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terça-feira, 18 de junho de 2019

Um pouco da Roma Antiga: “Os governos de Roma”

Ismael Gobbo

     A  lenda nos conta que tendo Rômulo assassinado a seu irmão Remo, veio a ser o primeiro rei de Roma.
     Na verdade, segundo os registros disponíveis, sabe-se que Roma, em seus primórdios, vivia sob regime monárquico centralizado na pessoa do Rei. Alguns ficaram famosos como Túlio Hostílio, que anexou as terras do Lácio e Sérvio Túlio, que fez construir a muralha da cidade.
      A população era dividida entre patrícios e plebeus. Os patrícios, membros das famílias mais ricas, constituíam a classe dominante, detentora de todos os direitos. A plebe, sem prerrogativas políticas e religiosas, era relegada a toda sorte de tirania e opressão.   
     Esse estado de coisas era motivo para que frequentemente os plebeus se insurgissem contra os patrício.
     Em 509 a.C., no comando de uma insurreição, Lúcio Júnio Bruto depôs o rei Tarquínio, de origem etrusca e cognominado “o soberbo”. Estava encerrado o período monárquico e inaugurada a república.
     Na república, o governo era exercido por dois cônsules eleitos por um ano, onde, geralmente exerciam a magistratura por seis meses cada um.
     Conquanto alterado o regime de governo, a plebe continuava como dantes, sem nenhuma participação. Por isso, Roma vivia a braços com reiterados movimentos dos pobres em busca da cidadania.
     Em 494 a.C., os plebeus invadiram o Monte Aventino durante famosa revolta. Conseguiram, em conseqüência disso, a instituição de magistrados próprios denominados “tribunos da plebe”.
     A opulência da aristocracia romana, seu luxo e a necessidade cada vez mais crescente de mão-de-obra escrava distanciava cada vez mais os patrícios da plebe.
     Entre 451 e 450 a.C., foram redigidas as leis básicas, recompiladas nas famosas doze tábuas.
     Em 445 a.C., foi abolida a proibição de matrimônios entre patrícios e plebeus através da “Lex Canuléia”, e, em 366 a.C., a possibilidade do acesso de plebeus ao consulado, pela “Leges Licinae Sextiae”. Os plebeus conseguiram ainda galgar aos cargos de Censor em 351 a.C., Pretor em 300 a.C.,  Pontífice e Áugure. Pela “Lex Hortensia” de 287 a.C., os plebiscitos chegaram a ter força de lei, ainda que não ratificadas pelo Senado.
     Os irmãos Tibério e Caio Graco, filhos de Cornélia, embora de origem nobre, combateram veementemente a forma com que os aristocratas se apossavam das terras conquistadas pelas legiões romanas. Tornaram-se com isso muito populares, porém, o primeiro acabou assassinado e o segundo suicidou-se para não ter o mesmo fim do irmão. Era a luta pela reforma das leis agrárias sufocadas pelo Senado.
     Entre 90 e 89 a.C.,  foram editadas a “Lex Iulia de Civitate” e, após, a “Lex Plautia Papiria”, mediante a qual se estendeu a todos os povos da federação itálica o direito ao “status” de cidadão romano.
     Os governos eram exercidos por personagens influentes e com carreira militar expressiva. Isso porque entre os romanos a iniciação militar era obrigatória, em face de suas metas expansionistas e defesa de territórios anexados. O mais famoso de todos foi Júlio César que conquistou as Gálias e governou absoluto após a morte de Crasso e de ter vencido a Pompeu.
     Após o assassinato de César, ocorrido em 44 a.C., caberia a seu sobrinho Otávio fundar o império romano. Sua imensa fortuna pessoal, que muitas vezes suplementou as receitas públicas, permitiu-lhe governar com folgada independência, ainda que com a existência do Senado, que se lhe tornou submisso. Foi-lhe concedido o título de Imperador;  assumiu o comando militar;  como Censor influía nas nomeações feitas pelo Senado, como “Princips” do Senado tinha prerrogativa de ser o primeiro a falar nas sessões e, como “Pontifex Maximus”, era o chefe religioso nacional.
     Foi no governo de César Augusto que, em Belém da Judéia, nasceria  Aquele que reinaria acima de todos os poderes do mundo: Jesus Cristo.
     Alguns episódios da vida de Jesus e seus seguidores, relatados nos Evangelhos, mostram algumas facetas de como os romanos governavam e o nível de desenvolvimento administrativo que possuíam.
      Eram muito organizados. Comprova-se isso pelo recenseamento determinado por Augusto, quando José teve de subir de Nazaré, onde morava, para ser recenseado em Belém, sua terra de origem.
     Embora os romanos da península itálica vivessem rigorosamente sob as severas determinações emanadas do imperador, nas províncias eram tolerados os costumes e religiões locais.
     Assim, por exemplo, na Judéia, à época de Jesus, embora o imperador  mantivesse seu legado em cargos de governador ou procurador, permitiu que o judeu Herodes e seus sucessores governassem na condição de reis.
     Deixaram por conta do Sinédrio (senado judeu) o julgamento de causas que envolvessem problemas religiosos e disciplinares.
     Foi dessa forma que o Sinédrio condenou Jesus á crucificação, ainda que Poncius Pilatus, legado de Tibério César na  Judéia, tentasse por todos os meios inocentá-lo. Jesus era considerado um agitador. Casos de julgamento de adultérios também era de alçada do Sinédrio. Foi aos anciãos que Jesus proclamou: “atire a primeira pedra aquele que estiver isento de pecados”. Algum tempo depois fomentados pela intransigência dos próprios judeus, alguns imperadores romanos começaram a imprimir cruel perseguição aos cristãos, como foram os governos de Nero e Domiciano, entre outros.
     Foi através da extensão do direito de cidadania às províncias que São Paulo, judeu de nascimento, pôde recorrer de sua sentença condenatória diretamente ao imperador Domicio Nero.
     Coube ao imperador Constantino introduzir o cristianismo como religião oficial do império no ano de 313 d.C., através do Édito de Milão.
     O império romano foi permeado por bons e maus governos.
     Dentre os bons, são dignos de menção: Augusto, que fundou o império; Trajano e Adriano, os primeiros imperadores provincianos, originários da Espanha; Vespasiano e seu filho Tito. Entre os que palmilharam a senda do despotismo são sempre lembrados os cruéis: Calígula, Nero, Domiciano e Caracalla.
     Em que pese alguns excessos, não podemos negar que os romanos legaram uma grande cultura administrativa, política, jurídica e familiar à humanidade, mormente ao mundo ocidental, que estribou seu “modus vivendi” à moda romana que ainda perdura até nossos dias.

Rômulo e Remo. Óleo sobre tela de Peter Paul Rubens. Museus Capitolinos, Roma, Itália.
Imagem/fonte:
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Estátua que lembra a famosa Loba Capitolina com Rômulo e Remo, do Museu Capitolino de Roma.
A da foto está exposta nas proximidades do aqueduto romano de  Segóvia, na Espanha.
Foto Ismael Gobbo
Presépio na Noite de Natal na Praça de São Pedro, Vaticano. Foto Ismael Gobbo
Jesus nasceu à época do imperador romano Augusto.
Estátua do imperador  César Augusto (63 a.C- 14 d.C). Reinava quando Jesus nasceu na Palestina, uma província romana.
É considerado o fundador do Império Romano. Museu do Louvre, Paris, França. Foto Ismael Gobbo
Lívia, mulher do imperador Augusto. Museu do Louvre, Paris, França. Foto Ismael Gobbo.


Lívia Drusa ou Lívia Drusila (em latimLIVIA•DRVSILLA, LIVIA•AVGVSTA;[1] 30 de janeiro de 58 a.C. — Roma29 de setembro de 29), chamada de Júlia Augusta depois de 14 d.C., foi a primeira imperatriz-consorte romana, esposa do imperador Augusto por todo seu longo reinado. Ela era a mãe do imperador Tibério, de um casamento anterior, avó materna de Cláudio, bisavó paterna de Calígula e trisavó materna de Nero. Lívia foi deificada por Cláudio.

Moeda com esfinge do imperador Tibério (42 a.C – 37 d.C). Em seu governo Jesus foi
Crucificado em Jerusalém que vivia sob o jugo romano.
Museu Nacional de Arte Romano. Mérida, Espanha. Foto Ismael Gobbo
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Mártires cristãos no Coliseu. Pintura por Konstantin Flavitsky
Imagem/fonte: 
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A última oração dos mártires cristãos. Óleo sobre tela por Jean-Léon Gérôme.
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Cristãos sendo usados como tochas humanas, na perseguição sob Nero. Óleo sobre tela por Henryk Siemiradski.

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“Domus Áurea”. A Casa Dourada de  Nero em restauração  no Monte Esquilino. Roma, Itália. Foto Ismael Gobbo
Estátua do imperador romano Trajano (53-117). Foto Ismael Gobbo.
Exposição no Coliseu, Roma, 23-12-2012.
Moeda romana com esfinge do imperador Adriano (76- 138).
Museu Nacional de Arte Romano. Mérida, Espanha. Foto Ismael Gobbo
Busto do imperador romano Caracalla (188-217). Foi um dos grandes perseguidores dos Cristãos. Nasceu em Lião, antiga Lugdunum,
 França. Museu Galo Romano de Lião, França. Foto Ismael Gobbo
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Moeda romana com esfinge do imperador Vespasiano cabeça da Família Flavia ou dos Flavianos  em cujos governos foi construído o Coliseu de Roma.
Museu Nacional de Arte Romano. Mérida, Espanha. Foto Ismael Gobbo


Tito Flávio Vespasiano (em latimTitus Flavius VespasianusFalacrina17 de novembro de 9 — Roma23 de junho de 79), foi um imperador romano, o primeiro da dinastia flaviana, que ocupou o poder em 69, logo após o suicídio de Nero e o conturbado ano dos quatro imperadores. Foi proclamado imperador pelos seus próprios soldados em Alexandria. Sucederam-lhe sucessivamente dois dos seus filhos, Tito e Domiciano.
Corredores do Coliseu. Roma, Itália. Foto Ismael Gobbo.


Coliseu (em italianoColosseo), também conhecido como Anfiteatro Flaviano (em latimAmphitheatrum Flavium; em italianoAnfiteatro Flavio), é um anfiteatro oval localizado no centro da cidade de Roma, capital da Itália. Construído com concreto e areia,[1] é o maior anfiteatro já construído e está situado a leste do Fórum Romano.
A construção começou sob o governo do imperador Vespasiano[2] em 72 d.C. e foi concluída em 80, sob o regime do seu sucessor e herdeiro, Tito.[3] Outras modificações foram feitas durante o reinado de Domiciano (81-96).[4] Estes três imperadores são conhecidos como a dinastia flaviana e o anfiteatro foi nomeado em latim desta maneira por sua associação com o nome da família (Flavius).

Coliseu, Roma. Foto Ismael Gobbo.
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As festas romanas do Coliseu. Óleo sobre tela de Pablo Salinas (década de 1900)
Pinacoteca do Estado de São Paulo. São Paulo, Brasil. Foto Ismael Gobbo
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O Rio Tibre e sua correnteza. Roma, Itália. Foto Ismael Gobbo.
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Pirâmide Caio Céstio (18 – 12 a.C)  e Porta São Paulo,  na Muralha Aureliana, saída para
a Via Ostiense ligação de Roma a Óstia. Foto Ismael Gobbo

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