Richard Simonetti
1 – Como funciona a pesquisa de vidas passadas pela hipnose?
Iniciado o transe hipnótico, o paciente é orientado para que regrida no tempo, atingindo progressivamente estágios anteriores – a adolescência, a infância, a vida intra-uterina, desembocando na vida espiritual, antes da presente vida, e, em seqüência, nas vidas anteriores.
2 – Mais de uma vida?
Albert De Rochas, pesquisador francês, publicou, em 1911, o livro As Vidas Sucessivas. Nele relata suas experiências com pacientes que, sob hipnose, regrediram, sucessivamente, a cinco existências passadas.
3 – Após a regressão, o paciente guarda alguma lembrança desse mergulho no pretérito?
Sob hipnose, não. As reminiscências ocorrem ao nível de inconsciência.
4 – Qualquer pessoa pode submeter-se a esse tipo de experiência?
A regressão, principalmente quando se pretende pesquisar múltiplas existências anteriores, exige transe profundo, que poucos conseguem atingir.
5 – A regressão sob hipnose é aceita pelos pesquisadores como prova de reencarnação?
A comunidade científica considera inconsistente qualquer revelação envolvendo a hipnose, já que o paciente fica sujeito a condicionamentos durante o transe. Proclama-se que o simples fato do hipnotizador sugerir a regressão pode induzi-lo a fantasiar uma situação.
6 – Descarta-se, então, a regressão sob hipnose?
Na década de cinqüenta o pesquisador americano Morey Bernstein publicou um livro de grande impacto: O Caso Bridey Murphy. Nele descreve, minuciosamente, as reminiscências, sob hipnose profunda, de Ruth Simmons, reportando-se a uma existência no século XVIII, quando reencarnou na Irlanda com o nome que dá título ao livro. Há uma tal riqueza de detalhes e informações, checadas posteriormente, que seria preciso muita imaginação para tentar explicar suposta mistificação, deliberada ou inconsciente, da paciente. O livro de Berstein estimulou o desenvolvimento dessas pesquisas, embora torçam o nariz os materialistas impenitentes.
7 – Descartando a reencarnação, como se explicaria o caso Bridey Murphy?
Seria preciso, em princípio, atribuir ao inconsciente humano poderes milagrosos, que o habilitariam a fantasiar a biografia de uma mulher que supostamente teria vivido na Irlanda.
8 – Considerando os poderes do inconsciente, ainda que houvesse a possibilidade de comprovar todas as informações, sempre sobraria a dúvida…
Ensina velho aforismo: Apontando o dedo para o céu, o sábio vê a Lua; o suposto sábio vê apenas o dedo. Há muitos pesquisadores incapazes de alongar o olhar além do dedo estendido.
Albert de Rochas
Imagem: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Albert_de_Rochas_d%27Aiglun.jpg
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