Sabe quem foi Fernando de Bulhões, amigo leitor? Não?
E se eu disser Santo Antônio de Pádua? Certamente responderá afirmativamente.
Ambos são a mesma pessoa. Adotando o nome de Antônio, em seu noviciado, Fernando consagrou-se como um dos vultos mais amados do movimento cristão no século XII.
Perguntará você: o que tem o santo a ver com uma coluna espírita? Direi que muito, porquanto foi um extraordinário médium. Isso mesmo – médium!
Não obstante o manto de fantasia que sempre está presente nas narrativas de acontecimentos tão distantes, há registros que merecem nossa atenção, evidenciando em Santo Antônio a ação de alguém dotado de sensibilidade mediúnica, como a notável intervenção em favor de seu pai, acusado injustamente de um crime que não cometera.
Durante o julgamento, Santo Antônio, que fazia uma pregação em Pádua, de repente ficou estático, experimentando, aparentemente, um desmaio.
Instantes depois era visto num tribunal, em Lisboa, a oitocentos quilômetros, para defender o pai, conseguindo sua absolvição. Após sua intervenção, desapareceu na capital portuguesa e despertou em Pádua.
A história foi suficientemente testemunhada e registrada, pelo que podemos considerá-la real.
Fica a dúvida: como pode um homem ser visto em dois lugares ao mesmo tempo, tão distantes um do outro?
– Milagre! – proclamará o religioso, encerrando o assunto, situando-o nos domínios do insondável.
Isso não acontece com o Espiritismo. Os mentores espirituais que orientavam Allan Kardec na formulação da Doutrina Espírita deixavam bem claro que a admissão do maravilhoso, do sobrenatural, do milagroso, exprime uma acomodação intelectual de pessoas esquecidas de que a religião não pode renunciar ao exercício da razão, sob pena de cair na fantasia.
Grandes vultos das religiões tradicionais, que realizavam autênticos prodígios, aparentemente derrogando as leis naturais, foram simplesmente médiuns, que exercitavam poderes desconhecidos pelo homem comum, mas que não têm nada a ver com supostos milagres.
Imagine, leitor amigo, que, com uma grande quantidade de antibióticos, entrássemos numa máquina do tempo e nos transportássemos para o século XIV, em plena expansão da Peste Bubônica, que, calcula-se, dizimou perto de 75 milhões de pessoas na Europa, um terço da população.
Com aqueles medicamentos salvaríamos milhões de pessoas. Um milagre para o homem daquele tempo, algo natural para o nosso tempo.
É importante que aprendamos a definir bem a natureza dos fenômenos mediúnicos que regem o relacionamento entre espíritos encarnados e desencarnados, envolvendo fenômenos como os produzidos por Antônio de Pádua, a fim de que nossa crença seja legítima, como proclamava Allan Kardec: Fé verdadeira é aquela que pode encarar a razão face a face, em todas as épocas.
Se você está interessado nesse tipo de fé, leitor amigo, matricule-se no Curso de Espiritismo Científico, no Centro Espírita Amor e Caridade, rua 7 de Setembro, 8-30, que iniciará novas turmas a partir de março, em aulas semanais às 3as. feiras, às 20 horas.
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Basilica de Santo Antonio de Pádua. Padova, Itália. Foto: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Padua9.jpg
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