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domingo, 29 de maio de 2011

Focalizando o Trabalhador Espírita (No. 90) Astolfo Olegário de Oliveira Filho

Astolfo Olegário de Oliveira Filho

Entrevista para Ismael Gobbo ao Notícias do Movimento Espírita


Nesta entrevista vamos falar com nosso companheiro de ideal Astolfo Olegário de Oliveira Filho, nascido aos 22 de junho de 1944, na cidade de Astolfo Dutra, no estado de Minas Gerais, filho do casal Anita Borela de Oliveira e Astolfo Olegário de Oliveira. Vindo ao mundo em lar espírita, desde cedo participa do movimento, inicialmente em sua cidade natal, onde frequentou, em criança, as aulas de evangelização infantil e foi depois presidente da Juventude Espírita da Cabana Espírita Abel Gomes. Além de orador e escritor Astolfo vem desenvolvendo um trabalho muito consistente e importante na divulgação pela internet com a revista eletrônica semanal “O Consolador”, com sede em Londrina, Paraná.


Astolfo, qual sua formação acadêmica e profissional?

Sou formado em Ciências Econômicas. Na área profissional, fui professor de Matemática e trabalhei em diversas empresas comerciais, bem como no Banco do Brasil, no Instituto do Açúcar e do Álcool e no Ministério da Fazenda, em que me aposentei como auditor da Secreta­ria da Receita Federal.

De que maneira conheceu o Espiritismo e desde quando é espírita?

Nasci numa família espírita e convivi desde criança com vários irmãos dedicados à tarefa espírita e, sobretudo, com meu pai, que foi um extraordinário orador espírita e companheiro de vultos importantes do Espiritismo no Brasil, como Leopoldo Machado, Carlos Imbassahy, José Jorge, Newton Gonçalves de Barros, Amadeu Santos e muitos outros que a minha memória, já um pouco claudicante, não permite aqui lembrar.

A que Casa Espírita está vinculado e quais trabalhos nela desenvolve?

Sou vinculado a duas Casas Espíritas: o Centro Espírita Nosso Lar, de que participo desde janeiro de 1963, quando vim de Minas Gerais para cursar faculdade em Londrina; e a Comunhão Espírita Cristã de Londrina, que fundamos juntamente com minha esposa Célia Maria e um grupo de amigos em abril de 1987.

No “Nosso Lar” participo de dois grupos públicos e de um grupo mediúnico, por mim fundado em 1979, e coordeno dois grupos de estudo, um à noite, outro à tarde. Na Comunhão participo das atividades de evangelização da criança aos domingos de manhã e coordeno o Círculo de Leitura Anita Borela de Oliveira.

Além dessas atividades, sou colunista e editor do jornal O Imortal desde dezembro de 1983 e diretor de redação da revista espírita O Consolador, fundada em 18 de abril de 2007, a qual é redigida para circulação exclusiva na internet.

Poderia nos descrever sua trajetória pelo movimento espírita em todos esses anos?

Tendo nascido em família espírita, participei praticamente de todos os tipos de atividade que um Centro Espírita realiza, desde a evangelização até a direção de sessões mediúnicas. Exerci os cargos de dirigente de Mocidade Espírita, de grupos públicos, de grupos mediúnicos, de grupos de estudo e de instituições espíritas. Fui presidente do Nosso Lar e da Comunhão Espírita Cristã de Londrina, bem como da União Regional Espírita da 5ª Região, que tinha então sede em Londrina. Na atividade de divulgação, já escrevi programas espíritas para rádio e atuei em programas espíritas na TV, faço palestras e ministro seminários. Dessa atividade acabou resultando um livro, intitulado 20 Lições sobre Mediunidade.

Quais os fatos e pessoas que mais o marcaram?

Cresci em um ambiente em que se respirava Espiritismo. Conheci, portanto, desde a infância, os maiores vultos do Espiritismo então encarnados neste país, como mencionei na resposta à sua primeira pergunta. Admiro muitos confrades com quem convivi e outros que conheci apenas por meio dos livros. Chico Xavier, Divaldo Franco, Cairbar Schutel, Abel Gomes, Lins de Vasconcellos, Hugo Gonçalves, Euclides Araújo, João Salles Coroa, eis alguns nomes marcantes na minha vida como espírita.

Como você vê o Movimento Espírita de nossos dias?

Penso que o Movimento Espírita reflete o comportamento dos que o dirigem e, provavelmente por isso, não tem atuado, como devia, fora das quatro paredes da Casa Espírita, pois vem-se limitando, de um modo geral, a promover eventos mais para espíritas, em circuito fechado, de difícil acesso aos que não são espíritas. Um exemplo óbvio desse fato são os nossos Congressos Espíritas, cada vez mais sofisticados, com taxas de inscrição elevadas e realizados em locais a que apenas os que dispõem de recursos têm acesso. Creio que o uso da mídia em geral e a realização de eventos em locais acessíveis ao grande público, não apenas na Casa Espírita, podem contribuir para uma melhor dinamização do movimento espírita brasileiro.

Quais as maiores dificuldades, em sua opinião, enfrentadas atualmente pelo movimento espírita?

Penso que a má qualidade dos livros espíritas publicados nos últimos anos, especialmente depois que Chico Xavier desencarnou, constitui um dos principais problemas que o movimento espírita no Brasil tem enfrentado. O fato deve-se, em primeiro lugar, à falta de bom senso de parte dos autores, encarnados ou não, e ao desinteresse quanto a isso das próprias editoras.

A falta de prática no exercício da crítica – considerada em seu sentido clássico – por parte dos jornais e revistas espíritas também contribui para que o mercado editorial seja inundado por obras que só confusão criam e nada acrescentam em termos de conhecimento espírita.

Como o livro é uma forma de divulgação pública dos ensinamentos espíritas, ele se sujeita obviamente a uma análise, a uma crítica pública, tarefa que incumbe à imprensa espírita, que não tem cumprido, nesse particular, o seu dever e o seu papel.

Fale-nos sobre a revista O Consolador e de como ela surgiu.

A revista nasceu de uma ideia repentina que me levou a contactar o José Carlos, a quem não conhecia pessoalmente. Corria o mês de março de 2007. Eu o admirava por causa do trabalho extraordinário que ele havia feito na organização do site do Centro Espírita Nosso Lar. Quando surgiu a ideia da revista, o nome dele foi imediato. Fizemos então duas reuniões rapidíssimas para discutir o projeto. Uma foi numa das salas do “Nosso Lar”. No outro dia ele já havia registrado na internet o domínio pertinente ao nome da revista. A segunda reunião foi no escritório de sua empresa, quando se definiu a estrutura da revista e o modelo da página inicial do site. O primeiro número da revista saiu, como queríamos, no dia 18 de abril de 2007, dia em que se comemorou no mundo todo o sesquicentenário d´O Livro dos Espíritos.

O trabalho é todo voluntário?

Sim. Todos os que trabalham para a revista o fazem de modo espontâneo e voluntário. Não existe ninguém, em função nenhuma, que receba remuneração.

Contam com alguma ajuda?

Ajuda no tocante ao conteúdo, sim. Nossa equipe é formada por um número muito grande de colaboradores, dentro e fora do Brasil, como pode ser visto na seção “Quem somos” de nosso site. Eis o link que remete à seção: http://www.oconsolador.com.br/linkfixo/quemsomos/principal.html

Com relação à parte financeira, não, porque em verdade não precisamos de recursos financeiros, visto que os custos de uma revista eletrônica, quando ninguém é remunerado, são extremamente baixos.

Quais os dados estatísticos de que dispõe sobre o Consolador?

Os números mais recentes que temos sobre o assunto foram divulgados em nossa edição 204, comemorativa dos quatro anos de existência da revista. De 18 de abril de 2007 a 31 de março de 2011, eis os números apurados:

Itens

Números

Continentes alcançados pela revista
Países que já acessaram a revista
Downloads de textos publicados
Visitas ao site da revista
Impressões da revista

5
105
1.026.000
1.922.000
5.964.000

Os 105 países estão assim distribuídos: Europa, 39; América, 27; Ásia, 22; África, 13; Oceania, 4. O maior número de leitores da revista encontra-se, pela ordem, no Brasil, nos Estados Unidos e em Portugal.

Como tem sido a repercussão da revista no Brasil e no mundo?

A repercussão da revista – algo que nos surpreende bastante, tendo em vista que se trata de um periódico redigido no idioma português – tem sido muito grande, e isso pode ser aferido por dois indicadores importantes. Primeiro, o crescimento dos acessos, dos downloads e das impressões de textos da revista é algo constante, ou seja, a cada mês os números superam os meses anteriores. O segundo fato é a quantidade de cartas via internet que chegam à redação, o que mostra, pelos temas tratados, que o leitor tem demonstrado confiança crescente naquilo que temos publicado.


Desde quando você participa da redação do jornal O Imortal e qual é nele o seu papel?

Antes de participar da equipe de redação do jornal O Imortal, já havia colaborado com artigos publicados pelo periódico. Foi, no entanto, a partir de setembro de 1983 que passei a colaborar diretamente na elaboração das edições mensais, assumindo, no mês de dezembro daquele ano, a tarefa de editor, colunista e redator da primeira página. Naquele mês o jornal atingia sua edição número 360. Hoje – maio de 2011 – ele já está na edição 687. Alguns anos depois, em 1988, por solicitação do Diretor do jornal, confrade Hugo Gonçalves, a redação dos editoriais passou também à minha responsabilidade.

Você tem algum livro publicado?

Sim. No âmbito profissional escrevi duas obras, uma a respeito dos aspectos fiscais e tributários da nova Lei das Sociedades Anônimas, então sancionada pelo presidente da República, e outra sobre Contabilidade Geral, obra cujo conteúdo – teórico e prático – foi concebido especialmente para uso em cursos preparatórios com vistas a concursos públicos na área da Receita Federal e da Previdência Social.

No meio espírita, sou autor de 11 obras. Uma, já esgotada na editora que a publicou, é 20 Lições sobre Mediunidade. As demais obras, não publicadas por nenhuma editora, tiveram edição limitada de natureza não-comercial, destinadas a grupos de estudos diversos acerca do Antigo e do Novo Testamento, do Pentateuco Kardequiano, dos Clássicos dSo Espiritismo e das obras de André Luiz e Manoel Philomeno de Miranda.

Realiza também palestras?

Sim. Contudo, devido aos inúmeros compromissos que tenho de atender diariamente, seu número é cada vez menor, pois tenho me limitado a alguns poucos compromissos nessa área.

Suas palavras finais.

Aproveito o ensejo para agradecer a todos aqueles que - encarnados e desencarnados - vêm colaborando para que o jornal O Imortal e a revista O Consolador prossigam em a sua tarefa de divulgar a mensagem do Consolador prometido por Jesus, cujo objetivo final é, como sabemos, o aprimoramento moral do mundo em que vivemos. Sem o auxílio desses companheiros a tarefa não seria possível. A eles, pois, o meu fraternal abraço.,


Astolfo Olegário de Oliveira Filho em palestra na Associação Espírita de Maringá-PR

Astolfo (de pé), ao lado de Euclides Araújo, no lançamento do livro Dinâmica da Evolução, escrito por Euclides


Astolfo (esq.) , com os confrades João Rodrigues e, ao fundo, Elza Guapo, da cidade de Astorga-PR

Astolfo (esq.), ao lado de Ivan Dutra e Euclides Araújo (dir.) em evento no Centro Espírita

Nosso Lar, em Londrina

Astolfo, de paletó marrom, ao lado da esposa Célia Maria e Francisco Ontivero, na cidade de Londrina-PR

Capa do livro “20 lições sobre Mediunidade”

Tela da home Page “O Consolador”

OBS: AS FOTOS Desta entrevista só PODERÃO SER UTILIZADAS EM OUTRAS PUBLICAÇÕES MEDIANTE AUTORIZAÇÃO EXPRESSA DO entrevistadO.


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