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sábado, 10 de março de 2012

Focalizando o Trabalhador Espírita (132) André Marouço

André Marouço

André, pode nos fazer sua auto apresentação?

Filho de Pai português e mãe mineira, Luiz de Souza Marouço e Arlete Rodrigues da Silva, nasci aos 21 de junho de 1970, em São Paulo, capital. Tenho uma irmã, Alessandra Marouço Costa. Casado com Rosangela Alves Marouço, tenho dois filhos, André Luis Alves Marouço e Daniela Alves Marouço.

Qual a sua formação acadêmica e profissional?

Sou formado em Marketing pela Universidade Paulista. Trabalho desde os 13 anos de idade, tendo sido Office boy, Auxiliar de Escritório. Iniciei a jornada em TV, aos 19 anos, seguindo o mesmo caminho do meu pai, que fora um Operador de Câmera. Trabalhei como Operador de Cabo no SBT, tendo ficado nesta empresa e função por 7 meses, em seguida fui para a TV Cultura, onde fiquei por 15 anos nas seguintes funções: Operador de Cabo, Assistente de Câmera, Operador de Câmera. Em 1998, trabalhei na Rede Globo como repórter Cinematográfico durante 4 meses. Em 2005 pedi demissão da TV Cultura e iniciei a carreira como produtor independente realizando vídeos institucionais, vídeos-clipes e comerciais. Ainda em setembro deste mesmo ano, após mais de 3 anos de serviços voluntários prestados para a Fundação Espírita André Luiz em seu projeto de TV, fora contratado como profissional para a implantação e gestão da Rede Mundo Maior de TV. Desde então além de ter sido sido o gestor desta unidade de negócios audiovisuais, escrevi roteiros, e dirigi programas de TV. Em 2009, ao lado do companheiro Eduardo Dubal idealizador do Projeto Mundo Maior de Cinema e Silvana Scarpino, implantamos o projeto que propiciou jovens cineastas de todo Brasil, a produção de 8 filmes de curtas metragens, com base em capítulos de O Livro dos Espíritos. O projeto culminou com a exibição em grande circuito cinematográfico do longa metragem “O Filme dos Espíritos” , da qual escrevi o roteiro e dirigi, ao lado do também diretor Michel Dubret.

Em que circunstâncias conheceu o Espiritismo?

Fui educado em colégio católico e ainda criança, desenvolvi a mediunidade na Umbanda, tendo passado ainda na adolescência pelo candomblé. Aos 16 anos de idade me afastei por completo de religião e aos 20 estava passando por um processo delicado de recuperação após um acidente automobilístico onde minha noiva saiu bastante machucada. Nesta época trabalhava na TV Cultura e um amigo, o Alberto de Freitas, companheiro de trabalho, espírita, trazia paz para aquele momento difícil da minha vida. E, na casa de sua mãe um livro colocado na estante me perseguia há anos, chamava-me a atenção, tratava de "Os Mensageiros" de André Luiz e Chico Xavier. A partir deste contato com o Alberto e os esclarecimentos dele, tomei coragem de abrir o livro. Um novo mas conhecido mundo abriu-se, procurei o Centro Espírita Nosso Lar Casas André Luiz, onde estou até hoje.

Como tem sido a sua participação no movimento espirita durante esses anos?

Sou expositor de doutrina espírita, para os alunos do 2° ano do curso, também realizo palestras em casas espíritas e participo de seminários nos estados de: São Paulo, Rio de Janeiro, Goiás, Pernambuco, Minas Gerais, Ceará, Distrito Federal. Trabalho como médium nas reuniões espíritas.

Descreva-nos por favor a sua trajetória pelo jornalista e no mundo do cinema.

Como jornalista, trabalhei fazendo coberturas jornalísticas e esportivas para a TV Cultura e para a TV Globo. O trabalho no cinema nasceu naturalmente, nascido em um lar televisivo, meu pai, Luiz de Souza Marouço, trabalhou nos maiores canais de TV do país, desde 1967. Ainda criança meu pai me levava aos estúdios da TV Tupi. Já o cinema nasceu no dia em que fui acompanhar meu pai em uma reunião sindical, este chegou muito cedo na reunião e para passar o tempo fomos até uma sala de cinema. O filme que assistiram foi "Viagem ao Centro da Terra" - devia ter uns quatro anos -, sequer era alfabetizado, sendo assim impossibilitado de ler as legendas. Meu pai dormiu o tempo inteiro da sessão, eu fiquei acordado totalmente hipnotizado pela magia do cinema e, dali para diante, tornei-me cinéfilo e ansiando pelo dia em que o Senhor me permitisse trabalhar na Sétima Arte.

Em 2009, o amigo, Eduardo Dubal estava fazendo um curso de cinema na Academia Internacional de Cinema e trouxe a informação de que, jovens matriculados no curso, eram preparados quanto as técnicas artísticas e administrativas da indústria de cinema, porém estes jovens, naquele curso não eram educados quanto a importância de produzirem peças cinematográficas que dignifiquem a humanidade, assim quase sempre, seus filmes eram como que movimentos poéticos em prol do suicídio, da sexualidade desregrada, e das drogas. Assim, fora iniciado o Projeto Mundo Maior de Cinema que daria a oportunidade a jovens estudantes da sétima arte de produzirem filmes de curtas-metragens. O projeto consistia em oferecer uma verba, equipamentos e recursos humanos para estes jovens filmarem seus curtas, desde que estes curtas explicassem em formato de ficção 8 capítulos de O Livro dos Espíritos. A próxima etapa do projeto seria reunir estes curtas em uma nova trama, um novo roteiro para um novo filme, nasceu assim O Filme dos Espíritos.

Quais os filmes que produziu e dirigiu?

Para cinema “O Filme dos Espíritos”, porém em TV , produzimos vários programas e documentários, por exemplo, o documentário “A Riqueza do Lixo” (TV Cultura – Consulado Norte Americano), trabalhei neste documentário como Diretor de Fotografia, documentário filmado nos EUA. Destaco ainda, o trabalho de direção de fotografia para o documentário “A Cidade e a Criança” (TV Cultura – Alfabetização Solidária), filmado em várias cidades brasileiras que se destacaram na formação da educação e da cultura de crianças carentes.

Pode nos historiar a sua obra cinematográfica “O Filme dos Espíritos”?

O roteiro do longa começou a ser escrito, no final de 2009. Foram feitos 13 tratamentos até que o roteiro estivesse pronto para as filmagens, além do roteirista principal, fora feito a análise do roteiro pela roteirista e cineasta Gabriela Amaral, e em reuniões mensais, os cineastas Michel Dubret, Eduardo Dubal e Briza Menezes auxiliaram nos tratamentos do roteiro até chegar ao roteiro final. Em 18 de abril de 2010 foram iniciadas as filmagens do longa, foram 30 dias intensos. Nossos recursos eram escassos, a produção não poderia sonhar em estourar o orçamento. Em junho, julho e agosto montamos o filme e fomos em busca de uma distribuidora que o levasse as telas cinematográficas. Três distribuidoras negaram a distribuição, porém a Paris Filmes, não apenas aceitou levá-lo ao cinema, como também investiu recursos para a finalização do filme. Estação Luz de Fortaleza-CE, também investiu recursos de finalização. Dessa forma, entre os meses de fevereiro e junho de 2011 o filme foi finalizado e em julho iniciou-se a promoção do longa que chegou nos cinemas no dia 07-10-2011.

André foi difícil a montagem de “O Filme dos Espíritos” a partir de outros curtas?

Sim, foi bastante difícil encaixar os curtas em um longa, curvas dramáticas precisaram ser criadas para tanto. Por outro lado, por ter se tratado de um filme de baixo orçamento, as vezes os montadores Eduardo Dubal e Mirella Alves não dispunham de muitas opções para cada sequência, aliás, existiram sequências em que havia apenas uma única tomada de câmera.

O Filme dos Espíritos teve o sucesso que esperava?

Sim, foi o primeiro filme de temática espírita que não contou com verba de promoção no principal veículo de comunicações do país, por outro lado, todo o mix de marketing e distribuição contou com escassas verbas para tanto e, assim, fora optado pelo marketing de guerrilha, alguns recursos foram locados em marketing viral (WEB), as redes sociais foram utilizadas e foram realizadas palestras em grandes Centros Espíritas de grandes centros urbanos brasileiros. Além disso, o filme recebeu o apoio da imprensa espírita, e pelo movimento espírita Brasileiro, pois pela primeira vez no cinema nacional, parte dos recursos foram revertidos para uma obra social: a construção dos novos ambulatórios das Casas André Luiz. Dessa forma, por se tratar de um filme de baixo orçamento, atingir 320 mil expectadores, parece ser uma grande vitória.

Pode nos fornecer o balanço geral do custo de produção, público e critica?

O filme, desde sua idéia ainda no projeto de curtas, até chegar aos cinemas, custou algo em torno de 1,1 milhão de reais, atingiu 320 mil de público, tendo sido o filme brasileiro mais assistido durante as três primeiras semanas de cartaz. As mensagens que nos chegaram através de e-mails, telefones, e posts no Facebook, mostraram a ampla empatia dos expectadores para com o filme. Quanto aos críticos, estes, em geral, parecem não ter gostado muito da obra, mas cabe aqui o sábio dito popular “A voz do povo é a voz de Deus”, e deve-se aprender com as críticas para o aprimoramento dos próximos filmes.

Quais os passos futuros para o filme?

O filme estreou em dezembro nas vídeo locadoras de todo país, devendo chegar em abril nas lojas para venda direta ao público consumidor, lembrando que parte da renda será revertida para as obras sociais das Casas André Luiz e para a divulgação do Espiritismo nos projetos da Fundação Espírita André Luiz.

Ainda este ano , teremos a estréia do filme em algum canal fechado de TV, e a carreira em salas de cinema do exterior. Esperamos levá-lo para o maior número de países, já que fora legendado em: Francês, inglês e espanhol.

Como foi a participação de “O Filme dos Espíritos” na 1ª. Mostra de filmes Espiritas e Espiritualistas lusófonos em Londres?

Quem nos dá a resposta é nossa amiga Elsa Rossi, uma das organizadoras do importante evento em Londres: “Foram dias de muita alegria, novidades, livros, pessoas que nunca tiveram contato com a Doutrina e vieram pela primeira vez por causa dos filmes FREE, sem custo, dentro da Universidade. O cinema Hitchcock estava lotado, capacidade para 45 lugares, para o “Filme dos Espíritos”, mais duas cadeiras na porta, Janet e Else. Uma maravilha, emoção a toda prova. Quero vê-lo novamente, uma benção. Aceitação plena de todos, o debate foi excelente, perguntas foram geradas a partir do Filme. Janet e eu mesma respondemos as questões para os que ficaram após a apresentação do filme”

Tem algum projeto em andamento?

Além de estar envolvido na ampliação da Rede Mundo Maior de TV, produzindo cada vez mais conteúdo e com mais qualidade, eu pessoalmente, através de minha produtora a Mar Revolto Produções, estou debruçado em levar as telas de cinema, no ano de 2013, o filme “Paulo e Madalena”, película que faz uma alusão aos dois personagens bíblicos, porém, se trata de dois personagens do século XXI, ele um justiceiro e ela uma garota de programa, ao longo da trama, espiritualidade e superação vão reconduzindo-os para a reforma íntima. Outro projeto pessoal é a minissérie para TV, O Aparelho, trata-se de uma série policial onde um médium é responsável em ajudar a polícia na resolução de crimes, além disso a série chama a atenção para importância da comunicação de princípios espiritualistas e educativos nos veículos midiáticos.

André, sendo Allan Kardec a figura máxima do Espiritismo e o artífice de uma das maiores obras filosóficas da humanidade, não caberia uma produção hollywoodiana destacando a sua vida e a sua obra?

Certamente que a Meca do cinema mundial, pelo seu tamanho e pelos recursos financeiros e humanos que dispõe, pode fazer uma grande cinebiografia deste extraordinário pensador e seguidor do Cristo que foi Allan Kardec. Temos para nós que no tempo certo isso ocorrerá, ou quem sabe, o cinema brasileiro possa crescer em quantidade, qualidade e recursos de forma a sair daqui esta grande homenagem.

As suas despedidas aos nossos leitores

Agradecemos mais uma vez a este importante veículo de comunicação, e deixamos aqui o nosso abraço com votos de paz e luz a todos os nossos amigos leitores.

André Marouço em tenra idade e no colo

André Marouço com a esposa Rosângela e os filhos André Luis e Daniela

O ator Nelson Xavier, Michel Dubret, André Marouço e Reinaldo

O presidente das Casas André Luiz, Armando

Scarpino, e a sua esposa Silvana Scarpino, Diretora

de Comunicação e Marketing das Casas André Luiz

e, também, produtora executiva de

"O Filme dos Espíritos'.

Cena de “O Filme dos Espíritos”

com o ator Reinaldo Rodrigues

A atriz Luciana Gimenez que atuou em O Filme dos

Espíritos ladeada pelo maestro Corciolli e André

Marouço na pré-estréia em São Paulo

André Luiz Ruiz, da TV Alvorada de Campinas, SP,

entrevista André Marouço

Público chegando para a exibição de O Filme dos Espíritos

na 1ª. mostra de filmes espíritas e espiritualistas em

Londres, Reino Unido, realizada de 21 a 25/2/2012

O diretor André Marouço, na extrema esquerda, com elenco de O Filme dos Espíritos na

pré-estréia em São Paulo

Cena das Casas “André Luiz” em “O Filme dos Espíritos”

Cena das Casas “André Luiz” em “O Filme dos Espíritos”


Parte da renda do DVD BluRay será revertida para a construção dos novos ambulatórios das Casas “André Luiz”. Visite o site da campanha "Eu ajudo a Construir"

http://www.euajudoaconstruir.org.br/index_01.php



OBS: AS FOTOS DESTA ENTREVISTA SÓ PODERÃO SER UTILIZADAS EM OUTRAS PUBLICAÇÕES MEDIANTE AUTORIZAÇÃO EXPRESSA DO ENTREVISTADO.










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