5 de agosto de 2018

ENTREVISTA. FOCALIZANDO O TRABALHADOR ESPIRITA ANTONIO CARLOS AMORIM

Amorim, pode nos fazer sua apresentação pessoal?
Nascido em São Paulo, SP, em 21/06/1954, de Manoel Amorim (já desencarnado) e Francelina Aranda Amorim (ambos espíritas e ativos participantes do movimento useano). Tenho uma irmã, Rosa Beatriz Amorim (médica). Casado com Suzete Maria Andreotti Amorim (pedagoga), nossos filhos são Ana Paula Andreotti Amorim (médica) e Paulo Eduardo Andreotti Amorim (desenvolvedor de WEBmedia e TI, e hipnoterapeuta).

Como você conheceu o Espirtismo e desde quando é Espírita?
Cerca de 1960 através de frequência a reuniões mediúnicas em casa de parentes (até então só conhecia a igreja católica). Evidente que nada compreendi então, mas ao menos passei a ver com certa naturalidade o fenômeno. Depois a família passou a frequentar um centro que, hoje, entendo que era muito carente de orientação. Daí, em 1967, passamos a participar do Centro Espírita Luiz Ismael, na rua Escobar Ortiz, 583, Vila Nova Conceição, São Paulo, onde estamos até hoje. Foi no CELI que passei a estudar e, portanto, me considerar espírita.

Quais as atividades que você desenvolveu e vem desenvolvendo no movimento espírita?
No CELI passei pela infância (comecei a participar da atividade do movimento useano, primeiros eventos foram em casas espíritas da região) e depois pela mocidade, já participando da direção, inclusive de reuniões de diretoria do Centro. Nessa fase fomos à V COMECAR (COnfraternização de Mocidades Espíritas da Capital e ARredores), na Lapa, em 1970. Passei a participar do Depto de Mocidades do Conselho Metropolitano Espírita (atual USE Regional São Paulo). Em 1971 participamos da realização da VI COMECAR pela UDE (União Distrital Espírita) da 18ª zona (atual USE Distrital Ibirapuera). Desde então participo intensamente de vários órgãos da USE e da organização de diversos eventos.

Poderia nos apontar os momentos mais relevantes dessa trajetória?
A V COMECAR, por ser o primeiro grande evento, a VI COMECAR por ser o primeiro em que me envolvi na realização, II COMJESP (COnfratenização de Mocidades e Juventudes Espíritas de São Paulo),a primeira participação em evento estadual, Congressos e outros eventos da USE (locais, regionais e estaduais), reuniões do CFN, e desde 1975 sendo um dos apresentadores do programa Momento Espírita, atualmente das 12:00h às 12:50h, pela Rede Boa Nova.

Como está enxergando o nosso movimento espírita da atualidade?
Em minha opinião o Espiritismo não é mais visto pela maior parte da população como algo demoníaco, como o foi em décadas passadas. Por outro lado, por sua popularização, passou a sofrer distorções diversas em sua divulgação por pessoas despreparadas ou mal intencionadas. O movimento espírita organizado tem procurado superar essas dificuldades, ampliando a difusão da importância do estudo das obras fundamentais (iniciando pelo O Livro dos Espíritos, seguindo pelos demais trabalhos de Allan Kardec, o que já é significativo), os autores clássicos, etc., e sempre tendo uma visão crítica de tudo o que se lê e ouve (e não apenas no que se refere ao Espiritismo). A situação econômica que vivemos atualmente, combinada a questões de segurança pública, nos impõe a meu ver duas questões: por um lado maior afluxo de pessoas com carências diversas, do corpo e do espírito, em grande parte imaginando encontrar nas casas espíritas uma solução mágica e sem esforço para seus problemas- na maioria, atendidos ou não, em breve afastam-se da casa espírita, pois assumir ser espírita dá trabalho... Por outro lado, muitos trabalhadores têm se ausentado devido às dificuldades impostas por essa mesma situação.

Apontaria alguns pontos que precisam ser melhorados?
Como em qualquer organização humana, por não sermos perfeitos, sempre haverá pontos a corrigir. Talvez a dificuldade maior de nosso movimento atual deva-se ao que foi apontado pelos espíritos- o orgulho e a vaidade de pessoas que, por vezes sem o notarem, passam a utilizar o meio espírita para se lançar à fama, mas sem terem efetivamente o que apresentar, tornando-se repetitivos ou até contraproducentes com suas distorções. E quanto a isso, somente o tempo proporcionará a competente autocrítica. Ademais, a multiplicidade de instituições pretendendo dar diretrizes e lançar eventos (volta a questão já citada, pois na maioria dos casos são pessoas tentando dar essas diretrizes) confundem os trabalhadores mais simples, que acabam se retraindo dentro de suas entidades, o que não é bom para o conjunto.

Como tem visto a utilização dos meios de comunicação na divulgação da Doutrina Espírita?
Há muita gente dedicada a essa área. Não é fácil enfrentar os veículos de comunicação comerciais, com suas táticas por vezes nada éticas, difundindo o desânimo, o medo, até o ódio. Mas, ciente de estar sendo repetitivo, voltamos à questão do orgulho e vaidade, e aqui combinado ao desejo de  transformar em dinheiro a divulgação que deveria ser doutrinária. Não basta dar o rótulo de espírita (seja evento, centro, jornal, programa de rádio ou televisão, cinema ou teatro, etc.) para que seu resultado seja adequado aos princípios estabelecidos nos livros fundamentais. O esforço tem sido grande, mas a população ainda não tem sido alcançada pela mensagem de libertação que a Doutrina Espírita oferece- os recursos são limitados, e por vezes mal empregados.

Acredita que nós espíritas estamos caminhando bem nesse sentido?
Tem-se construído boas experiências. Como evidentemente ainda há o que aperfeiçoar, entendo que a direção trilhada por parcela significativa dos comunicadores dará bons frutos, mas a médio e longo prazo.

Quais as perspectivas futuras nesse processo de divulgação pela mídia? Você tem percepção desse futuro em termos de novas tecnologias?
Entre as novidades tecnológicas colocadas à disposição dos comunicadores, parece-me que as chamadas WEB-rádios são uma opção interessante, a despeito de muitos dos que se lançam nessa tarefa não disponham da estrutura doutrinária para tal. Mas as opções são muitas, inclusive reuniões virtuais, e surgem novas vertentes com grande frequência- é preciso mais profissionais, aliando-se a estudiosos da doutrina, para aproveitar adequadamente as novas possibilidades.

Acredita que essa evolução tecnológica poderia levar os adeptos e simpatizantes a ficarem em casa ao invés de buscarem as a Casas Espíritas presencialmente?
É uma consequência possível, e em alguns casos até solução para a impossibilidade de deslocamentos (seja por distância, horário, trânsito, etc.). Mas a presença física, no estudo coletivo, por muito tempo ainda será mais produtiva, pela facilidade de interação. Entretanto, o futuro certamente nos trará novas experiências...

Algo mais que queira acrescentar?
Ismael, vivenciar o Movimento Espírita (desde o Centro até os órgãos de unificação, em suas reuniões e seus eventos) me proporcionou oportunidades valiosíssimas de aprendizado, em vários aspectos além do conhecimento doutrinário, e sem contar a alegria dos contatos pessoais- os melhores amigos são os que encontramos neste ambiente. Aprendemos muito com pessoas como Alcebíades Bertan, Attílio Campanini, Antonio Schiliró, Antonio Menegheti, para citar apenas alguns dos já desencarnados e sem deixar de considerar a importância dos demais, inclusive os ainda entre a matéria. Mesmo com todas as dificuldades enfrentadas na lida cotidiana, nas limitações da matéria, a Doutrina Espírita e o ambiente que gerou são um calmante ao espírito, pois temos uma nova e muito mais ampla perspectiva de vida. Agradeço a oportunidade dessa troca de ideias.

Antonio Carlos Amorim e a esposa Suzete entre Adriano e Claudio Palermo comunicadores da Rede Boa Nova.
Amorim e Suzete com o entrevistador Adriano da Rede Boa Nova
Amorim com sua mãe, dona Francelina.
Antonio Carlos Amorim.
Amorim falando na comemoração de 40 anos do programa Momento Espírita.
Amorim (D) em reunião da USE/SP.
Orlando e Amori, no centro, ladeados por Claudio Palermo e  Daisy da Silva em entrevista na TV Mundo Maior.
Antonio Carlos Amorim e a esposa Suzete logo à frente em Encontro
do  Bloco Oesta da USE Regional de São Paulo.
Amorim com a família.

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