Richard Simonetti
1 – Datas comemorativas como Finados, de homenagem aos que partiram, evocam a problemática da morte. Não seria melhor exaltar a vida?
Considerando que todos vamos morrer um dia e que a morte é como um ladrão, não sabemos quando virá, oportuno que cogitemos do assunto e nos preparemos, a fim de não sermos colhidos de surpresa.
2 – Por que ela sempre inspira temor?
Um amigo costuma brincar, dizendo que as pessoas tem a consciência pesada. Há um fundo de verdade em sua irreverência. Consciente ou inconscientemente, sentimos que responderemos por nosso comprometimentos com deslizes que “enfeitam”, ou mais exatamente enfeiam a alma humana. Mas o problema é também de ignorância. Tendemos a temer o desconhecido.
3 – Há pessoas virtuosas, comportamento ilibado, esclarecidas, que, não obstante, guardam insuperáveis temores…
Não lhes terá sido fácil nem agradável a experiência do morrer, em pretéritas encarnações. Trazem o trauma do morte, algo semelhante à pessoa que tem medo de ser enterrada viva, porque em existência anterior acordou de um transe letárgico na sepultura ou ficou presa ao cadáver durante algum tempo.
4 – Como superar esse problema?
Cogitando do assunto, admitindo a idéia de que todos retornaremos ao Além, mais cedo ou mais tarde. Monges trapistas, na Idade Média, enfatizavam esse aspecto. Quebravam o voto de silêncio apenas para se cumprimentarem. Quando se cruzavam nos corredores do claustro proclamavam: memento mori, “Lembra-te de que vais morrer”.
5 – Não há um certo exagero nesse comportamento?
Sem dúvida, principalmente em relação ao voto de silêncio e o claustro. O homem é um ser eminentemente gregário. Seu próprio desenvolvimento cultural, intelectual, moral e espiritual, depende da convivência social, da comunicação, da palavra. Mas todos deveríamos ter sempre presente o memento mori, a certeza de que estamos em trânsito pela Terra.
6 – Viver em função da morte não atrapalha a vida?
E muito, mas a idéia não é essa. Devemos viver em função da vida, cuidando muito bem de nosso corpo, a fim de aproveitarmos integralmente o tempo que nos foi concedido.
7 – Há quem retorne antes do tempo?
Mais razoável perguntar se há quem retorne na hora certa. Passamos a vida a brigar com o nosso corpo. Submetemo-lo a pressões terríveis, de fora para dentro, com sentimentos negativos, como o rancor, o ressentimento, a mágoa, o ódio, o pessimismo, a revolta, o desânimo, a inconformação… E de fora para dentro, com os vícios, a intemperança, a glutonaria, o sedentarismo… Resultado: retornamos antes da hora, expulsos do corpo, como uma casa mal cuidada que desmorona, obrigando o morador a deixá-la.
8 – Como evitar isso?
Cultivando aquela “vida abundante” que Jesus promete, aquela vida que vibra em nossas veias, quando nosso cérebro povoa-se de nobres ideais e o nosso coração pulsa ao ritmo incessante de serviço em favor do semelhante. Quando as pessoas souberem como o magnetismo do Bem renova as células, cura as enfermidades, sustenta a saúde e alegra a existência, estarão dispostas a pagar qualquer preço pela bênção de servir.
PALESTRA SOBRE A MORTE
Ilustrada com slides
Richard Simonetti
Como retornamos ao mundo espiritual.
A família pode ajudar?
Velório – Cemitério - Cremação
Doação de órgãos - Suicídio
Medo da morte
Dia 30 de outubro às 20 horas.
Centro Espírita Amor e Caridade
Rua 7 de Setembro, 8-30 - Bauru
(Por email de Richard Simonetti)
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