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quinta-feira, 24 de abril de 2014

Artigo especial. 150 Anos de “O Evangelho segundo o Espiritismo” (1864- 2014)


Almir Del Prette (São Carlos/SEOB)

-“ Comece pela leitura do “Evangelho Segundo o Espiritismo...”
      Ela falou-me com voz maternal, porém com tal gravidade que desestimulou qualquer brecha para o meu jeito turrão de argumentar. A pessoa a quem me refiro chamava-se Dona Vitalina e sua recomendação aconteceu por volta de 1958, quando eu tinha 17 para 18 anos e me iniciava na Doutrina Espírita. Ela, médium de excelentes recursos tinha razão, eu precisava começar pelo Evangelho Segundo o Espiritismo. Alguns dias depois, verificando meu progresso na leitura, disse-me condescendente, que poderia também ler os demais livros de Kardec.
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      Neste mês de abril de 2014, espíritas do mundo inteiro comemoram um século e meio da publicação do Evangelho Segundo o Espiritismo, cuja primeira edição ocorreu em Paris. Em que essa obra difere das conhecidas edições dos evangelhos? Qual a importância de uma versão “segundo o Espiritismo”? À primeira pergunta, pode-se responder esclarecendo que Allan Kardec selecionou, para essa versão, o que é mais importante da mensagem de Jesus: a moral evangélica. Além disso, o autor contextualiza os evangelhos informando sobre os vários grupos e seitas predominantes na época e relaciona a doutrina espírita aos princípios filosóficos de Sócrates e Platão.
      Isso já justificaria o livro, contudo Kardec, por orientação dos espíritos, incluiu, do primeiro ao vigésimo primeiro capítulo, as “Orientações dos Espíritos”, significativamente relacionadas aos ensinamentos de Jesus. Para alcançar esse objetivo, usou o método da concordância universal do ensino dos Espíritos, por ele desenvolvido. Na parte introdutória dessa obra, há um esclarecimento que não pode passar despercebido. Allan Kardec relata ter examinado comunicações de aproximadamente mil centros espíritas de diferentes partes do mundo. Aqueles que atualmente realizam pesquisas usando mineração de textos, mesmo com todos os recursos tecnológicos disponíveis, sabem do imenso trabalho na composição de corpus textuais e podem ter uma ideia mais aproximada desse tipo de tarefa. Adicionalmente, imagine o leitor o trabalho de classificar cada conteúdo das mensagens em critérios de universalidade e não universalidade, cotejando-as com os ensinos de Jesus para agrupá-las de acordo com a temática de cada capítulo.
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      Há muito a compreender sobre os ensinamentos de Jesus e, mais ainda, sobre como colocá-los em prática. Faço coro à recomendação de Dona Vitalina: Comece pela leitura do Evangelho Segundo o Espiritismo. Mantenha a prática de leitura regular dessa obra, pois ela constitui valioso processo terapêutico, muito importante nessa atual fase de transição do planeta.     
Palays Royal, Paris, França. No interior  do edifício doe século XVII, ficava a Galeria D’Orleans, onde, nas
livraria de E. Dentu,  foi lançado O Livro dos Espíritos, assinado por Allan Kardec, aos 18 de abril de 1857.
Foto Ismael Gobbo
Galerie d’Orleans , no Palays Royal, em Paris,  no ano de 1829.
Na livraria de E. Dentu foi lançado O Livro dos Espíritos, no dia 18 de abril de 1857.
O Rio Sena, a Ponte de Sully em primeiro plano e a Catedral de Notre Dame, Paris, França. Foto Ismael Gobbo

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