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Leda Flaborea
Entrevista para Ismael Gobbo ao Notícias do Movimento Espírita
A entrevistada Leda Flaborea nasceu em Marília, SP e reside na capital de São Paulo. É uma pedagoga formada pela USP que teve sua vida profissional toda direcionada para a educação. No meio espírita é dedicada à tribuna, trabalha em cursos de formação de trabalhadores espíritas e escreve artigos para jornais, revistas e internet.
Leda, por favor, apresente-se aos nossos leitores.
Meu nome é Leda Maria Flaborea, nascida há 67 anos em Marília, interior do Estado de São Paulo, mas vinda para a capital do Estado aos 12 anos de idade. Adotei São Paulo como minha cidade, seduzida que fui, já naquela época, pela sua grandeza, e nela estudei, casei-me, divorciei-me, tive uma filha, trabalhei e trabalho feliz.
Qual sua formação acadêmica e profissional?
Sou pedagoga pela USP e trabalhei, profissionalmente, como educadora, na formação de professores, diretores e, sobretudo, de jovens, que hoje, adultos, transformaram-se em grandes amigos. Nessa função estou aposentada e presentemente dedico-me ao setor editorial.
Desde quando e como se tornou espírita?
Meus pais eram espíritas – estamos falando da primeira metade do século 20 – sem os conhecimentos que, hoje, são tão necessários para se entender o que acontece na nossa atual existência, às vezes tão conturbada. A vinda para São Paulo interrompeu essa trajetória, por razões que não importam agora, e ficamos, eles e nós (três filhas), à deriva no aspecto religioso. Mas, o chamamento veio, e através da minha filha, e por causa dela, busquei ajuda. Ela ficou bem e eu não saí mais. Tenho plena convicção de que “eles” queriam a mim – obviamente tinha tarefas a serem cumpridas – e como não despertava... Brincadeira à parte, a verdade é que André Luiz está certo quando afirma que quando o trabalhador está pronto, a tarefa aparece. E aqui estou até hoje, agradecendo ao Pai, diariamente, pelas infinitas oportunidades que me são oferecidas.
Poderia nos falar da sua trajetória pelo movimento espírita?
Também eu, como todos que chegam a uma Casa Espírita, passei por uma assistência espiritual – porta de entrada para qualquer atividade séria e responsável, desde que se queira – e assim que me equilibrei, comecei a trabalhar. Inicialmente, distribuindo senhas aos assistidos, depois o encaminhamento aos cursos da escola doutrinária, enquanto fazia palestras nas reuniões públicas. Claro que, mesmo fazendo os cursos, estudava muito para melhor me preparar para a tarefa por mim executada. Na sequência, fiz o Curso de Expositor na Federação Espírita do Estado de São Paulo, e durante o curso trabalhava na área de ensino de outras casas espíritas, dando aula e fazendo palestras. Não foi fácil, mas era preciso.
Hoje, continuo na área de Ensino do Núcleo Espírita Redenção (São Paulo/Perdizes) e, também, da FEESP, mais precisamente no Curso de Expositor. Continuo dando palestras em vários Centros e sou articulista de vários periódicos espíritas (imprensa escrita e sites), inclusive no exterior.
Penso que o fato de ser divorciada e ter apenas uma filha deixaram-me tempo para fazer tudo isso. Evidentemente que cada um dará do tempo que tiver, lembrando-se sempre que a família deverá ser seu mais importante compromisso, em qualquer situação e em qualquer momento.
E na oratória e produção de artigos?
A formação do expositor espírita requer preparo demorado e cuidadoso, com sacrifícios e renúncias que nem sempre estamos dispostos a fazer. Daí o número grande de desistências nessa tarefa. Por isso, quem se propõe a ser divulgador da Doutrina dos Espíritos precisa, verdadeiramente, ter certeza de que é isso que deseja. O fato é que se houver o dom, tudo ficará mais fácil, menos trabalhoso, o que não significa menos estudo e dedicação contínuos, isto é, sempre.
O estudo contínuo e nobremente conduzido é fundamental para não cairmos na tentação dos “achismos”, pois o expositor espírita fala em nome da Doutrina e não sob o seu ponto de vista. Se assim procede ou julga que esteja certo, agindo dessa forma, está, certamente, em tarefa errada, prestando um desserviço ao Espiritismo, mais confundido que esclarecendo quem o ouve ou lê. E responderá por isso no momento certo. O livro “Os Mensageiros” de André Luiz, psicografado por Francisco Cândido Xavier e editado pela Federação Espírita Brasileira, está repleto dessas falências e dos comprometimentos gerados pela visão distorcida dos trabalhadores espíritas.
Em relação aos artigos, são eles frutos de inspiração e pesquisas ou os dois ao mesmo tempo. O certo é que nenhum artigo sai da minha mão sem que tenha sido alvo de várias revisões, feitas por mim e por companheiros que me auxiliam com muito amor nessa tarefa. Por que isso? Em relação à língua, porque o leitor merece ler um texto bem escrito e, doutrinário, porque precisa ter informações corretas e consoantes com a Doutrina dos Espíritos. Vale lembrar que a doutrina é deles e não nossa. Somos, no máximo, instrumentos para sua divulgação.
Acha que o movimento espírita vai bem?
Em alguns aspectos, sim. Por exemplo, o separatismo entre as diversas instituições, parece estar superado. É comum vermos dirigentes dos diversos segmentos espíritas trabalhando unidos em um único objetivo: a expansão e o fortalecimento da Doutrina Espírita em nosso país e fora dele. Isso me dá um novo alento. E não podemos nos esquecer do movimento em torno do nosso amado Chico e de sua obra, que tem agitado o país ultimamente. Mesmo depois da sua partida, ele continua atuante entre nós. Graças a Deus.
Por outro lado, no meu entender, vai mal ainda, porque, sem preparo adequado, os dirigentes dos Centros Espíritas permanecem transformando-os em locais, somente, de assistência espiritual, sem se aterem à necessidade da implantação das escolas doutrinárias, do ensino sistematizado nos seu aspecto tríplice, dando condições ao assistido de não mais precisar, tão somente, do passe, das desobsessões e de outros tantos atendimentos que nada têm a ver com a prática espírita, para viverem com equilíbrio.
Algo mais que queira acrescentar?
Somente dizer da minha profunda gratidão pelas oportunidades de poder servir a essa doutrina consoladora e esclarecedora, que nos dá um norte, para que mais rapidamente cumpramos aquilo que nos propusemos a realizar, enquanto na erraticidade. Deus abençoe a todos com a paz e a luz que emanam do Infinito Amor que tem por todos nós.
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Legenda Fotos
Leda no seu primeiro ano de vida
Menina brincando com boneca
Leda, de vestimenta azul, ladeada pela filha e cercada pelos sobrinhos
Sendo entrevistada no programa Consciência Espírita por Afonso Moreira Jr
Leda, da roupa verde, com outros oradores na FEESP
Leda, a terceira sentada da direita para a esquerda, no terceiro ano do Grupo Escolar
OBS: AS FOTOS Desta entrevista só PODERÃO SER UTILIZADAS EM OUTRAS PUBLICAÇÕES MEDIANTE AUTORIZAÇÃO EXPRESSA DO entrevistadO.