Wellington Balbo – Bauru - SP
Novamente chegou o final do ano e com ele, como sempre, um apelo mais intenso ao consumo. Natural, portanto, pela própria injeção de recursos na economia –leia-se décimo terceiro - e demais circunstâncias especiais, que os magos do marketing abordem com mais veemência os consumidores.
Vendedores a postos; vitrines repletas de novidades, lojas bem adornadas e comerciais mostrando maravilhas tecnológicas intentam fisgar alguns tostões dos potenciais compradores.
Entretanto é importante, não apenas para a economia global, mas, sobretudo para a economia doméstica que o cidadão não se deixe cair no canto da sereia consumista, ou seja, no gastar pelo gastar e no comprar desmedido, compulsivo, que não raro traz insônia com aquelas infindáveis prestações adquiridas no entusiasmo do papo com o vendedor, sem maiores reflexões sobre as suas conseqüências no orçamento da família.
Por isso aborda-se neste singelo texto a importância do consumo coerente, até por que, por óbvias razões consumir faz parte da vida de todos, sem exceção.
Mas o que é consumo coerente?
Pode-se defini-lo como o consumo que aproveita os benefícios proporcionados pelos produtos e serviços oferecidos pelo mundo contemporâneo, livres contudo, dos prejudiciais excessos, além de, naturalmente, alinhar-se à capacidade de compra. Ou seja, o indivíduo que exercita o consumo coerente não gasta além do que ganha.
E quem não pratica o consumo coerente e extrapola nas compras de final de ano esquecendo-se de que inúmeras despesas literalmente despejam-se no orçamento familiar em janeiro, certamente adquire uma enorme dor de cabeça.
Para não adquirir essa indesejável dor de cabeça e não ver o nome chafurdar-se na inadimplência é imperioso em primeira instância domar os impulsos que impelem à irreflexão, no tema comentado a compulsão pelas compras.
Impulsos domados e a racionalidade funcionando parte-se para a utilização de algumas ferramentas simples, porém de grande utilidade e freqüentemente desprezadas pelas pessoas.
Inicia-se, portanto, o trabalho de orçamento familiar para a organização, ou então, reorganização das finanças. Escreve-se num papel ou planilha as receitas, despesas e reservas:
Receitas: são as finanças – salários, comissões, gratificações...
Despesas: contas de água, luz, aluguel, higiene, educação, saúde, lazer...
Reservas: o que conseguimos poupar.
E quando despesas estão maiores que as receitas, o que fazer?
Só há uma maneira de sanar este problema: cortar gastos extras - menos tempo no banho, economizar o tempo no banho, diminuir o número de carnês com prestações e etc.
Domando os impulsos consumistas e trabalhando com as ferramentas do orçamento familiar disciplinaremos nossa vida e evitaremos dores e dissabores além da habitual insônia que acomete aqueles que exageram nas compras de final de ano.
Ladeira Porto Geral com Rua 25 de março, São Paulo. Foto Ismael Gobbo
Nenhum comentário:
Postar um comentário