
Jerônimo Mendonça.
Vítima de grave problema de saúde, ficou totalmente imobilizado, sem movimento num só dedo dos pés ou das mãos, e cego.
Viveu várias décadas assim.
Não obstante, nunca desanimou, nem se entregou ao desalento.
Embora preso ao leito, mergulhado em escuridão, jamais deixou de se comunicar com as pessoas.
Viajava, consolava, confortava, revelava uma tamanha coragem, inspirado nos princípios espíritas e nos ensinamentos de Jesus, que muitas pessoas se converteram a partir de seus exemplos.
Tinha dois dons maravilhosos:
• Jamais se melindrava.
• Ria das próprias limitações.
Enquanto detinha a visão, nos primeiros tempos da doença, ia ao cinema.
O leito ficava num dos corredores.
Certa feita, após o início da sessão, entrou uma jovem.
Apressada, em plena escuridão tropeçou na improvisada poltrona.
Irritada, bradou:
– Diabo de aleijado! Se vou na praça ele está lá! Vou a uma festa e ele está lá! No campo de futebol, está o aleijado! Até no cinema esse enxerido me persegue!
E Jerônimo:
– Também, pudera! Você não pára em casa!
Pessoas que conviviam com Jerônimo concluíam:
O Espiritismo deve ser espantosamente belo e estimulante, sustentando nesse homem tão grande disposição para enfrentar a adversidade com otimismo e bom humor
É assim mesmo. .
Quando nos dispomos a seguir firmes e confiantes em Deus, não obstante dores e atribulações, influenciamos irresistivelmente as essoas que nos rodeiam, tanto quanto os descrentes e revoltados semeiam a descrença e a revolta.