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sábado, 7 de abril de 2012

Focalizando o Trabalhador Espírita (136). Lúcia Lopes Cominatto

Lúcia Lopes Cominatto

Entrevistamos neste sábado a nossa companheira de ideal espírita,

oradora e escritora Lúcia Cominatto, vinculada à Casa do Caminho-

Instituição Espírita, entidade sediada na Vila Madalena, na capital

de São Paulo. Dotada da mediunidade de psicografia intuitiva Lúcia

é autora de vários livros assinados pelo Espírito que se identifica

como Irmã Maria do Rosário.


Lúcia por favor apresente-se aos nossos leitores

Meu nome completo é Lucia Lopes Cominatto, porém, quando solteira, era Lucia do Val Lopes, filha de Paulo de Andrade Lopes e Nilce do Val Lopes. Nasci em Santa Adélia, no Estado de São Paulo, em 1929, a única filha em meio a quatro irmãos: Paulo Roberto (desencarnado), Luiz Augusto (desencarnado), Fernando Celso e Marcos Alberto. Paulo Roberto, o primogênito, até 1996 quando desencarnou, foi um grande companheiro das lides espíritas, junto a Richard Simonetti, no Centro Espírita Amor e Caridade, em Bauru.

Passei parte da minha infância e adolescência em Cruzeiro (SP) e depois fui morar em Itápolis (SP), onde conheci meu marido Ivo Cominatto; ali nos casamos e fomos morar em Monte Alto (SP) e de lá mudamos para Garça (SP). Desde 1970 estamos morando em São Paulo. Como se vê, toda a minha trajetória terrena, tem sido no mesmo Estado. Temos 3 filhos: Silvia, Sérgio e a caçula Beatriz, que me deu dois netos: Pedro Ariel e Juliana, hoje, já adultos.

Qual a sua formação acadêmica e profissional?

Sou apenas uma professora normalista, formada em Itápolis, em 1946 e minha estréia profissional foi numa escolinha rural, substituindo outra professora em licença. Como toda professora em início de carreira, passei por muitas dificuldades e aventuras, como no dia em que, voltando da escola numa charrete, em companhia de uma colega, não tivemos outra alternativa senão atravessar uma enorme boiada que vinha em sentido contrário, correndo um grande perigo.

Em 1950, por concurso, ingressei no magistério estadual e fui lecionar numa pequena escola da antiga Estação Tabarana, em Monte Alto, de onde, algum tempo depois, fui transferida para Vista Alegre do Alto, uma pequena cidade próxima, onde permaneci por pouco tempo. Finalmente, consegui remoção para um Grupo Escolar na cidade de Garça, conhecido como “Grupão”, onde lecionei, por vários anos, para alunos do antigo Curso Primário. Em 1970, por contingência do trabalho do meu marido, viemos para São Paulo, indo lecionar, a princípio, num Grupo Escolar do Jardim Japão; depois no Bairro do Butantã e me aposentei em 1980 no Caxingui, com 30 anos de magistério.

Como você conheceu o Espiritismo e desde quando é Espírita?

Minha bisavó já era espírita, mas fui criada no Catolicismo. Só tive contato com o Espiritismo na adolescência. Minha mãe, apesar de muito católica, por influência do meu pai que havia se tornado espírita, também acabou abraçando essa Doutrina Consoladora, tornando-se uma dedicada e caridosa trabalhadora da seara espírita. Meu pai, sempre muito estudioso da Doutrina, embora autodidata, era de uma época em que se faziam reuniões mediúnicas em casa e, numa dessas reuniões, apesar de ainda muito jovem e inexperiente, fui convidada a fazer parte da mesa. Iniciada a sessão, senti um envolvimento espiritual muito forte, a respiração acelerada e minhas mãos inflaram, testemunhando a minha mediunidade, que ainda não estava preparada para ser exercida. Fiquei muito assustada e, após esse fato, por muitos anos não mais participei de nenhuma reunião. Embora acreditando, afastei-me de qualquer envolvimento com o Espiritismo, chegando a criar meus filhos no Catolicismo, mais por influência do meu marido que era de família católica, que propriamente por convicção. Quando nos mudamos para São Paulo em fins de 1970, meus pais já moravam nesta cidade e, verificando a grande quantidade de livros espíritas que eles possuíam, inclusive a coleção completa dos livros de André Luiz, me interessei e passei a ler muitos deles.

A que Casa Espírita está vinculada presentemente?

Hoje trabalho na Casa do Caminho-Instituição Espírita, localizada na Vila Madalena, coordenando um grupo de trabalhos espirituais e os Cursos realizados no período da tarde. Também trabalho na Orientação Espiritual (Atendimento Fraterno) e faço preleções evangélicas nas reuniões semanais. Atualmente, sou responsável por todos os trabalhos espirituais que a Casa realiza, e sou colaboradora do ‘nosso’ Jornalzinho “Notícias da Casa do Caminho”.

Pode nos fazer um sumário de sua participação no movimento espirita durante esses anos?

Minhas atividades espirituais, por motivos de ordem particular, ultimamente, têm ficado mais restritas à Casa do Caminho. Em certa época, meu marido passou por um problema de saúde, e um amigo o levou para fazer tratamento espiritual num Centro que funcionava, provisoriamente, na garagem da casa de “Dona Norma”, como era conhecida a dirigente. Entretanto, só após a minha aposentadoria em 1980, foi que realmente pude me dedicar à Doutrina, frequentando as reuniões e fazendo Cursos na primeira sede do Grupo Socorrista Seara da Paz, naquela época, localizado em Moema. Nessa Casa, onde permaneci por aproximadamente 10 anos, iniciei a minha tarefa como médium passista e o meu marido tornou-se um colaborador das atividades práticas. Ali cheguei a dirigir um grupo de tratamento de cura espiritual e também, de desobsessão. Dei algumas aulas no Curso de Aprendizes do Evangelho e fazia preleções evangélicas nas reuniões. Foi nessa Casa Espírita que iniciei meus trabalhos de psicografia, recebendo mensagens da minha Mentora Espiritual, Irmã Maria do Rosário. E, com os livros que tenho publicado, creio estar, de alguma forma, participando do movimento de unificação e colaborando para a evolução espiritual do ser humano.

Quais os livros de sua autoria espíritas e não espíritas?

Todos os meus livros são ditados pelo Espírito Irmã Maria do Rosário, por psicografia intuitiva. O primeiro foi apenas um ensaio, publicado pela Formato Editoração Eletrônica, pertencente a um casal de amigos muito queridos: Sob a Luz do Evangelho. Depois, pela Editora EME, publiquei Na Cura da Alma, Na Educação da Alma e Na Sublimação da Alma, todos com mensagens de autoajuda. Atualmente, estou lançando Despertar da Consciência – Uma Nova Visão da Vida, também pela Editora EME.

Tem saído para fazer palestras?

Motivos pessoais me impedem de exercer essa nobre atividade e, na realidade, não me considero palestrante, pois reconheço não ter os atributos necessários para isso, apesar de me dedicar bastante aos estudos da Doutrina. Faço apenas, pequenas preleções evangélicas na casa espírita onde exerço atividades.

Como você está enxergando o Movimento Espírita na atualidade?

Percebo que o Movimento Espírita, na atualidade, está caminhando a passos largos para uma unificação cada vez maior das Casas Espíritas, em todos os aspectos da Doutrina, seja científico, filosófico ou religioso, com intercâmbio de conhecimentos, de atividades sociais e beneficentes, que proporcionem ao ser humano condições de viver com dignidade e com princípios morais elevados. Com a divulgação da Doutrina Espírita ao maior número possível de pessoas, inclusive no exterior, e graças à participação ativa de espíritas renomados que, empenhados em colaborar para que o Espiritismo cresça e induza o ser humano à evolução espiritual, em breve tempo haverá de se dar a Grande Transição do planeta em um mundo melhor, onde a dor ceda lugar ao amor.

E sobre a bibliografia espírita?

Infelizmente, em meio a muitos livros esclarecedores que levam a sério o Espiritismo, existem outros que o deturpam ou pouca coisa acrescentam e que, embora rotulados de espíritas, estão muito distantes do que nos trouxe Kardec com os livros da Codificação, ou de Emmanuel, André Luiz e outros Espíritos através da mediunidade iluminada de Chico Xavier, como ele, pela sua humildade, preferia ser chamado.

O que fazer?

É necessário que as pessoas se instruam mais para terem discernimento do que é bom e do que não é e não se encantem com qualquer absurdo que possa estar registrado nos livros, como se fora verdade. Nem sempre o que lemos é o correto, pois a mente humana sabe criar fantasias para iludir os incautos. Como recomendou Paulo, o Apóstolo, podemos ler tudo, mas nem tudo devemos aceitar.

Algo mais que queira acrescentar?

Sim, quero dizer aos leitores, que sempre é tempo de aprender e servir; não importa a idade. Observo que muitos irmãos são assíduos nas reuniões espíritas, porém, não se interessam por fazer algum Curso oferecido pela Casa. Mas sabemos que isso compete ao livre-arbítrio de cada um; são escolhas que fazemos e pelas quais somos sempre responsabilizados. Porém, já sabemos que “a seara é grande, mas os trabalhadores são poucos”. Portanto, meus irmãos, lembrem-se de que nunca é tarde para começar.

As suas despedidas dos nossos leitores.

Rogo a Jesus que a todos abençoe e ilumine, para que tenham um breve despertar da consciência e possam enxergar a vida com olhos de amor, a fim de que a prática da caridade seja constante em suas vidas. Deixando aqui um grande e fraterno abraço, despeço-me, agradecendo pela atenção.

Cinco gerações. Da esquerda para a direita: Estefânia, Sara, Nilce e Lúcia Cominatto, com sua filhinha Silvia. Foto tirada em Taquaritinga - 1952

Lúcia Cominatto com o marido e os três filhos em 01/01/ 1958

Lúcia Cominatto e seu pai em Cruzeiro - 1939

Lúcia Cominatto em Cruzeiro, com três dos seus irmãos: em pé Paulo Roberto; sentados, da esquerda para a direita, Fernando Celso e Luiz Augusto . Foto provavelmente tirada em 1934

Lúcia Cominatto e o irmão Paulo Roberto no Carnaval, em 1932, talvez em Santa Adélia.

Lúcia Cominatto na sua formatura como professora, Itápolis, SP, no ano de 1946

Lúcia Cominatto em Monte Alto no ano de 1951, já casada com Ivo Cominatto

Lúcia Cominatto com sua filhinha Silvia ao piano, em Monte Alto no ano de 1952

Juliana e Pedro Ariel, netos de Lúcia Cominatto, em foto de 1992

Lucia Cominatto no ano de 2010, na Casa do Caminho – Instituição Espírita, falando sobre o leu livro Na Sublimação da Alma.

Lucia Cominatto autografando em 2008 o livro “Na Educação da Alma”

Lucia Cominatto autografando o livro “Despertar da Consciência”, em 2012

OBS: AS FOTOS Desta entrevista só PODERÃO SER UTILIZADAS EM OUTRAS PUBLICAÇÕES MEDIANTE AUTORIZAÇÃO EXPRESSA DO entrevistadO.






NOTICIAS DO MOVIMENTO ESPIRITA 07-04-2012

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