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quinta-feira, 27 de maio de 2010

Escravo do Elogio

Wellington Balbo - Bauru - SP.



Renato começava a se destacar no palco da vida.
Eram aplausos, elogios, tapinhas nas costas, bajulação...
Não tardou para que o pomposo rótulo de estrela aparecesse como uma espécie de sobrenome.
Sua opinião era sempre respeitada, suas frases tornavam-se chavão e seu comportamento começou a ser imitado por infindável número de pessoas.
Logo, Renato por ser tão requisitado começou a sentir-se o Dono do Mundo.
Passou a considerar-se insubstituível.
Um “Escolhido”, era assim que se intitulava.
Embriagado pelos elogios, passou a ter devaneios, julgava-se infalível e queria moldar todos a seu modo.
Quem não pensasse como ele estava errado.
Quem não lhe imitasse estava “fora de moda”.
Seu jeito de falar – O Melhor.
Sua maneira de ser – A mais Adequada.
Seu sorriso – O mais Bonito.
Suas frases prediletas eram:

- Eu disse, eu avisei.

- Se todos fossem como eu o mundo estaria melhor.

- Para as coisas darem certo, vocês têm que ser como eu sou.

Não percebeu que assim perdia sua identidade e dava largo passo à loucura.
Algum tempo depois, o povo e a mídia elegeram outro ídolo.
Renato ficou órfão da bajulação, mas não perdeu a pose, continuou querendo moldar todos que o rodeavam.
Foi perdendo amigos, namorada, o emprego...
Familiares afastaram-se por não mais quererem conviver com sua arrogância.
Hoje, Renato tenta colher aplausos de seus colegas no hospício em que está internado...
O mundo aplaude, mas também apupa.
Os elogios são sementes lançadas ao solo de nosso coração que devem ser cultivadas com todo cuidado.
Quem, à semelhança de Renato, deixa-se arrastar pelos elogios perdendo as noções da realidade a considerar-se acima do bem e do mal, habilita-se ao desequilíbrio.
Mais prudente encará-los como estímulos para que melhoremos cada vez mais.
Diz o dito popular: canja de galinha não faz mal a ninguém.
Seguindo as recomendações do adágio popular, nosso Chico Xavier, prudente como um sábio, dizia ser apenas uma formiguinha, das menores, que anda pela Terra cumprindo sua obrigação.
O médium agindo assim livrava-se dos inconvenientes de sentir-se a cereja do bolo.
Espíritos mais adiantados como Chico tem plena consciência do estágio evolutivo em que estão. Encaram, portanto, os elogios como estímulos para o prosseguimento de sua missão, nada além disso.
São muitos casos de gente que conheceu holofotes e aplausos e aprisionaram-se a eles.
Quando cessaram os tapas nas costas caíram em depressão.
Faltou a eles o reconhecimento de que somos uma formiguinha, das menores, que anda pela Terra cumprindo nossa obrigação.
Chico sabia disso.
Para nosso equilíbrio é bom aprendermos também.
Pensemos nisso

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